sábado, 4 de maio de 2024

Nutrição e depressão: como os nutrientes podem auxiliar na prevenção e no tratamento

 A depressão é uma doença multifatorial, que se tornou comum no mundo. Se caracteriza por tristeza insistente causando interferências no dia a dia do indivíduo (OPAS/OMS 2017/21). Estudos indicam que a carência de alguns nutrientes estão associados à fisiopatologia da depressão. Há fortes indícios que uma dieta balanceada correlacionada a esses nutrientes pode promover melhoras nos quadros de depressão, proporcionando uma maior qualidade de vida. 

Conforme estudos de SEZINI et al. (2014) a carência de alguns nutrientes como o aminoácido triptofano, o mineral magnésio, as vitaminas do complexo B, vitamina D, ácidos graxos ômega 3, antioxidantes, zinco e ácido fólico estão associados à fisiopatologia da depressão 

Ômega 3: Importante para o sistema nervoso central, ajusta mecanismos de neurotransmissão e neuroinflamação. 

Triptofano: Aminoácido precursor da serotonina, utilizado no mecanismo de ação de fármacos antidepressivos. 

Vitamina D: Ligada à produção de alguns neurotransmissores, têm papel importante no ciclo circadiano, seus níveis baixos no plasma podem afetar a produção de serotonina que fora de ordem pode estar relacionado a quadros de depressão. 

Vitamina complexo B: Fundamentais para a produção e aumento dos níveis de neurotransmissores  e BDNF. Sua deficiência gera uma diminuiç
ão na síntese de neurotransmissores, o que pode estar associada com risco de depressão. 

Zinco: Auxilia na regulação da inflamação, do estresse oxidativo e no aumento dos níveis de BDNF. 

Magnésio: Auxilia na reconstrução de tecidos e é necessária para realizar a síntese de serotonina. 

Fonte: Google Acadêmico https://repositorio.modulo.edu.br/jspui/handle/123456789/4024 - Estagiária Amanda 

terça-feira, 30 de abril de 2024

Anemia: como a alimentação pode ajudar?

 A anemia ocorre quando há diminuição na produção ou perda de glóbulos vermelhos no organismo, resultando em redução do hematócito e da hemoglobina. Isso prejudica o transporte de oxigênio para as células, levando a uma variedade de sintomas e interferindo no funcionamento normal dos órgãos. 

Os tipos de anemias mais comuns são:

  • Anemia ferropriva: perda de sangue ou falta de ferro na dieta;
  • Anemia Megaloblástica: dificuldade de absorção ou baixa ingestão de vitamina B12 ou ácido fólico;
  • Anemia Hemolítica: o corpo destrói os glóbulos vermelhos mais rápido do que os produz;
  • Anemia Falciforme: os glóbulos vermelhos assumem o formato de foice por um distúrbio hereditário, e pode obstruir o fluxo sanguíneo;
  • Anemias por doenças cronicas: doenças que interferem na produção de glóbulos vermelhos.



Os sintomas clínicos mais comuns são fadiga, fraqueza, falta de ar, frequência cardíaca aumentada, tontura, dor de cabeça, falta de apetite, palidez da pele e mucosas, dentre outros sintomas. O diagnóstico é feito através da avaliação dos exames laboratoriais, que geralmente é o hemograma completo. 

A alimentação é um dos principais aliados no tratamento, em cada tipo de anemia existe uma  demanda mais específica, mas no geral  as orientações nutricionais são: 
  • Aumentar a ingestão de vitamina B12 e ácido fólico (principalmente na anemia megaloblástica) : produtos de origem animal como carnes vermelhas e brancas, ovos e leite para aumentar a vitamina B12, já no caso do ácido fólico é necessário aumentar o consumo de hortaliças verde-escuras, leguminosas, frutas cítricas, oleaginosas e sementes. 
  • Aumentar ingestão de ferro e vitamina C (principalmente na anemia ferropriva): para o aumento de ferro, é indicado o consumo de carnes vermelhas e brancas, vegetais folhosos verde-escuro, cereais, leguminosas, sementes, frutas secas e oleaginosas. Para melhorar a absorção desse ferro, recomenda-se a ingestão da vitamina C como o consumo junto as refeições de frutas cítricas. 
  • Evitar alimentos que diminuem a absorção de ferro durante as refeições, como café, leite e derivados, refrigerantes, aveia e linhaça . 

Estagiária: Amanda Forni
Fontes:
https://nutritotal.com.br/pro/como-diagnosticar-a-anemia/
//efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://saude.campinas.sp.gov.br/especialidades/nutricao/Orientacoes_Nutricionais_Anemia.pdf

Hipotireoidismo!! Nutrir é o melhor caminho!!

 



O Brasil é campeão em hipotireoidismo no mundo, mesmo com iodização obrigatória.

Esta doença é diagnosticada com mais frequência em mulheres do que em homens (350 vs. 80 por 100 mil pessoas por ano). No desenvolvimento da doença de Hashimoto, os fatores genéticos são responsáveis ​​por 70–80% do risco e os fatores ambientais por 20–30%.

Riscos genéticos significam uma receita pronta para a doença em nosso DNA, os fatores ambientais, significam os gatilhos, ou “ingredientes da receita”, que ingerimos ou não para produzir essa receita. Portanto, mesmo que tenhamos a receita em nosso DNA, podemos nos atentar aos gatilhos, reduzindo ou eliminando  esses "ingredientes" para nos protegermos da doença ou postergá-las o maior tempo possível.

O hipotireoidismo é um desequilíbrio que leva a queda de produção dos hormônios produzidos pela tireoide, uma glândula endócrina comandada pelo sistema regulador: Hipotálamo (hormônio TRH) => Hipófise (TSH)  => Tireoide ( T4 e T3). A hipófise tem o tamanho de um grão de arroz, mas controla vários hormônios , os sexuais (estrogênio e testosterona), Tireoidianos (T4 – pré-hormônio e T3 -hormônio), os adrenais (cortisol) e síntese de prolactina.

O hipotireoidismo pode se dar por conta de doença autoimune, conhecida como tireoidite de hashimoto, quando há presença de anticorpos que atacam as células da tireoide TPO (enzima tireoperoxidase), e TGP ( proteína tireoglobulina), ou por uma disfunção das enzimas Dio2 (diodinase2)/ Dio1 / Dio3, que não é motivada por doença autoimune.

É difícil conhecer um outro hormônio que tenha tantas funções no corpo como o T3 livre (Triiodotironina). Há receptores de T3 em todas as células do corpo. Ele modula a beta-oxidação da gordura, o metabolismo, controla a produção do colesterol, é ligado diretamente à fertilidade, fluxo menstrual, qualidade de cabelo, unha e pele

Os sinais e sintomas do hipotireoidismo são diversos, entre eles podemos destacar:

Fraqueza e cansaço, perda e afinamento do cabelo, unhas fracas, pele seca, extremidades frias, constipação, ganho de peso, dificuldade de concentração, memoria ruim, depressão, dores de cabeça frequentes, colesterol alto, alergias, dores inexplicáveis, etc.

Como principais causas e/ou relações podemos citar:

1)  1)  Má absorção de iodo (halogênio mais pesado que o cloro, flúor e bromo, ou seja, tais elementos competem com o iodo pela mesma porta de entrada. Por isso na presença de cloro, flúor ou bromo, o iodo terá dificuldades de ser absorvido);

2) 2)   Desnutrição: Selênio, zinco, ferro, Iodo e VIT D; a produção desses hormônios são dependentes desses micronutrientes.

3)  3)  Anticorpos atacando as células, a peroxidase e/ou tireoglobulina, em função de disbiose (hipermeabilidade intestinal) causada por alimentos pró-inflamatórios como glúten, caseína e outras proteínas mal digeridas;

4)   4) Estresse contínuo e crônico (desequilíbrio do cortisol);

5)  5)  Função prejudicada do fígado, que faz 80% do processo.  (esteatose, uso de anti-hipertensivos, diabetes, "prazóis", álcool, etc prejudicam a conversão de T4 em T3.

6)    6)  Disruptores endócrinos: Bisfenol A BPA encontrado em plástico aquecido. atenção às água consumidas em galões de plástico, pois os mesmos podem ficar expostos ao sol, durante o transito ate chegar ao seu destino;

7)   7)  Obesidade e resistência á insulina;

8)  8) Conversão de T4 em T3 reverso (hormônio não ativo)

Como funcionam esses hormônios ?

Tireoide é uma glândula endócrina, ou seja, que produz hormônios. Hormônios são sinalizadores / mensageiros que levam informação para células, dizem às células o que fazer. As células são boas funcionárias, mas sozinhas não sabem o que fazer. Então elas precisam de uma mensagem, um comando, precisam também de um receptor que faça a leitura da mensagem. Aí sim, a células saberão o que produzir. Os receptores ficam na membrana ou no núcleo das células. No caso da tireoide, os receptores estão no núcleo das células.

Quando o hipotálamo identifica que as concentrações de T3 e T4 estão baixas, ele secreta o hormônio TRH, que é lançado na corrente sanguínea, e que ao chegar na hipófise, faz com que ela secrete o hormônio TSH (hormônio estimulante da tireoide). O TSH é um sinal para a tireoide trabalhar mais.

Quando o TSH entra na tireoide, ele é reconhecido por um receptor ligado a uma proteína G. Através desse receptor,  a tireoide entende que precisa produzir T4 e T3. O T4 não é um hormônio, e sim um pré-hormônio, já o T3  sim, é o hormônio ativo que fará as funções acima descritas. 

O T4 vai se transformando em T3 gradativamente, porém alguns nutrientes são necessários para que a tireoide produza T4, como por exemplo o aminoácido(proteína) tirosina, que é a base da estrutura para formar T3 e T4,  encontrada na proteína animal, oleaginosas, leguminosas, cerais  e abacate, assim como, o Iodo, encontrado principalmente nas proteínas marinhas, e no sal que foi iodado pela lei em 1953, para prevenir bócio por consequência dos distúrbios da tireoide.

Para fazer T3 e T4 é necessário a tirosina + iodo, que é um halógeno, elemento químico formadores de sais inorgânicos. Pertence ao grupo do flúor, cloro, bromo, iodo, sendo esse último mais pesado. A tirosina + o iodo orgânico, depois de ter passado pela TPO (enzima peroxidase que transforma o iodo inorgânico em orgânico, pois ingerimos o iodo em forma inorgânica, mas o processo precisa dele na forma orgânica), estão prontos para se ligarem a TPG tireoglobulina e formarem a estrutura T1, T2, T3 e T4, que se compõe de 1 aa de tirosina + 1 átomo de iodo = T1,  e vai  adicionando iodo ate compor o T4, que é um pré-hormônio mais estável e com maior tempo de vida que o T3.

O T4 vai pela corrente sanguínea até o fígado, rins e baço, onde encontram a enzima seleniodinase, dependente de selênio. Essa enzima sequestra 1 iodo do T4 e o transforma em T3. Tanto o T4 quanto o T3 precisam de um proteína transportadora (TGB albumina – clara do ovo) para chegar até a célula. Então precisamos garantir quantidade suficiente de TGB em nosso organismo.

Nesse caminho vamos encontrar os disruptores endócrinos, que são moléculas não produzidas pelo nosso corpo, mas que são ingeridas, e ao entrar em contato com o corpo, vão atuar se ligando nos receptores da célula, impedindo que o receptor fique pronto para receber o hormônio.

Outro destruidor da tireoide é o estresse contínuo e crônico, que prejudica a produção de cortisol, que nesse caso é necessário para a comunicação entre o hipotálamo e a hipófise.

É imprescindível ter atenção á alimentação garantindo um aporte adequado de iodo, tirosina, selênio, zinco e ferro, lembrando que nossa enzima TPO é ferro dependente. Um aporte adequado significa a quantidade certa para cada individuo, nem mais, nem menos. Essa análise, apenas um nutricionista ou médico capacitado poderá fazer.

Importante ter as funções do fígado preservadas, pois é nesse órgão que acontece 80% do processo. Portanto, se houver esteatose, frequência de remédios anti-hipertensivos, diabetes, prazóis, álcool,  esse fígado terá baixa conversão de T4 em T3.

Uma das principais causas para o hipotireoidismo de hashimoto, por presença de anticorpos anti TPO e anti TGP,  é a disbiose ou hipermeabilidade intestinal, favorecendo a entrada de proteínas mal digeridas do lúmen (lugar por onde passa o alimento no intestino) para corrente sanguínea, que por sua vez ativará o sistema imunológico. Existem frações mal digeridas de proteínas muito similares com a tireoglobulina e a peroxidase, chamada de mimetismo celular/molecular. Esse mimetismo “engana” nosso sistema imunológico que acaba atacando as células da tireóide como se fosse um corpo estranho que precisasse ser eliminado. A gliadina do glúten,  e a caseína do leite são exemplos desse mimetismo.

Por fim, o corpo humano funciona em função de hormônios, que por sua vez necessitam de nutrientes para serem formados. Há uma cascata de reações químicas dependentes de nutrientes e coordenação dos mesmos. Portanto, é essencial o acompanhamento de um nutricionista habilitado e capacitado em tais orientações e contribuições para o devido tratamento junto ao médico endocrinologista. Lembrando sempre que nosso organismo entende e responde muito mais fácil aos nutrientes. Então, que nos cuidemos com o carinho e responsabilidade que nosso corpo merece e necessita.

 

 Estagiária: Christiane Gallucci

 

Referências:

Nutrientes 2023 , 15 (4), 1041; https://doi.org/10.3390/nu15041041, A influência da intervenção nutricional no tratamento da tireoidite de Hashimoto;

Deputado Rayman. Múltiplos fatores nutricionais e doenças da tireoide, com referência particular às doenças autoimunes da tireoide. Anais da Sociedade de Nutrição . 2019;78(1):34-44. doi:10.1017/S0029665118001192

 

 

 


segunda-feira, 29 de abril de 2024

A importância da atividade física na mitigação do estresse oxidativo e da sarcopenia no envelhecimento.

O envelhecimento é um processo complexo influenciado por diversos fatores, incluindo o estresse oxidativo e a sarcopenia. O estresse oxidativo, resultante do desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio e a capacidade antioxidante do organismo, desempenha um papel central no desenvolvimento de doenças relacionadas à idade. Paralelamente, a sarcopenia, caracterizada pela perda progressiva de massa muscular e força, é uma das principais consequências do envelhecimento, contribuindo para a redução da qualidade de vida e o aumento do risco de morbidade e mortalidade. 

O estresse oxidativo desencadeia processos inflamatórios e danos celulares que podem comprometer a função muscular e acelerar o processo de sarcopenia. A produção aumentada de espécies reativas de oxigênio pode levar à degradação de proteínas musculares, comprometendo a integridade estrutural e funcional das fibras musculares. Além disso, o estresse oxidativo está associado à diminuição da capacidade regenerativa do músculo esquelético, exacerbando ainda mais a perda de massa muscular.

A atividade física regular tem sido amplamente reconhecida como uma estratégia eficaz na prevenção e no tratamento do estresse oxidativo e da sarcopenia relacionados à idade. O exercício promove adaptações fisiológicas que aumentam a capacidade antioxidante do organismo, reduzindo a produção de espécies reativas de oxigênio e melhorando a eficiência dos sistemas de reparo celular. Além disso, a atividade física estimula a síntese de proteínas musculares, contrariando o processo de degradação muscular associado à sarcopenia.

Diversos mecanismos estão envolvidos nos efeitos benéficos da atividade física na redução do estresse oxidativo e da sarcopenia. O exercício aumenta a expressão de enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase e a glutationa peroxidase, que neutralizam espécies reativas de oxigênio e protegem as células contra danos oxidativos. Além disso, a atividade física estimula a liberação de fatores de crescimento, como o IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina), que promovem o crescimento e a regeneração muscular. 

A relação entre estresse oxidativo, sarcopenia e atividade física no envelhecimento é complexa e multifacetada. A prática regular de exercícios físicos é de extrema importância para mitigar os efeitos adversos do estresse oxidativo e da sarcopenia, preservando a função muscular e promovendo um envelhecimento saudável e ativo. 


Referencias: 

https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/view/1980-6574.2010v16n2p506/3007

https://www.scielo.br/j/rbgg/a/pRK5kvvX89Zww59hvGrmw7C/?format=html

Estagiária Barbara Bruneli.

Que você precisa saber sobre Arginina: O aminoácido essencial para potencializar seu desempenho esportivo"



A arginina é um aminoácido semiessencial, o que significa que o corpo humano é capaz de produzi-la, mas sua síntese pode não ser suficiente em certas condições, como em períodos de estresse ou intensa atividade física. Este aminoácido desempenha um papel multifacetado no corpo, sendo crucial para a síntese de proteínas e também atuando como precursor do óxido nítrico, uma molécula que promove a vasodilatação e melhora o fluxo sanguíneo.

Funções da Arginina no Corpo:

A arginina desempenha várias funções essenciais no corpo humano. Além de ser um componente fundamental na síntese de proteínas, ela é convertida em óxido nítrico, que por sua vez relaxa e dilata os vasos sanguíneos. Isso melhora o fluxo sanguíneo, aumentando a entrega de oxigênio e nutrientes aos tecidos musculares durante o exercício físico. Como resultado, a arginina pode ajudar a melhorar o desempenho atlético e promover uma recuperação mais rápida após o treino.

Benefícios da Arginina para Atletas:

Para os atletas, os benefícios da arginina são inúmeros. Além de melhorar o fluxo sanguíneo e a entrega de nutrientes aos músculos, a arginina também pode ajudar a reduzir a fadiga muscular durante o exercício, aumentar a resistência e promover uma recuperação mais rápida após o treino. Estudos sugerem que a suplementação de arginina pode até mesmo melhorar a capacidade de exercício em pessoas saudáveis e ativas.

Fontes Alimentares de Arginina:

Felizmente, a arginina pode ser facilmente obtida através da dieta. Alimentos ricos em proteínas, como carnes magras, aves, peixes, laticínios, ovos e leguminosas, são boas fontes de arginina. Além disso, nozes, sementes e grãos integrais também contêm quantidades significativas desse aminoácido. Incorporar esses alimentos em sua dieta diária pode garantir uma ingestão adequada de arginina para suportar suas metas de fitness.

Para aqueles que desejam aumentar sua ingestão de arginina, a suplementação pode ser uma opção conveniente. Suplementos de arginina estão disponíveis em várias formas, incluindo cápsulas, pós e comprimidos efervescentes. No entanto, é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer regime de suplementação, especialmente se você tiver condições médicas preexistentes ou estiver tomando outros medicamentos.

Estagiària: Francisca viturino

VIRIBAY, A. et al. Effects of Arginine Supplementation on Athletic Performance Based on Energy Metabolism: A Systematic Review and Meta-Analysis. Nutrients, v. 12, n. 5, p. 1300, 2 maio 2020.

sábado, 27 de abril de 2024

Sinto que emagreci, mas não perdi peso....Por que isso acontece??

 



Gordura x Massa magra

O corpo humano é formado por três tipos de tecidos:
Massa de gordura;
Massa livre de gordura: massa muscular, massa óssea (ossos), cartilagens, ligamentos e tendões;
Fluidos extracelulares e intracelulares.
A massa livre de gordura e os fluidos compõem a massa magra, ou seja, o conjunto de músculos, órgãos vitais, ossos e líquidos corporais. Portanto, tudo o que compõe o seu organismo, com exceção da massa de gordura.

De acordo com a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), as células de gordura ficam localizadas sob a pele e entre as vísceras, e são formadas principalmente por triglicerídeos. Elas têm capacidade de armazenamento, ou seja, quando uma pessoa consome mais do que gasta, a célula cresce até seu limite e depois se multiplica, causando o ganho de peso.
O excesso de gordura no corpo pode causar problemas nas artérias e no cérebro, além de causar um “estresse” metabólico nas células, que ficam desorganizadas. Por isso, segundo a Asbran, a gordura deixa de ser depositada apenas nas células adiposas e começa a se instalar também em órgãos com o fígado e o pâncreas.
A massa magra, por outro lado, é fundamental para a saúde dos ossos e músculos, incluindo o coração. Também é importante quando o corpo fica doente e o sistema imunológico entra em ação, requerendo proteínas para combater a doença e se recuperar.

Importante saber:
A diferença entre 2kg de gordura e 2kg de músculo, e o volume de cada um!
Massa Magra: mais compacta, ocupa menos espaço que a gordura.
Gordura: menos compacta, ocupa mais espaço que o músculo

Concluindo...
Emagrecimento se refere a perda de gordura corporal e não necessariamente a perda de peso. Você pode perder gordura e ganhar músculo e o peso na balança não se alterar. Então é muito importante juntar uma boa alimentação e exercícios físicos.
Os especialistas acreditam que se uma pessoa mantiver até 5-10% de sua perda de peso, é considerada uma grande conquista. Na verdade, a manutenção do peso é definida como uma mudança de peso de até 3% do peso corporal real após a perda de peso.
Alguns comportamentos especiais também estão associados a uma melhor manutenção da perda de peso. Consumir menos bebidas açucaradas, não ficar acordado tarde da noite e consumir alimentos mais saudáveis são alguns exemplos desses comportamentos.

A importância dos exercícios físicos
Ao exercitar os músculos, a pessoa pode continuar com o mesmo peso, mas pode perder medidas. Dois indivíduos que pesam o mesmo número podem ter a aparência diferente e isso significa que um tem mais músculos do que o outro. A gordura ocupa mais espaço no corpo e pode se concentrar na barriga, por exemplo.

Porém, é importante alertar que o desenvolvimento muscular é diferente para cada pessoa e depende muito de fatores genéticos, do biotipo e também da quantidade de fibras musculares do corpo.

Progresso para a qualidade de vida
Algumas das transformações mais poderosas de corpo e saúde mexem bem pouco nos ponteiros da balança:
1. Você se sente mais forte: Perceba os pequenos momentos de vitória no seu treino. Se antes de começar você achava que era impossível correr 2 km e, agora, essa tarefa parece trivial. Se antes, você achava impossível levantar um determinado peso ou completar uma série de um exercício, e agora você consegue fazer isso, é um motivo SIM para celebrar.
2. Suas novas comidas favoritas são mais saudáveis: Seguir uma dieta pode ser bem desafiador, mas depois de encontrar comidas saudáveis de que você gosta, tudo fica mais fácil. 
3. Você não está comendo tanto quanto antes: Conseguir controlar o tamanho das porções e a fissura por comida. Percebeu que está comendo menos ou parou de comer assim que se sentiu saciada.
4. Você sente que tem mais energia: Sentir que você ainda tem energia quando chega em casa, depois do trabalho, em vez de se jogar na cama ou no sofá.
5. Você percebeu seu progresso por fotos: Uma das formas de manter a motivação no processo de “transformação” é acompanhar as mudanças em seu corpo por fotos. Ninguém mais precisa ver além de você. Portanto, se está comparando uma imagem mais atual com as primeiras e conseguiu ver mudanças, pode ficar orgulhosa e ter a certeza de que está no caminho certo. 
6. Suas roupas estão um pouco mais largas: Um dos melhores indicadores de que você está conquistando mudanças no corpo é o caimento das suas roupas. Perceber que suas calças jeans estão um pouco mais soltinho já uma grande felicidade.

Estagiária: Giovanna Tritapepe Cerutti 

Referências: 
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48001
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0025712517301360?via%3Dihub
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4061651/
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/01/exercitar-musculos-pode-nao-alterar-o-peso-mas-faz-diminuir-medidas.html







quinta-feira, 25 de abril de 2024

3 coisas que você precisa saber sobre ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA

 O que é esteatose?

Esteatose é o termo que se utiliza para definir e representar o acúmulo anormal de gordura nos órgãos ou tecidos. E esteatose hepática significa a acumulação de gordura no fígado. 


1 - Quais são as causas da esteatose hepática?

A esteatose hepática tem sua causa mais comum devido a distúrbios do metabolismo, ocorre por excesso de circulação de gordura no sangue e consequentemente por oferta e acúmulo de gordura no fígado. Esses distúrbios do metabolismo, estão incluídos: pressão alta, resistência a insulina, níveis elevados de colesterol, diabetes e o pré-diabetes, obesidade, má nutrição, sedentarismo, além de poder ser decorrência de doença no próprio órgão, como algumas formas de hepatite em suas formas toxicas causadas por drogas (medicamentos) e consumo excessivo de álcool. 

2- Qual a importância da descoberta precoce da esteatose hepática?

A esteatose hepática geralmente não apresenta sintomas, estes são percebidos quando aparecem complicações da doença: queixas de dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite. Deve ser solicitado uma ultrassonografia do abdome total, mas a sua evolução é silenciosa, e se não for tratada pode gerar doenças hepáticas graves e até fatais. 

3- Qual o tratamento da esteatose hepática não alcoólica?

Não existe um tratamento específico para a cura da doença, porém é determinado uma mudança que consiste em 3 pilares: estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas.


Fonte: 

Biblioteca Virtual em Saúde - Ministério da Saúde 

Site do Hospital Albert Einstein

Estagiária: Karinne Ramos




ÁGUA - Hidratar é preciso!! Você tem sede de que?

 


Nós nascemos com uma composição corporal, onde 75% do nosso corpo é composto por água. Conforme vamos evoluindo em processos diferentes em nossa vida, essa composição vai mudando, e esse % vai caindo. Na terceira idade teremos 50% ou menos de água nessa composição. 

A água está diretamente ligada a condição de vida do ser humano, pois participa de funções fundamentais para o funcionamento do sistema, tanto pelas atividades químicas, ligadas a mecanismos de controle e função celular como, impulsos elétricos, responsáveis pela via da condução de dor, da cognição e temperatura corporal, batimentos cardíacos, bem como, atividades físicas e mecânicas.

A água corporal é a soma dos líquidos intracelular, extracelular e intravascular. Nesses espaços estão contidos íons como potássio e sódio. O composto Cloreto de sódio (NaCl) contido nos espaços extra e intracelular, originalmente é sólido, porém em nosso corpo ele precisa estar diluído, e por isso a importância da água nesses espaços.  O sódio principalmente, participa de muitas reações químicas no corpo, mas ele só participa se estiver em meio aquoso. 

Sua concentração no corpo humano é de 0,9%. Caso nosso corpo esteja desidratado, alteramos essa concentração e por consequência geramos prejuízos na função do sódio, como a função bomba sódio-potássio, que é fundamental para manter vida no corpo, manter as rotas metabólicas, e estímulos elétricos importantes para os batimentos do coração, via de condução de dor, temperatura e cognição.  

A quantidade de água no corpo está diretamente ligada a composição corporal do individuo. Quem tem mais gordura tem menos água e vice-versa. a massa livre de gordura (MLG) possui de 70 a 80% de água, e a massa gorda (MG) possui apenas 10%. Mulheres por sua composição genética possui maior % de gordura, portanto menor % de água. 

A necessidade de água diária varia individualmente, e é muito influenciada pelo exercício físico (intensidade e duração). Quanto mais intenso, e maior a duração, maior será a demanda energética, maior a produção de calor interno, maior a sudorese, e consequentemente maior a necessidade de ingestão de água. É também influenciado pelas condições ambientais (temperatura e umidade). Quanto maior a temperatura e maior a umidade, maior a perda hídrica, e quanto menor a temperatura e menor umidade, menor a perda hídrica pela sudorese.

Durante a atividade física o corpo aumenta a produção de energia química (ATP), sendo que a maior parte dessa energia é transformada em energia térmica (calor). A contração muscular (ATP) gera 25% de trabalho(energia mecânica), e 75% de calor (aumento da temperatura interna).

O ser humano possui temperatura constante de 36 a 37 graus. Para tanto, conta com um controle de temperatura corporal, sendo que, o aumento ou redução da temperatura corporal estimula mecanismos de ajustes como retenção e dissipação de calor. Na maioria do tempo estamos em ambientes em que a temperatura é inferior ao nosso corpo, estamos então, na maioria do tempo transferindo calor para o ambiente.

O controle da temperatura e  a necessidade de hidratação,  está baseada no balanço hídrico corporal, ou seja, no saldo entre entrada e saída de líquidos do corpo.

Quanto à entrada de água, podemos nos beneficiar pela ingesta da própria água (1,5l), ingesta de vegetais crus, hortaliças e frutas com alto teor de água (700ml), e produção endógena (interior) pela cadeia transportadora de elétrons. A quantidade de água para um sedentário é aproximadamente 2,5l, já em atletas, essa quantidade por ser de 3 a 5x mais conforme a intensidade do exercício.

Já a saída acontece por sudorese, respiração, urina e fezes, sendo essas ultimas influenciadas pela presença da atividade física, que  intimida a perda hídrica.

 Outra questão importante sobre a hidratação é que a falta da água influencia a produção de hormônios como a testosterona, que participa da manutenção da massa muscular, vitalidade, entre outras. Isso porque com a falta de água, o corpo produz outro hormônio, o aldosterona, responsável por comprimir os vasos sanguíneos, que por sua vez vão atuar no controle da pressão arterial. O colesterol não oxidado é matéria-prima para esses 2 hormônios: aldosterona e testosterona. Portanto, se o colesterol estiver sendo utilizado para produzir aldosterona por conta da desidratação, ele será pouco ou nada utilizado na produção de testosterona, podendo gerar prejuízos na manutenção e construção da massa muscular, tão importante e desejado por todos nós.

 Isso posto, observamos o quão  necessário, fundamental e imprescindível o consumo de água em níveis suficientes  para tantas funções vitais ao organismo humano.

 Lembrando que não devemos consumir água de tambores de plástico, de origem desconhecida, mas sim de filtros de barro com 3 fases de filtragem, e se possível enriquecidas de minerais. 

Procure sempre um nutricionista para lhe acompanhar em seu caminho de saúde e longevidade, o qual  só é possível com uma boa hidratação.


Estagiária: Christiane Gallucci


Referências:

Tavares, Camila T. Hidratação e suplementação hidroeletrolítica . Disponível em: Minha Biblioteca, Editora Saraiva, 2021.

Jeukendrup, Asker e Michael Gleeson. Nutrição no esporte: diretrizes nutricionais e bioquímica e fisiologia do exercício . Disponível em: Minha Biblioteca, (3ª edição). Editora Manole, 2021.

https://doi.org/10.1590/S1517-86922014000100009





quarta-feira, 24 de abril de 2024

Nutrição pré-treino e pós-treino

A nutrição pré-treino é importante para fornecer energia ao corpo durante o exercício. Uma refeição pré-treino ideal deve incluir uma combinação de carboidratos complexos (como grãos integrais) para fornecer energia de longa duração, proteínas magras (como frango ou peixe) para ajudar na recuperação muscular e gorduras saudáveis ​​(como abacate ou nozes) para manter a saciedade e fornecer energia.

Alguns exemplos de refeições pré-treino podem ser: iogurte com frutas e granola, sanduíche de frango com pão integral e salada ou smoothie de proteína com leite, banana e manteiga de amendoim.

Já a nutrição pós-treino é importante para ajudar na recuperação muscular e reabastecer as reservas de energia do corpo. Uma refeição pós-treino ideal deve incluir uma combinação de proteínas de alta qualidade (como carne magra, peixe ou ovos) para ajudar na síntese muscular, carboidratos de rápida absorção (como frutas ou batata doce) para repor as reservas de glicogênio e também gorduras saudáveis ​​(como azeite ou abacate).


Fonte: https://www.rbne.com.br/index.php/rbne - Revista Brasileira de Nutrição Esportiva - Estagiária Amanda 


Spirulina

 



A spirulina, também conhecida como espirulina, é uma microalga que oferece uma série de benefícios como suplemento alimentar, graças à sua riqueza em proteínas, minerais, vitaminas do complexo B, ferro e antioxidantes como a ficocianina e o ácido gálico.

Essa microalga apresenta uma ampla gama de benefícios para a saúde, incluindo a prevenção de doenças cardíacas, como infarto, aterosclerose e derrame. Além disso, a spirulina pode auxiliar no tratamento da diabetes, da rinite alérgica e no ganho de massa muscular.

Disponível na forma desidratada, em comprimidos, cápsulas ou em pó, a spirulina é considerada um superalimento e pode ser adquirida em lojas de produtos naturais e suplementos. A dose e a de ingestão recomendada variam de acordo com a finalidade de uso do suplemento.

As principais indicações da spirulina para a saúde incluem:

Melhorar a Disposição e Energia:

A spirulina é uma excelente fonte de proteínas, fornecendo ao organismo uma quantidade significativa de energia. Além disso, das bactérias benéficas no intestino. Isso ajuda a manter a flora intestinal equilibrada, o que, por sua vez, aumenta a produção de vitamina B6. Esta vitamina desempenha um papel fundamental no metabolismo energético do corpo, convertendo os alimentos em energia utilizável. Portanto, o consumo regular de spirulina pode contribuir para um aumento da energia e disposição ao longo do dia.

É importante destacar que, embora a spirulina ofereça diversos benefícios para a saúde, seu uso deve ser orientado por um profissional de saúde, especialmente em casos de condições médicas pré-existentes ou uso concomitante de outros medicamentos. a spirulina é rica em magnésio, um mineral essencial com várias funções importantes no corpo humano. Uma dessas funções está relacionada à síntese de hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, como a serotonina.

Prevenir e Tratar a Anemia:

A spirulina é rica em ferro, fundamental para a produção de hemoglobina, que transporta oxigênio no sangue. A deficiência de ferro pode levar à anemia, caracterizada pela redução dos níveis de hemoglobina. Ao fornecer ferro, a spirulina pode ajudar a aumentar os níveis de hemoglobina, tratando e prevenindo a anemia.

Diminuir o Colesterol "Ruim" e Triglicerídeos:

A ficocianina, antioxidante presente na spirulina, pode reduzir os níveis de colesterol LDL e triglicerídeos. Ela inibe a absorção de colesterol no intestino, diminuindo a quantidade de gordura no sangue. Isso ajuda a proteger contra doenças cardiovasculares e promover a saúde do coração.

Combater a Pressão Alta: A spirulina promove a produção de óxido nítrico, relaxando os vasos sanguíneos e reduzindo a pressão arterial. No entanto, seu uso deve ser supervisionado por um médico para evitar quedas abruptas na pressão.

Regular o Açúcar no Sangue: Os antioxidantes e gorduras poli-insaturadas na spirulina ajudam a reduzir os níveis de açúcar no sangue, prevenindo e controlando a diabetes. Além disso, aumenta a sensibilidade à insulina, contribuindo para uma rápida diminuição da glicose circulante.

Promover o Ganho de Massa Muscular: A spirulina é uma fonte de aminoácidos essenciais que auxiliam na manutenção e no desenvolvimento muscular. Contém ácido γ-linolênico, uma gordura poli-insaturada que melhora a resistência e a força, importantes para treinos voltados ao ganho de massa muscular.

Possíveis Efeitos Colaterais:

A ingestão recomendada de spirulina pode causar enjoo, vômitos ou diarreia em algumas pessoas.

Reações alérgicas são raras, mas podem incluir vermelhidão e coceira na pele, dor abdominal ou sintomas mais graves como dificuldade para respirar ou inchaço na língua.

Quem Não Deve Tomar:

Pessoas com fenilcetonúria, devido aos elevados níveis de fenilalanina na spirulina.

Gestantes, lactantes, crianças e adolescentes, devido à falta de estudos sobre sua segurança nessas populações.

Embora a spirulina seja geralmente considerada segura para a maioria das pessoas quando consumida em quantidades recomendadas, é essencial estar ciente desses possíveis efeitos colaterais e contraindicações antes de iniciar o uso. Sempre consulte um profissional de saúde para obter orientações adequadas ao seu caso específico.

Estagiária : Francisca viturino

 

http://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/477/475

https://www.scielo.br/j/cta/a/yMysZGfB3vTvDBP63b3fzWv/?lang=en

terça-feira, 23 de abril de 2024

Orientações Nutricionais na Osteoporose

 A osteoporose é uma doença em que os ossos se tornam frágeis devido a diminuição da densidade óssea e a deterioração da estrutura microscópica do tecido ósseo. Isso aumenta os riscos de fraturas pois os ossos perdem sua resistência natural.

Essa doença ocorre quando a perda da massa óssea supera a capacidade do corpo de substitui-lá adequadamente. Geralmente, não há sintomas evidentes até que ocorra uma fratura, e por isso é considerada uma "doença silenciosa". 


As recomendações nutricionais envolvem três pontos principais o Cálcio, a Proteína e a Vitamina D. Com a idade, numerosos fatores podem contribuir com a disponibilidade inadequada destes nutrientes. No geral, ocorre o menor consumo de energia na dieta total, menor absorção intestinal do cálcio por baixa vitamina D e menor exposição á luz do sol. 

 Recomenda- se o consumo diário de alimentos ricos em Cálcio como: leite e derivados, vegetais verdes escuros, soja sardinha e sementes. A exposição solar deve ser feita todos os dias por cerca de 20 a 30 minutos no inicio da manhã ou no final da tarde. É importante ter um acompanhamento com o médico para verificar a necessidade de suplementação! 

Outra recomendação é a atividade física, ela é essencial para prevenção e tratamento da osteoporose. 



Estagiaria: Amanda Forni 
Fonte:
  • https://saude.campinas.sp.gov.br/especialidades/nutricao/Orientacoes_Nutricionais_Osteoporose.pdf
  • https://www.osteoporosis.foundation/sites/iofbonehealth/files/2019-03/2015_HealthyNutritionHealthyBones_ThematicReport_PortugeseBrasil.pdf


Mindful eating: os benefícios do comer com atenção plena

 

O que você faz enquanto come? Essa é uma pergunta cuja resposta poderia ser muito simples, mas para muitas pessoas as respostas mais frequentes estão mais para:

"Eu checo as redes sociais."

"Eu assisto â TV ou Netflix."

"Eu pago boletos no internet banking."

"Eu sigo trabalhando ou estudando em frente ao computador."

"Eu dirijo para o trabalho ou para qualquer outro lugar." (!!!)

"Eu dou comida para os meus filhos pequenos."

E por aí vai...

Tudo bem querer otimizar o tempo em meio aos tantos afazeres que temos com nossas rotinas cada vez mais atribuladas. O problema é eleger justamente o momento das refeições para isso! Pode parecer um ato inocente, e até mesmo esperto (afinal, cada minuto ganho vale muito!), mas a verdade é que existem diversos riscos associados com o comer sem atenção.

Quando não dedicamos nossa atenção ao ato de comer, demoramos mais para identificar os sinais de saciedade, o que facilmente contribui para que comamos mais do que o necessário. Não apreciamos o sabor adequadamente, e muitas vezes sequer montamos o prato conscientemente, colocando nele porções que não são realmente condizentes com a nossa fome, e/ou alimentos que não nos nutrem nem nos dão muito prazer.

E uma das melhores formas de exercitar mudanças no comportamento alimentar na hora das refeições é praticando o comer com atenção plena (ou, em inglês, mindful eating). O comer com atenção plena é formado por um conjunto de ações que comprovadamente favorecem uma relação mais positiva com a comida e beneficiam a saúde física e mental. E, como toda ação não-habitual, se gradativamente praticada, vai sendo incorporada na rotina, até virar um hábito que não requer esforço para ser executado.

Praticando o mindful eating

As ações descritas a seguir, se exercitadas com frequência, se tornam automáticas, e ajudam a regular os mecanismos de fome e saciedade, a evitar excessos alimentares e a aumentar a sensação de prazer durante e depois das refeições, além de diminuir emoções negativas frequentemente ligadas à alimentação, como ansiedade e culpa. Quanto mais ações praticadas ao mesmo tempo, melhor! Então:

Priorize o momento das refeições. Não precisa gastar horas e horas do dia à mesa, mas dedicar pelo menos 20 minutos para cada uma das refeições principais e 10 minutos para as refeições menores dará espaço para que o comer com atenção plena seja posto em ação, o que fará uma grande diferença no seu comportamento alimentar.

Evite porções pré-montadas. Monte seu prato avaliando sua real percepção de fome no momento.

Sente-se à mesa para comer. Um ambiente adequado e tranquilo para realizar a refeição faz toda a diferença.

Coma sem pressa, estando realmente presente à refeição.

Estimule os 5 sentidos durante a refeição, apreciando a aparência do prato, o aroma, a textura, a temperatura e, obviamente, os sabores! 

Modere o tamanho de cada garfada, evitando levar muita comida à boca de uma só vez.

Mastigue mais lentamente.

Descanse o garfo e a faca no prato algumas vezes, para ter tempo de mastigar sem pressa e de apreciar a comida.

Evite mexer no celular/computador ou assistir à televisão enquanto faz a refeição. Dirigir então, nem pensar! Se tiver companhia, converse com ela.

Esteja atento(a) aos sinais de saciedade que lentamente surgirão. Pare de comer ao sentir-se satisfeito(a), mesmo que isto signifique guardar o que sobrou para uma outra refeição.

O Mindful Eating não envolve apenas o comer, mas também o pensamento e julgamento sobre a comida, desde sua compra ou pedido no restaurante, até seu preparo. Focar no sabor, na textura e no aroma do alimento, nas emoções que ele provoca (culpa, prazer, repulsa, ativação da memória afetiva) e também no ambiente da refeição (que pode ser de uma simples fruta a um jantar completo) são habilidades desenvolvidas no processo de Mindful Eating.

Esse desenvolvimento sensorial aliado à observação do pensamento e das emoções que surgem enquanto comemos, melhoram as respostas disfuncionais comuns à alimentação como culpa, punição, restrição e autoindulgências excessivas.

Concluímos que, a atenção plena na hora das refeições é de extrema importância para a saúde do nosso corpo. 

Estagiaria: Giovanna Tritapepe Cerutti 

Referência: https://www.cambridge.org/core/journals/nutrition-research-reviews/article/structured-literature-review-on-the-role-of-mindfulness-mindful-eating-and-intuitive-eating-in-changing-eating-behaviours-effectiveness-and-associated-potential mechanisms/351A3D01E43F49CC9794756BC950EFFC



sexta-feira, 19 de abril de 2024

A Importância dos Multivitamínicos para Atletas

 






No mundo do esporte, onde cada movimento é estrategicamente calculado e cada desafio enfrentado demanda um nível de desempenho excepcional, a nutrição desempenha um papel fundamental.

Atletas estão constantemente desafiando seus corpos e demandando mais de si mesmos, tornando essencial fornecer os nutrientes adequados para suportar seu desempenho atlético e promover a recuperação.

Benefícios dos Multivitamínicos para Atletas:

O treinamento intenso pode comprometer o sistema imunológico, deixando os atletas mais suscetíveis a infecções. Os multivitamínicos, especialmente aqueles contendo vitamina C, vitamina D e zinco, podem fortalecer o sistema

Vitamina e o magnésio têm propriedades antioxidantes que ajudam a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, facilitando a recuperação muscular e prevenindo lesões. imunológico, reduzindo o risco de doenças.

Recuperação Muscular: Vitaminas e minerais desempenham papéis cruciais na recuperação muscular pós-treino. Por exemplo,

Saúde Óssea: Atletas estão em maior risco de lesões ósseas devido ao impacto constante do treinamento. Multivitamínicos que incluem cálcio, vitamina D e vitamina K podem promover a saúde óssea e reduzir o risco de fraturas e osteoporose.

Metabolismo Energético: As vitaminas do complexo B desempenham um papel crucial no metabolismo energético, convertendo carboidratos, proteínas e gorduras em energia utilizável. Atletas precisam de níveis adequados dessas vitaminas para otimizar a produção de energia durante o exercício.

Quem pode se beneficiar da suplementação: Atletas de todas as modalidades e níveis de habilidade podem se beneficiar da suplementação com multivitamínicos, especialmente aqueles que seguem dietas restritivas, treinam em condições extremas ou têm necessidades aumentadas devido ao treinamento intenso.

É importante ressaltar que os multivitamínicos não substituem uma dieta saudável e equilibrada, mas sim complementam as necessidades nutricionais dos atletas sempre procurar ajudar de um profissional.  

Estagiaria : Francisca viturino

scielo.br/j/rbme/a/jZbTCmtq6BrK8D75SzsBdvk