A
resistência à insulina e a obesidade estão intimamente ligadas. Quando o corpo
acumula excesso de gordura, especialmente no abdômen, as células adiposas
liberam substâncias inflamatórias que dificultam a ação da insulina, hormônio
essencial para a captação de glicose pelas células. Como consequência, o
pâncreas precisa produzir mais insulina para controlar os níveis de glicose no
sangue. Esse aumento de insulina pode levar a um ciclo de ganho de peso, já que
a insulina em excesso promove o armazenamento de gordura.
·
Excesso de gordura: A obesidade, especialmente
o acúmulo de gordura visceral (ao redor dos órgãos), provoca uma inflamação
crônica de baixo grau. Essa inflamação afeta negativamente a ação da insulina,
hormônio responsável por ajudar as células a absorver glicose do sangue.
·
Resistência à insulina: Quando o corpo
acumula gordura em excesso, principalmente no fígado e nos músculos, as células
desses tecidos tornam-se menos sensíveis à insulina. Isso significa que a
glicose não entra nas células de maneira eficiente, levando o pâncreas a produzir
mais insulina para compensar.
· Aumento de glicose no sangue: Com o
tempo, a insulina torna-se menos eficaz, levando a níveis elevados de glicose
no sangue (hiperglicemia). Isso favorece o armazenamento de mais gordura,
principalmente nas áreas abdominais, perpetuando o ciclo.
· Inflamação e hormônios: A obesidade
também altera a liberação de hormônios e substâncias inflamatórias pelas
células adiposas, como a leptina e a adiponectina, o que agrava ainda mais a
resistência à insulina e a inflamação.
· Ciclo contínuo: A resistência à insulina estimula mais armazenamento de gordura, o que agrava ainda mais a obesidade, e assim o ciclo se repete.
Essa
relação aumenta o risco de desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2,
doenças cardiovasculares e síndrome metabólica. Portanto, controlar o peso e
manter uma alimentação balanceada são estratégias fundamentais para melhorar a
sensibilidade à insulina e prevenir complicações..
Alimentos que ajudam a controlar a resistência à insulina:
1. Fibras:
Alimentos ricos em fibras ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina e
controlar os níveis de glicose no sangue. Inclua:
• Aveia,
chia, linhaça
• Legumes
e verduras (brócolis, couve, espinafre)
• Frutas
com baixo índice glicêmico (maçã, pera, morango)
2. Gorduras saudáveis: As gorduras
boas ajudam a reduzir a inflamação e a resistência à insulina. Consuma:
• Abacate
• Azeite
de oliva extra virgem
• Castanhas,
nozes e amêndoas
• Peixes
ricos em ômega-3, como salmão e sardinha
3. Proteínas magras: A proteína magra
ajuda no controle da saciedade e na manutenção do peso, sem sobrecarregar o
corpo com gorduras saturadas. Opções incluem:
• Frango
sem pele
• Peixes
• Ovos
• Leguminosas
(feijão, lentilha, grão-de-bico)
4. Grãos integrais: Os cereais
integrais possuem mais fibras, vitaminas e minerais, além de terem um menor
impacto na glicemia. Prefira:
• Arroz
integral, quinoa, cevada
• Pão
integral e massas integrais
5. Vegetais crucíferos e ricos em
antioxidantes: Vegetais como brócolis, couve e couve-flor são ricos em
compostos que ajudam a combater a inflamação e melhorar a função celular.
Alimentos que devem ser evitados:
• Açúcares refinados: Eles aumentam
rapidamente os níveis de glicose no sangue, piorando a resistência à insulina.
Evite doces, refrigerantes e produtos de panificação industrializados.
• Carboidratos simples: Alimentos
como pão branco, massas refinadas e arroz branco aumentam rapidamente a glicose
no sangue, devendo ser substituídos por opções integrais.
• Gorduras saturadas e trans:
Alimentos processados, frituras e produtos industrializados ricos em gordura
trans contribuem para o aumento da inflamação e resistência à insulina.
Um
plano alimentar equilibrado, focado em alimentos naturais e ricos em
nutrientes, pode ajudar a controlar a resistência à insulina e,
consequentemente, a obesidade, promovendo melhor saúde metabólica
Referencias:
SINAIKO,
Alan. Obesidade, resistência à insulina e síndrome metabólica. Jornal de
Pediatria, v. 83, p. 3-5, 2007.
DE
LACERDA SUPLICY, Henrique. Obesidade visceral, resistência à insulina e
hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens, v. 7, n. 2, 2000
Estagiária: Stefany Nunes
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