sexta-feira, 31 de março de 2017

Cafeína no Esporte

 




 A cafeína é uma substância estimulante psicoativa de sabor amargo, da família dos alcalóides e do grupo das xantinas, pode ser encontrada em quantidades variáveis nos grãos, folhas e frutos de várias plantas.

O consumo é feito através de infusões extraídas das cerejas do pé de café e das folhas de chá, bem como por meio de diversas bebidas derivadas da noz de cola. Chás, mates, guaranás e derivados também contêm cafeína. Dentre as substâncias psicoativas e estimulantes, a cafeína é a mais consumida no mundo, sendo, no entanto de uso legal e não regulamentado na maioria dos países.

O efeito principal da cafeína é atuar como estimulante no sistema nervoso central. A cafeína é responsável por afastar a sonolência e restaurar o estado de alerta de uma pessoa, embora esse efeito seja bastante temporário.

A literatura têm apontado para uma melhoria no desempenho atlético em diferentes tipos de exercício físico, após a ingestão de apenas 3 a 6 mg de cafeína por quilograma de peso corporal, tanto em atletas amadores quanto em atletas de elite, sem que estes ultrapassem o limite estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) de 12 mg/ml de cafeína na urina para detecção de caso positivo de doping.

Vale destacar que diversos fatores como as diferentes dosagens de cafeína empregadas, o tipo de exercício físico utilizado, o estado nutricional, o estado de aptidão física individual, além da tolerância à cafeína (habituação ou não à cafeína) podem influenciar a análise dos resultados apresentados pelos diversos estudos disponíveis na literatura.

Poucos desses estudos têm procurado investigar os possíveis efeitos ergogênicos da cafeína sobre o desempenho físico em exercícios de alta intensidade e curta duração (força, velocidade e potência). Além disso, os resultados encontrados até o momento têm sido bastante controversos.

Pesquisas mostram um aumento da força muscular acompanhado de uma maior resistência à instalação do processo de fadiga muscular após a ingestão de cafeína. Ainda não está totalmente esclarecido qual o mecanismo de ação responsável pelo aumento da força muscular, porém, acredita-se que isso ocorra em maior intensidade muito mais pela ação direta da cafeína no SNC do que pela sua ação em nível periférico.

Algumas pessoas intolerantes à substância relatam um efeito diurético associado ao consumo de cafeína. No entanto, o consumo frequente desenvolve no indivíduo uma resistência a esse efeito, de modo que a comunidade científica falha em associar o consumo frequente de alimentos e bebidas com cafeína e efeitos de desidratação significativos.
Para concluir vale ressaltar que a administração de dosagens elevadas de cafeína pode trazer inúmeros desconfortos para o usuário, contribuindo para a incidência de efeitos colaterais, colocando em risco a sua integridade física.

Além disso, particularmente em atletas, a adoção desta estratégia pode configurar o uso de doping.


http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v14%20n2%20artigo4.pdf
Por Tamiris Medolago

Nenhum comentário:

Postar um comentário