terça-feira, 4 de junho de 2019

O uso da arginina no esporte


A administração oral de arginina tem sido relacionada com a melhora do desempenho físico por provável diminuição da fadiga muscular. Esse efeito está associado à vasodilatação promovida pelo óxido nítrico, resultando no aumento da perfusão muscular, e pela diminuição do consumo de glicose pelos músculos esqueléticos em atividade.
A produção de óxido nítrico (NO) no organismo humano ocorre quando o aminoácido L-arginina é convertida em L-citrulina numa reação catalisada pela enzima óxido nítrico sintetase (NOS). Como a administração prolongada de arginina aumenta a produção de óxido nítrico, sua suplementação tem sido relacionada à melhora da função contráctil do músculo esquelético. Por outro lado, a suplementação de arginina pode também estar associada à melhora da força contráctil através de uma maior síntese de proteínas musculares em períodos de administração mais prolongados quando realizada concomitantemente a um programa de exercícios resistidos.
Pode-se considerar a hipótese de que o próprio efeito de melhora de perfusão da musculatura esquelética venha a contribuir para melhor qualidade do treinamento com pesos, tendo como resultado ao longo do tempo uma potencialização dos efeitos do treino com maior aumento de massa muscular e força contráctil.

Fontes:
YANG HT, PRIOR BM, LLOYD PG, TAYLOR JC, LI Z, LAUGHLIN MH, TERJUNG RL. Training-induced vascular adaptations to ischemic muscle. J Physiol Pharmacol. 59 (S7):57-70, 2008.
ANGELI G et al. Investigação dos efeitos da suplementação oral de arginina no aumento de força e massa muscular. Rev Bras Med Esporte,  13 (2): 129-32,  2007.


Júlio Cezar Ferreira

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