quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Alimentos orgânicos vs. Tradicionais







O que é um alimento orgânico? 

É aquele produzido sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos sintéticos, sementes transgênicas e drogas veterinárias. Já os itens processados não recebem aditivos químicos nem irradiação.

Recente estudo americano aponta que os alimentos orgânicos não seriam mais nutritivos que os convencionais.
Em um primeiro instante, a notícia foi bombástica. Depois de revisar nada menos do que 237 pesquisas, estudiosos da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, concluíram que desembolsar uma grana extra para ter alimentos orgânicos na despensa pode não valer a pena. É que eles não identificaram, na maioria dos casos, diferenças significativas na concentração de vitaminas e afins. Justiça seja feita, o fósforo - mineral que, em parceria com o cálcio, participa da formação dos ossos - foi detectado em maiores doses nos orgânicos. Porém, como pouquíssimas pessoas apresentam carência desse mineral, o achado não foi considerado excepcional. 

A investigação não surpreende. Outros trabalhos já revelaram que o orgânico não reúne mais nutrientes.  O que acontece  é que a qualidade do alimento vai além da quantidade de substâncias presentes nele. Um exemplo claro: em uma lavoura adubada com fertilizantes sintéticos há muito nitrogênio, o que leva a altas taxas de proteína no vegetal plantado ali. Parece bom, não é? “Em contrapartida, esse elemento deixa a planta bastante vulnerável a doenças e com elevado teor de nitrato, que é tóxico”.

Isso sem contar que, em certas situações, os itens orgânicos são, sim, mais ricos em nutrientes. O morango orgânico esbanjou 342% a mais de ferro, 183% de magnésio, 80% de potássio extra, 34% de cálcio, 26% de fibras e 24% de proteínas. 

Contradições nutricionais à parte, um artigo recente indica que os alimentos cultivados de acordo com o sistema orgânico tendem a apresentar níveis superiores de fitoquímicos. E esses compostos bioativos têm ação antioxidante, ou seja, são capazes de combater radicais livres e, consequentemente, evitar males que vão desde câncer até doenças cardiovasculares. Estamos falando do licopeno do tomate, da isoflavona da soja, do sulforafane das couves... 

Isso é bastante plausível porque o vegetal sem agrotóxicos precisa acionar seu mecanismo natural de defesa o tempo inteiro para se proteger de seus inimigos. Esse processo, por sua vez, estimula a fabricação dos aclamados fitoquímicos. Na revisão americana, outro destaque ficou por conta da comparação entre os níveis de agrotóxicos encontrados nos alimentos orgânicos e nos convencionais. No geral, os primeiros se mostraram menos propensos à contaminação por pesticidas. 

De fato, essa é a principal diferença entre as duas opções. Os orgânicos são muito mais seguros. Os pesticidas são desenvolvidos para atacar organismos vivos em geral. Portanto, não afetam apenas as pragas, também estamos sob sua mira. 

O perigo cresce quando a exposição a essas substâncias acontece dia após dia. Situação que, convenhamos, não é improvável de acontecer - basta pensar nas frutas do café da manhã, nas folhas do almoço, nos legumes da sopa servida no jantar e por aí vai. O contato frequente com os agrotóxicos aumenta o risco de uma série de problemas. Entre eles estão o câncer, alterações embrionárias e distúrbios hormonais.

Se os consumidores já ficam suscetíveis à ação desses malfeitores, imagine só os indivíduos que os manipulam nas plantações. Pois um trabalho conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e da Univates, em Lajeado, identificou vários transtornos associados ao convívio, digamos, íntimo com agrotóxicos. Muitos dos trabalhadores apresentavam doenças neurológicas, entre outras coisas. Por isso é tão crucial usar equipamentos de proteção, algo que nem sempre acontece. 

Os agrotóxicos, diga-se, não são os únicos vilões das produções convencionais. Em alimentos como carnes, ovos e leite, a enrascada reside no fato de os animais serem tratados com fármacos veterinários, como antibióticos. Aí, a probabilidade de nos tornarmos resistentes a esses medicamentos sobe. Se tivermos uma infecção bacteriana, o antibiótico que tomamos pode não surtir efeito. Nas versões orgânicas, como mostrou a análise da Universidade Stanford, há poucos resíduos desses remédios, porque os bichos são tratados com fitoterapia e homeopatia. É por essas e outras que, no fim, os especialistas acham bobeira se incomodar tanto com um empate meramente nutricional. . 

 Vantagens e desvantagens

Quantidade de nutrientes - Nesse quesito não são esperadas grandes variações. 

Segurança alimentar - Vegetais orgânicos são cultivados sem agrotóxicos nem adubos químicos sintéticos. Por isso, são mais confiáveis. 

Fitoquímicos - A ausência de pesticidas leva a uma maior formação desses compostos com ação antioxidante nos orgânicos. 

Preço e disponibilidade - Os alimentos orgânicos ainda são mais caros do que os tradicionais. Além disso, não se encontram em todos os supermercados. 

Preservação do meio ambiente - Os agrotóxicos contribuem para a contaminação do solo, da água e do ar. 
Referencias: http://saude.abril.com.br
Postado por: Geisiane Peliçon

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