A administração oral de arginina tem sido
relacionada com a melhora do desempenho físico por provável diminuição da
fadiga muscular. Esse efeito está associado à vasodilatação promovida pelo
óxido nítrico, resultando no aumento da perfusão muscular, e pela diminuição
do consumo de glicose pelos músculos esqueléticos em atividade.
A produção de óxido nítrico (NO) no organismo humano ocorre quando o aminoácido L-arginina é convertida em L-citrulina numa reação catalisada pela enzima óxido nítrico sintetase (NOS). Como a administração prolongada de arginina aumenta a produção de óxido nítrico, sua suplementação tem sido relacionada à melhora da função contráctil do músculo esquelético. Por outro lado, a suplementação de arginina pode também estar associada à melhora da força contráctil através de uma maior síntese de proteínas musculares em períodos de administração mais prolongados quando realizada concomitantemente a um programa de exercícios resistidos. Pode-se considerar a hipótese de que o próprio efeito de melhora de perfusão da musculatura esquelética venha a contribuir para melhor qualidade do treinamento com pesos, tendo como resultado ao longo do tempo uma potencialização dos efeitos do treino com maior aumento de massa muscular e força contráctil.
Fontes:
YANG HT, PRIOR BM, LLOYD PG, TAYLOR JC, LI Z,
LAUGHLIN MH, TERJUNG RL. Training-induced vascular adaptations to ischemic
muscle. J Physiol Pharmacol. 59 (S7):57-70, 2008.
ANGELI G et al. Investigação dos efeitos da
suplementação oral de arginina no aumento de força e massa muscular. Rev Bras
Med Esporte, 13 (2): 129-32, 2007.
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Júlio Cezar
Ferreira
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