segunda-feira, 27 de agosto de 2012

CREATINA E SEU EFEITO ERGOGÊNICO


A alimentação bem orientada é fator primordial à saúde do atleta, que vai influenciar na sua capacidade de realização do trabalho físico. Dessa forma, a  produção energética do organismo vai depender da qualidade e quantidade de nutrientes apropriados a esse trabalho físico.  Independente do propósito do exercício, o seu sucesso é determinado por dois fatores principais: a genética e o treinamento, para maximização do potencial genético.
Dentre esses métodos, encontram-se os suplementos dietéticos, amplamente utilizados por atletas à procura de um efeito ergogênico.
A creatina é um dos suplementos que atualmente vem sendo muito utilizada pelos atletas.
Foi  identificada por Chevreul em 1835 em um pedaço de carne, e desde o início do século já era apontada a sua importância para contração muscular. A creatina é uma amina nitrogenada formada no fígado, rins e pâncreas, a partir dos aminoácidos arginina, glicina, e metionina.Em geral, pode ser encontrada, primariamente no músculo esquelético (90-95%), estando o restante presente no coração, na musculatura lisa, no cérebro e no testículos.
Para a população em geral, a creatina foi divulgada em 1992, quando nos Jogos Olímpicos de Barcelona, muitos atletas vencedores declararam ter ingerido este produto como suplemento dietético. Num artigo da "Peak Performance" (1993), no qual foi feita uma revisão sobre o tema, concluiu-se que a creatina influenciava, positivamente a performance dos atletas. Por se acreditar que o aumento de creatina no músculo permitiria um estoque maior de fosfocreatina, e consequentemente de energia extra na forma de trifosfato de adenosina, a ingestão de creatina tornou-se comum entre os atletas profissionais e se espalhou entre atletas amadores, inclusive em crianças. 
A princípio a suplementação de creatina tinha como principal enfoque a necessidade de se aumentar a produção de energia através do sistema ATP-CP.
Atualmente, sabe-se que a ingestão de creatina pode aumentar significativamente a quantidade de trabalho a ser produzida durante exercícios repetitivos de esforço máximo. Acredita-se que os efeitos ergogênicos provocados pela suplementação de creatina sejam atribuídos ao aumento do conteúdo total de creatina intramuscular, acelerando a ressíntese de fosfocreatina no intervalo dos exercícios. 
Apesar de a creatina apenas ter passado a ser conhecida há pouco tempo no meio desportivo, já se fazem estudos quanto ao seu uso como suplemento desde meados dos anos 20 (1926, mais precisamente). Os mecanismos que fazem com que a creatina prolongue um determinado exercício parecem ir além da sua habilidade de regenerar ATP. É sabido também que o fosfato de creatina é capaz de neutralizar certos ácidos produzidos durante os  exercícios, que baixam o pH do sangue e que contribuem desta forma para a fadiga muscular.
No geral, a suplementação de creatina a curto prazo pode contribuir para a massa corporal total aumentada, pelo menos em homens, ainda que grande parte desse aumento possa ser atribuído à retenção de água mais que à proteína contrátil aumentada, seja em indivíduos sedentários ou fisicamente ativos. Já a suplementação crônica de creatina ( 2-12 semanas ), combinada com o treinamento de força, pode aumentar a massa corporal magra, quanto em várias mensurações da massa isenta de gordura, sendo necessário no entanto,  mais pesquisas que apoiem estas afirmativas. 

Referencias: CIDADE. M. L; A validade de Suplementação de Creatina e suas Limitações.
Janeiro de 2003. Universidade de Brasília.

Postado por: Delma de Paula e Emilyn Figueiredo.

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