A boa alimentação é
uma das premissas para uma vida saudável. E o inverso disso pode ter como
resultado vários problemas. Mais do que acertar na escolha, é preciso também
saber preparar os alimentos de maneira saudável e com muita higiene.
Consumir alimentos
mal lavados e mal conservados pode causar intoxicação alimentar – conhecida
também como gastroenterocolite aguda –, devido à presença de microrganismos
(bactérias ou vírus, por exemplo), substâncias químicas ou tóxicas na comida.
As principais causas da
transmissão dessas substâncias para os alimentos são: falta de higiene e
manuseio e armazenamento incorretos, além do tempo de exposição.
São muitos os sintomas de intoxicação
alimentar e os mais comuns são: vômito, diarreia, náusea, febre, alergia, perda
de reflexos, dificuldade de falar e engolir, mal-estar, dor abdominal e cólica.
Esses sinais aparecem em até 72 horas após a ingestão do alimento e podem durar
cerca de quatro dias, dependendo do tipo de contaminação a que o alimento foi
exposto. Se for apenas toxina, como a dos estafilococos, que provoca
vômito, a duração é curta, de apenas um dia. Porém, se os causadores forem
vírus e bactérias, além de os sintomas serem mais fortes, o período será
prolongado por dias, em alguns casos por uma semana.
Dieta leve e descanso
Manter-se sempre bem hidratado, beber mais de 2 litros de água por dia e
repousar são as grandes dicas. Os cuidados durante e após a intoxicação
influenciam nas sequelas que o quadro vai apresentar futuramente. Normalmente o paciente não apresenta problemas, mas ele deve ter cuidados
básicos nesse período. Se os sintomas se agravarem, como diarreia com sangue,
vá para um hospital. Tirar alimentos das refeições pode ajudar no não agravamento dos
sintomas. O leite, por exemplo, tende a piorar a diarréia. O paciente
deve adotar uma dieta leve, preparada com alimentos cozidos, feitos na hora,
sem conservantes e gorduras. Deve comer pequenas quantidades, de cinco a seis
vezes por dia, mas evitar forçar quando sentir dificuldade em engolir. Arroz,
legumes cozidos e sem casca, bolacha água e sal, gelatina, carne grelhada e
sopas são ótimas pedidas para o cardápio diário. Mesmo quando o quadro se tranquilizar, não deixe de tomar os cuidados
dentro de casa. Não é porque a pessoa já teve intoxicação alimentar que ela
está imune. Fique atento e cuide-se!
Acerte no preparo e no armazenamento
Um dos principais vilões para esse quadro são os alimentos contaminados
dentro da própria casa. Isso ocorre quando alguns cuidados não são tomados.
· Lave bem as mãos antes de mexer nos alimentos, para prevenir
contaminações.
· Cozinhe bem os alimentos – em particular aves, carnes e leite não
pasteurizado.
· Consuma imediatamente os alimentos cozidos. Caso sobre, guarde-os em
recipiente tampado na geladeira.
· Reaqueça bem o alimento cozido se for consumi-lo em outro horário.
· Selecione e lave em água corrente: frutas, verduras e leguminosas.
· Depois, coloque-as imersas em uma solução de água sanitária (uma colher
de sopa de água sanitária para cada litro de água) ou produtos especiais para
esse fim.
· Observe a data de validade dos alimentos.
· Evite o contato do alimento cru com o cozido, para que o primeiro não
contamine o segundo.
· Respeite as características dos alimentos:
o
Pescados devem ser mantidos refrigerados (até 4 ºC) e por período não
superior a 24 horas.
o
Carnes cruas (bovina, suína, de aves e outras) devem ser guardados em
refrigeradores (até 4 ºC) por até 72 horas.
o
Ovos crus devem ser conservados nas prateleiras da geladeira – e não na
porta –, por até 14 dias.
o
Alimentos que sofreram cozimento também devem ser conservados em
refrigerador (4 ºC), por até 72 horas.
o
Os produtos considerados "estoque seco" (bolachas, arroz,
macarrão, feijão, enlatados etc.) devem ser armazenados em temperatura
ambiente, seguindo especificações do fabricante, no próprio produto.
Cuidados fora de casa
Além desses cuidados dentro de casa, deve-se saber escolher o melhor
local para comer quando se está fora de casa. Devemos redobrar a atenção
quando não estamos em casa. O segredo, além da escolha, é não exagerar nas
porções.
Outros cuidados
·
Evitar carne malpassada.
·
Evitar porções feitas com excessiva antecipação.
·
Observar a conduta dos funcionários durante o preparo.
·
Evitar alimentos em conserva, como palmito.
·
Visitar a cozinha do estabelecimento, ainda mais se for um restaurante
por quilo.
Optar por alimentos cozidos é sempre a melhor escolha. Além disso,
deve-se evitar molhos caseiros e de pote, como maionese. O modo de
preparo e armazenamento em restaurantes e lanchonetes deve ser extremamente
rigoroso.
Postado por: Bruna Rafaella Faria
Referência: www.einstein.br
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