A genômica nutricional é uma área que abrange a nutrigenômica, a
nutrigenética e a epigenômica nutricional. A nutrigenética estuda como a
constituição genética pode influenciar a necessidade de ingestão de nutrientes
ou o aumento do risco de DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis). Já a epigenômica
nutricional estuda como os alimentos (nutrientes e compostos bioativos)
influenciam a expressão gênica. A nutrigenômica estuda como os nutrientes e
compostos bioativos (como vitamina D, selênio e quercetina) influenciam a
expressão dos genes, sendo que os exercícios físicos também têm sido apontados
como influenciadores da expressão gênica. Indivíduos treinados apresentam maior
expressão gênica de uma proteína transportadora de glicose, o que indica que o
exercício favorece, consequentemente, o aumento do desempenho.
Pessoas que começam a treinar apresentam uma melhora significativa
da capacidade de oxidação de lipídios, pois o músculo treinado aumenta a
capacidade dos lipídios como fornecedores de energia por meio da regulação da
expressão dos genes. Estudos mostram que atletas de endurance apresentam maior
risco de lesão muscular e que a ingestão adequada de vitamina D pode diminuir o
risco de lesão por meio da modulação da inflamação.
Exercícios de força, associados a uma alimentação balanceada
adequada, podem promover o ganho de massa muscular por meio da expressão
gênica. Estudos relatam que a proteína do soro do leite influencia a
hipertrofia muscular devido à grande quantidade de leucina que estimula a
hipertrofia e a recuperação do músculo pós-treino.
Alimentos fontes de selênio (mineral antioxidante) podem auxiliar
na diminuição do estresse oxidativo induzido pelo exercício físico, como no
caso da castanha-do-pará, que possui 100% da IDR indicada por dia. A quercitina
é um composto bioativo presente em frutas, hortaliças e ervas que é capaz de
modular a resposta inflamatória, podendo reduzir o risco de infecções
pós-exercício físico exaustivo e prolongado.
Conclui-se que a prática de
exercício físico promove a saúde em conjunto com uma alimentação adequada,
porém ainda são necessários mais estudos que avaliem esses dois fatores na
expressão gênica.
Por: Thayná Galvão
FONTES:
FÉRES, V. F.; et al. Nutrigenômica: um desafio do século XXI.
VASCONCELOS, F. A. G. A ciência da nutrição em trânsito: da
nutrição e dietética à nutrigenômica. Rev. Nutr., Campinas, v. 23, n. 6, p.
935-945, Dec. 2010.
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