segunda-feira, 6 de maio de 2024

Alergias Alimentares

  As alergias alimentares são respostas imunes adversas a determinados alimentos, desencadeadas pelo sistema imunológico em indivíduos geneticamente predispostos. Essas reações podem variar desde sintomas leves, como urticária, até reações graves, como anafilaxia, colocando em risco a vida do indivíduo afetado. Uma compreensão abrangente das alergias alimentares, especialmente sob uma perspectiva nutricional, é essencial para o manejo adequado dessas condições.
 As alergias ocorrem quando o sistema imunológico interpreta incorretamente uma proteína alimentar como uma ameaça, desencadeando uma resposta inflamatória. O sistema imunológico produz imunoglobulina E (IgE) em resposta ao alérgeno alimentar, desencadeando a liberação de histamina e outros mediadores inflamatórios. Isso leva à manifestação de sintomas como prurido, inchaço, dificuldade respiratória e até mesmo choque anafilático.
 A prevalência de alergias alimentares tem aumentado significativamente nas últimas décadas, afetando cerca de 8% das crianças e 5% dos adultos em países desenvolvidos. Embora qualquer alimento possa desencadear uma alergia, oito alimentos comuns são responsáveis por cerca de 90% das reações alérgicas alimentares: leite de vaca, ovos, amendoim, nozes, trigo, soja, peixe e crustáceos.
  O diagnóstico preciso de alergias alimentares envolve uma história clínica detalhada, testes cutâneos e testes sanguíneos específicos para IgE. Uma vez diagnosticada, a abordagem principal para o manejo de alergias alimentares é a eliminação do alérgeno da dieta do paciente. Isso requer educação alimentar adequada, leitura cuidadosa de rótulos e aconselhamento nutricional para garantir que a dieta seja nutricionalmente equilibrada e segura.
  A exclusão de certos alimentos da dieta pode aumentar o risco de deficiências nutricionais, especialmente em crianças em fase de crescimento e desenvolvimento. Por isso, é crucial buscar alternativas nutricionalmente equivalentes para garantir a ingestão adequada de todos os nutrientes essenciais. Por exemplo, substituir leite de vaca por leites vegetais enriquecidos, como leite de soja ou amêndoa, pode ajudar a manter a ingestão adequada de cálcio e vitamina D.




Referencias: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24388012/
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-520860

Estagiaria: Barbara Bruneli

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