Você já parou pra pensar em quantas decisões sobre o que comer você toma com base em algo que viu nas redes sociais? Seja uma receita “fit” no Instagram, um “antes e depois” no TikTok ou aquele vídeo no YouTube afirmando que cortar carboidrato vai mudar sua vida... As redes sociais estão em tudo, inclusive na nossa alimentação.
Mas será que isso é bom ou ruim?
Redes Sociais: Vilãs ou Aliadas da Nutrição?
A verdade é que as redes sociais possuem um poder gigante de
influência, o que pode ser tanto positivo quanto negativo. Um estudo com
estudantes de nutrição mostrou que, quanto mais no início da graduação eles
estavam, mais influenciáveis eram pelas postagens que viam online. Ou seja:
quanto menos conhecimento técnico, maior a chance de seguir uma tendência sem
questionar muito.
Já aconteceu com você de seguir uma dica porque “uma pessoa
tem um corpo incrível” ou porque “parecia funcionar”? Você não está sozinho.
E aqui está o ponto chave: nem tudo o que parece saudável
realmente é e muitas vezes o que funciona pra um sujeito pode não funcionar pra
outro.
Um outro estudo analisou publicações no Instagram sobre
nutrição e descobriu algo preocupante: mesmo que boa parte das postagens
estivesse alinhada com a ciência, muitas delas – especialmente as feitas por
influencers ou marcas – careciam de qualquer respaldo técnico. Isso é um
problema porque muita gente toma essas dicas como verdade absoluta, sem
consultar um profissional.
Mas nem tudo está perdido! Nutricionistas também estão
ocupando esses espaços digitais e trazendo conteúdo de qualidade, combatendo
mitos e orientando com base em ciência. A chave aqui é: saber quem seguir.
Pergunte-se sempre:
* Ela mostra fontes confiáveis?
* As informações fazem sentido ou parecem prometer milagres?
As redes sociais fazem parte da nossa vida, o que está tudo
bem! Elas podem inspirar, educar e até motivar mudanças positivas na alimentação,
mas é essencial desenvolver um olhar crítico. Nem tudo que aparece no seu feed
deve virar prática na sua vida. Antes de mudar sua dieta, cortar grupos
alimentares ou se jogar em modismos, converse com um nutricionista.
Referências:
PEPE, Paula Sampaio; CASTRO, Maína Ribeiro Pereira. Percepção da influência de uma rede social no comportamento alimentar de graduandos do curso de nutrição de uma faculdade do DF. 2018. 25 f. Monografia (Graduação) – Faculdade de Ciências da Educação e Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2018. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/12632. Acesso em: 26 abr. 2025.
CARVALHO, Agnes Monteiro de; CASTRO, Ana Carolina Carijó de; SAKAMOTO, Rebeca Figueiredo; FREITAS, Francisca Marta Nascimento de Oliveira. O impacto das redes sociais na nutrição e na sua relação com transtornos alimentares. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 10, n. 10, p. 5294–5307, 2024. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/16390. Acesso em: 26 abr. 2025.
OLIVEIRA, Luiza Andrade Rezende; ORSI, Maria Silva; RIBEIRO,
Rita de Cássia. O espetáculo das redes sociais: análise das informações sobre
nutrição e saúde veiculadas pelo Instagram. Revista Científica Intelletto, v.
4, n. 1, 2022. Disponível em: https://revista.grupofaveni.com.br/index.php/revista-intelletto/article/view/130.
Acesso em: 26 abr. 2025.
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