segunda-feira, 27 de agosto de 2012

TRANSTORNOS ALIMENTARES E ATIVIDADE FÍSICA



               

Indivíduos que apresentam transtornos alimentares utilizam de um arsenal de métodos para controle de peso, incluindo a atividade física excessiva e com prejuízos físicos, sociais e psiquiátricos. 

 Ainda no século XIX (1873 e 1874, respectivamente) já eram descritos casos de mulheres que se recusavam a comer, tinham baixo peso e amenorréia. Apresentavam uma dedicação extrema à prática de atividade física, apesar de seu estado de caquexia. Estas descrições se assemelham ao que conhecemos hoje por anorexia e bulimia nervosa, descritas como transtornos alimentares.

A anorexia nervosa é representada por uma distorção na maneira como o indivíduo avalia sua imagem corporal. Somado a isso, há um medo mórbido de engordar e recusa alimentar. Para perder peso, submete-se a longos períodos de jejum ou restrição alimentar. Usa inibidores de apetite, laxantes e diuréticos e atividade física também pode ocorrer. Há uma perda de peso importante. No sexo feminino é a presença de amenorréia ou diminuição da libido no sexo masculino. A prevalência da anorexia nervosa é prevalente em mulheres.

A bulimia nervosa apresenta vários aspectos semelhantes aos da anorexia nervosa, nesse caso a diferença é que o individuo não deixa de comer, mas usa métodos para eliminar o que comeu. Os mais comuns utilizados são indução de vômitos, uso de laxantes, diuréticos e inibidores de apetite. Os pacientes com bulimia nervosa apresentam peso normal ou discretamente acima do normal.

A atividade física pode ser um dos métodos utilizados pelos indivíduos com transtorno alimentar para perda/controle de peso, ocupando lugar dominante como estratégia para perda de peso.

Vários estudos demonstra que a prática regular de exercício físico está relacionada a benefícios para a saúde.
Em oposição aos aspectos positivos relacionados à prática racional e regular de exercício físico, uma série de estudos avaliou que muitos indivíduos podem praticar exercício de uma forma inadequada e excessiva, que passará então a causar prejuízos para a saúde do mesmo.

O exercício físico excessivo é descrito por alguns autores como apenas um sintoma de um transtorno alimentar enquanto outros sugerem ser o problema uma variante de um transtorno alimentar, mais freqüente no sexo masculino, constituindo desta forma uma síndrome.

Atletas e transtornos alimentares
  
Indivíduos que não conseguem parar ou diminuir a intensidade de treinos  mesmo apresentando fratura de estresse  ou problemas familiares no caso da corrida são chamados de “corredores obrigatórios”, estes mostram bastante preocupação com seu desempenho atlético, com a dieta e a redução de peso. O mesmo pode ocorrer com qualquer praticante de qualquer modalidade esportiva.

A prática do exercício físico é benéfico para saúde, mas deve ser olhado de forma diferente quando a invés de trazer benefícios acaba fazendo mal a saúde do individuo seja na vida social, psicológica ou familiar.

Fique sempre atento, caso perceba algum tipo dos transtornos relatados acima busque ajuda de um profissional capacitado.


Referencias:


Assunção,Sheila S.M.; Cordás,Táki A.;Araújo, Luiz Armando S.B. de : Atividade física e transtornos alimentares. Rev. psiquiatr. clín. (Säo Paulo);29(1):4-13, 2002.
  
Postado por: Geisiane e Sandra

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