segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Tratamento para a obesidade: Genética, alimentação e exercícios.

Atualmente, a obesidade é um problema de saúde pública que gera preocupação não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Tal estado nutricional está diretamente relacionado com o estilo de vida sedentário, poucas horas de sono, estresse crônico, más escolhas alimentares, fatores psicossociais, endócrinos e até mesmo fatores genéticos.

Alguns pesquisadores utilizam a genética para identificar as causas da obesidade e entender os caminhos que controlam a deposição de gordura, para que assim haja tratamentos personalizados e estratégias de prevenção da obesidade. Atualmente, foram descobertos mais de 120 genes associados com a obesidade.

Dentre os genes associados com obesidade que foram identificados, o FTO foi o que demonstrou resultados relacionados com massa gorda e aumento do índice de massa corporal. Outra associação importante do gene FTO é com a regulação do apetite. Pessoas sedentárias que ingerem alimentos ricos em gordura são mais suscetíveis à obesidade pela variante FTO. Os efeitos da combinação de polimorfismos em FTO são preditivos de obesidade e diabetes tipo 2, e pode ser influenciada por interações com os níveis de atividade física e gênero.

O objetivo da ciência é desenvolver a tecnologia necessária para identificar pessoas geneticamente suscetíveis à obesidade e qualificar as intervenções farmacêuticas e nutricionais. Além disso, sabe-se que nutrientes moduladores podem fornecer um grande potencial na alteração deste estado nutricional, tornando o tratamento da obesidade mais eficiente.

A obesidade não ocorre apenas na fase adulta, a prevalência de crianças obesas está gradativamente maior, o grande problema é a carga de doenças que esta criança obesa pode apresentar na fase adulta. A prática de atividade física pode atenuar os efeitos dos alelos de risco na predisposição genética para obesidade infantil, servindo como aliado no tratamento e prevenção. Em adultos, o exercício regular pode reduzir o risco de diabetes independente de mudanças na adiposidade.





Por: Thayná Galvão





FONTES:
Cauchi S, Stutzmann F, Cavalcanti-Proença C, Durand E, Pouta A, Hartikainen AL, Marre M, Vol S, Tammelin T, Laitinen J, Gonzalez-Izquierdo A, Blakemore AI, Elliott P, Meyre D, Balkau B, Järvelin MR, Froguel P. Combined effects of MC4R and FTO common genetic variants on obesity in European general populations. J Mol Med . 2009 May;87(5):537-46.

NAVES,ANDRÉIA. Nutrição clínica funcional: obesidade. 1ºed. São Paulo: Valéria Paschoal,   2009.


Sonestedt E,  Roos C, Gullberg B, Ericson U, Wirfält E, and Melander MO. Fat and carbohydrate intake modify the association between genetic variation in the FTO genotype and obesity. Am J Clin Nutr 2009;90:1418–25.

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