segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Dietas vegetarianas para atletas

Os atletas de elite, ou mesmo os desportistas que seguem uma rotina de atividades físicas, necessitam de uma alimentação controlada para atender às suas necessidades em alta demanda e evitar a queda de desempenho. Nas dietas vegetarianas, uma das preocupações relaciona-se com a ingestão adequada de proteínas. Alguns conceitos antigos e errôneos levam ao desconhecimento das pessoas relativamente a esse fator. É necessário destacar que a proteína na alimentação, advinda de origem animal ou vegetal, configura diferentes formas de se incorporar no organismo.

A quantidade consumida de proteínas e aminoácidos deve ser suficiente para cobrir as perdas corporais diárias, atender às funções normais do organismo e, ainda, como um aporte para a síntese e recuperação musculares após a atividade física ou competição. A recomendação teórica de proteínas para a população em geral é de aproximadamente 10 a 15% do valor energético total, podendo chegar até 35%, no caso de atletas.

A crescente utilização de proteínas vegetais traz a confirmação sobre os benefícios de seu consumo em substituição às proteínas animais. Elas contribuem com todos os aminoácidos essenciais e, ainda, são encontradas em forma de suplementos esportivos. O consumo dessas proteínas corresponde a aproximadamente 65% do conteúdo proteico ingerido, sendo os cereais e as leguminosas as fontes mais comuns. Como alguns vegetais têm um menor teor de aminoácidos específicos, a combinação de diferentes alimentos que atinja a necessidade individual torna-se primordial, principalmente, para atletas cuja a demanda é duplicada.

A suplementação proteica deve ser feita após a atividade física ou competição, pois é o momento em que há maior fluxo sanguíneo para o músculo, maior absorção de nutrientes e síntese de proteínas. A grande vantagem de utilizar suplementos à base de proteínas vegetais é poder adicioná-los como ingredientes de receitas e combiná-los com outros alimentos sem prejudicar o aporte de nutrientes.




Por: Thayná Galvão




FONTES:
BAENA, R. Dieta vegetariana: riscos e benefícios. Diagn. Tratamento, v. 20, n. 2, p. 56-64, 2015.

FARDET, A. New hypotheses for the health-protective mechanisms of whole-grain cereals: what is beyond fibre? Nutr Res Rev., v. 23, n. 1, p. 65- 134, 2010.


SLYWITCH, E. Proteínas: a riqueza na dieta. In: SLYWITCH, E. Alimentação sem carne. 2. ed. São Paulo: Alaúde Editorial, 2015. cap. 9, p. 182-255.

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