A cafeína pertence ao grupo das
trimetilxantinas, do qual também fazem parte a teofilina, a teína, o guaraná e
a teobromina. Esses compostos se diferenciam pela potência na ação estimulante
sobre o sistema nervoso central (SNC). A cafeína é uma substância capaz de
excitar ou restaurar as funções cerebrais e bulbares, com baixa capacidade de
induzir dependência. Assim como outras xantinas, a cafeína possui efeitos
inotrópicos, taquicardizantes, bronco dilatadores e estimulantes da secreção
gástrica. Desta forma, aumenta o estado de alerta e reduz a fadiga, podendo
aumentar a capacidade para realizar determinadas tarefas. A fadiga é apontada como fator
limitante do desempenho atlético e constitui um conjunto de fenômenos que
depende do tipo de exercício físico realizado. A utilização da cafeína, uma
substância com potencial ergogênico, tem se mostrado eficiente por retardar o
aparecimento da fadiga e aumentar o poder contrátil do músculo esquelético e/ou
cardíaco.
A cafeína é considerada ergogênica,
porque melhora o rendimento físico através do aumento da eficiência, do
controle e da produção de energia. Algumas teorias surgem para explicar essa
ação. A primeira envolve o efeito direto da cafeína em alguma porção do sistema
nervoso central, afetando a percepção subjetiva de esforço. Outra teoria pressupõe o efeito direto
da cafeína sobre coprodutos do músculo esquelético, como: alteração de íons;
inibição da fosfodiesterase, com consequente aumento na concentração de
adenosina monofosfato cíclica (AMPc); e aumento na mobilização de cálcio
através do retículo sarcoplasmático, contribuindo para a contração muscular.
A cafeína é bem absorvida por via oral,
atingindo sua concentração máxima em 30 a 45 minutos após a ingestão. Por isso,
faz parte da composição de diversos suplementos alimentares para serem
ingeridos antes de treinos longos. Em exercícios prolongados o uso da cafeína
pode aumentar a eficiência metabólica dos sistemas energéticos durante o
esforço, contribuindo para um melhor desempenho físico.
Por: Thayná Galvão
FONTES:
ALTIMARI, L.R. et
al. Cafeína: ergogênico nutricional no esporte. Rev. Bras. Ciên. e Mov.
Brasília, v. 9, n. 3, p. 57-64, jul. 2001. Disponível em http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/395/448.
Acesso em 30 de outubro de 2017 ás 07:55
GUERRA, R. O; BERNARDO, G. C; GUTIERREZ, C. V. Cafeína
e esporte. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 6, n. 2, p. 60-62,
Apr. 2000. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922000000200006&lng=en&nrm=iso.
Acesso em 30 de outubro de 2017 ás 07:55
NÓBREGA, T. K. S. et
al. Rev Bras de Ciências da Saúde, v. 15, n. 1, p. 95-102, 2011. Disponível em http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/viewFile/9882/5821.
Acesso em 30 de outubro de 2017 ás 07:55
Nenhum comentário:
Postar um comentário