Os atletas de elite, ou mesmo os desportistas que seguem uma
rotina de atividades físicas, necessitam de uma alimentação controlada para
atender às suas necessidades em alta demanda e evitar a queda de desempenho.
Nas dietas vegetarianas, uma das preocupações relaciona-se com a ingestão
adequada de proteínas. Alguns conceitos antigos e errôneos levam ao
desconhecimento das pessoas relativamente a esse fator. É necessário destacar
que a proteína na alimentação, advinda de origem animal ou vegetal, configura diferentes
formas de se incorporar no organismo.
A quantidade
consumida de proteínas e aminoácidos deve ser suficiente para cobrir as perdas
corporais diárias, atender às funções normais do organismo e, ainda, como um
aporte para a síntese e recuperação musculares após a atividade física ou
competição. A recomendação teórica de proteínas para a população em geral é de
aproximadamente 10 a 15% do valor energético total, podendo chegar até 35%, no
caso de atletas.
A crescente
utilização de proteínas vegetais traz a confirmação sobre os benefícios de seu
consumo em substituição às proteínas animais. Elas contribuem com todos os
aminoácidos essenciais e, ainda, são encontradas em forma de suplementos
esportivos. O consumo dessas proteínas corresponde a aproximadamente 65% do
conteúdo proteico ingerido, sendo os cereais e as leguminosas as fontes mais
comuns. Como alguns vegetais têm um menor teor de aminoácidos específicos, a
combinação de diferentes alimentos que atinja a necessidade individual torna-se
primordial, principalmente, para atletas cuja a demanda é duplicada.
A suplementação
proteica deve ser feita após a atividade física ou competição, pois é o momento
em que há maior fluxo sanguíneo para o músculo, maior absorção de nutrientes e
síntese de proteínas. A grande vantagem de utilizar suplementos à base de
proteínas vegetais é poder adicioná-los como ingredientes de receitas e
combiná-los com outros alimentos sem prejudicar o aporte de nutrientes.
Por: Thayná Galvão
FONTES:
BAENA, R. Dieta
vegetariana: riscos e benefícios. Diagn. Tratamento, v. 20, n. 2, p. 56-64,
2015.
FARDET, A. New
hypotheses for the health-protective mechanisms of whole-grain cereals: what is
beyond fibre? Nutr
Res Rev., v. 23, n. 1, p. 65- 134, 2010.
SLYWITCH, E.
Proteínas: a riqueza na dieta. In: SLYWITCH, E. Alimentação sem carne. 2. ed.
São Paulo: Alaúde Editorial, 2015. cap. 9, p. 182-255.
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