terça-feira, 21 de outubro de 2014

ÔMEGA 3 e EXERCÍCIO FÍSICO

  


Para que um atleta consiga melhorar o desempenho esportivo, é necessário que as cargas de treinamento e os períodos de recuperação sejam realizados de maneira equilibrada. Cargas de treinamento com intensidades exageradas e períodos de recuperação insuficientes não promovem os benefícios à prática de treinamento físico, havendo a possibilidade do aparecimento de lesões musculares, acredita-se que a pequena inflamação aguda e local ocasionada pelos micro-traumas possam evoluir para processo de inflamação crônica e acarretar, em seguida em uma inflamação sistêmica.


Estudos observaram uma diminuição significativa da síntese de mediadores de inflamação em ratos que tiveram uma dieta composta óleo de peixe contendo grande quantidade de (EPA) e (DHA) ômega -3. É possível supor que a suplementação com ácidos graxos ômega-3 (EPA) e (DHA) em atletas poderia atenuar os efeitos do processo inflamatório no músculo lesionado através da diminuição da síntese dos potentes mediadores químicos da inflamação e com isso a diminuição do tempo de recuperação dos atletas, além de beneficiar as resposta dos atletas aos exercícios de alta intensidade. Vários componentes naturais dos alimentos têm mostrado efeitos fisiológicos e alguns deles foram considerados úteis para promover melhora no desempenho esportivo ou na tentativa de prevenir lesões. Nos últimos anos os ácidos graxos poli-insaturados Omega-3(AGPI-n3) figura-se entre os suplementos que ganharam muita atenção por parte dos pesquisadores e vem despertando interesse das indústrias farmacêuticas e de alimentos funcionais. 

Em estudos com atletas, os AGPI-n3 têm despertado mais especificamente, grande interesse de pesquisadores na área de ciências do esporte e do exercício físico. Essa nova linha de pesquisa apoia-se no fato de que exercícios intensos podem provocar alterações no sistema imune e ocasionar a formação de substâncias inflamatórias, alem de ser um alimento funcional.  Em atletas podem atenuar os efeitos do processo inflamatório no músculo lesionado através da diminuição da síntese dos potentes mediadores químicos da inflamação e com isso a diminuição do tempo de recuperação dos mesmos, além de beneficiar as resposta dos atletas aos exercícios de alta intensidade. Outros estudos obtiveram resultados que  indicam ainda que a suplementação com AGPI-n3 reduziu a concentração plasmática da enzima Lactato Desidrogenase-LDH (marcador de lesão muscular), tanto nos animais sedentários como nos submetidos ao treinamento físico.

Atletas de esportes de alta intensidade e longa duração são acometidos também por infecções e inflamações frequentemente. Portanto, supõe-se que a suplementação com óleo de peixe reduz os índices dos problemas decorrentes da modalidade praticada.


O Ômega 3 pode ser encontrado como fonte de alimento: óleo de peixe, linhaça, canola, sardinha, castanhas e nozes, vegetais de folhas verdes escuras.

Fonte: COQUEIRO, D. P. et al. USO DA SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS GRAXOS POLI-INSATURADOS OMEGA-3 ASSOCIADO AO EXERCÍCIO FÍSICO: UMA REVISÃO. Pensar a Prática, 2011.

Postado por: Aline Roschel e Flavio Faitarone

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