Síndrome Metabólica

Considerada umas das maiores ameaças à saúde pública da atualidade, a síndrome metabólica é um transtorno complexo, representado por um agrupamento de alterações fisiopatológicas que aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

A definição mais recente de Síndrome Metabólica é do International Diabetes Federation. Segundo o sistema de classificação, a presença de obesidade central é obrigatória, além de no mínimo mais dois dos seguintes fatores de risco: hiperglicemia ou diabetes diagnosticado, hipertensão arterial, HDL reduzido e hipertrigliceridemia.

O perímetro abdominal é o índice antropométrico que melhor representa a gordura intra-abdominal. A gordura visceral, quando comparada à subcutânea, é mais sensível à lipólise, além de estar associado à resistência à insulina. Além disso, o excesso de peso prejudica a sensibilidade à insulina, podendo diminuir o mesmo em até 40% quando a pessoa encontra-se com o peso corporal de 35 a 40% acima do ideal.

A hipertensão é o elemento de risco mais comumente associado com a síndrome, além de ser isoladamente o maior fator de risco cardiovascular do planeta. Porém, a presença de resistência à insulina estabelece um risco cardiovascular maior do que qualquer outro componente da síndrome.

Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da SM são: genética, sedentarismo, ganho progressivo de peso, dieta pobre em fibras, rica em carboidratos simples, gorduras saturadas, e tabagismo.

Uma dieta balanceada constitui um fator fundamental não só para seu tratamento, mas principalmente para a prevenção da Síndrome Metabólica. 

O tratamento então se resume a mudanças no estilo de vida, com a redução ponderal moderada, porém progressiva, derivada de uma dieta hipocalórica agregada à prática de atividade física, já que a manutenção da massa magra aumenta a sensibilidade à insulina.

 Postado por: Flavio Faitarone e Aline Roschel

Fonte: revistanutrirmais..com.br