Uma dieta vegetariana equilibrada, além de proporcionar uma oferta nutricional adequada, também promove saúde e previne inúmeras doenças crônicas responsáveis por perda de qualidade de vida e por diminuição da expectativa de vida. Há diferentes definições de dietas vegetarianas, como, por exemplo: a dieta vegana, que não contém nenhum produto de origem animal; a lactoovovegetariana, que inclui produtos lácteos e ovos; e a semivegetariana, que ainda inclui pequenas quantidades ou consumo esporádico de determinados tipos de carne, como peixes e aves. As dietas não vegetarianas, nas quais o consumo de carne é freqüente, são denominadas dietas onívoras.
Necessidades
nutricionais:
Vegetarianos
ingerem frequentemente grandes quantidades de carboidratos, fibras dietéticas,
magnésio, potássio, folato, antioxidantes e fitoquímicos. É necessária maior
atenção na dieta desses indivíduos, no que diz respeito à ingestão de cálcio,
zinco, ferro e vitamina B12.
De
acordo com o posicionamento do American
College of Sports Medicine (ACSM), a baixa ingestão energética pode
resultar em perda de massa muscular, distúrbios no ciclo menstrual das atletas,
perda de massa óssea e aumento do risco de desenvolverem fadiga e lesões. Ainda
segundo o ACSM, a ingestão energética de atletas de endurance deve
ser de 3 000 a 5 000kcal/dia. Atletas de força usualmente necessitam,
minimamente, de 50kcal/kg/dia, que representa 3 500kcal/dia para um indivíduo
de 70kg.
Segundo
Williams, a deficiência energética não representa grande preocupação para os
vegetarianos, mas é necessária atenção especial para que se alcance uma
ingestão adequada de energia, caso contrário o desempenho pode ser prejudicado.
Atletas
de endurance necessitam de
dieta rica em carboidratos para otimizar os estoques de glicogênio muscular e
hepático. Para esses indivíduos, a ingestão diária de carboidratos deve ficar
na faixa de 500g a 800g (8 a 10g/kg/dia), e representar 60% a 70% da ingestão
energética diária total.
Segundo
Fogelholm, a exclusão de carne da dieta não prejudica o desempenho em
exercícios repetidos de curta duração. Já a redução da ingestão de proteínas e
o aumento de carboidratos durante 3 a 5 dias podem resultar em uma melhoria de
desempenho em exercício anaeróbico com duração de 2 a 7 minutos.
Quanto
à ingestão proteica, vegetarianos normalmente apresentam valores mais baixos,
quando comparados a indivíduos não vegetarianos. Além disso, a qualidade das
proteínas de origem vegetal é considerada de baixo valor biológico, visto que
são incompletas quanto à composição de aminoácidos.
A
quota dietética recomendada (RDA) de proteínas é de 0,8g/kg de peso por dia.
Sabe-se, porém, que atletas de força e endurance necessitam
de uma maior ingestão proteica, quando comparados à população saudável
sedentária. É indicado que atletas de força, potência ou velocidade aumentem a ingestão para 1,7 a
1,8g/kg/dia, e atletas de endurance para
1,2 a 1,4g/kg/dia.
Os níveis de creatina
intramusculares dos vegetarianos são mais baixos, o que pode afetar o
rendimento em exercícios supramáximos. Em contrapartida, a suplementação de
creatina monohidratada pode proporcionar maior efeito ergogênico nesses
indivíduos.
É de suma importância que uma dieta
vegetariana seja bem planejada e acompanhada por um nutricionista, para manter o equ
https://www.scielo.br/j/rn/a/KS3Vtdkt9bF7kYgfLCWHddC/
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