quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Relação da resistência a insulina e a obesidade

 




A resistência à insulina e a obesidade estão intimamente ligadas. Quando o corpo acumula excesso de gordura, especialmente no abdômen, as células adiposas liberam substâncias inflamatórias que dificultam a ação da insulina, hormônio essencial para a captação de glicose pelas células. Como consequência, o pâncreas precisa produzir mais insulina para controlar os níveis de glicose no sangue. Esse aumento de insulina pode levar a um ciclo de ganho de peso, já que a insulina em excesso promove o armazenamento de gordura.

·         Excesso de gordura: A obesidade, especialmente o acúmulo de gordura visceral (ao redor dos órgãos), provoca uma inflamação crônica de baixo grau. Essa inflamação afeta negativamente a ação da insulina, hormônio responsável por ajudar as células a absorver glicose do sangue.

·         Resistência à insulina: Quando o corpo acumula gordura em excesso, principalmente no fígado e nos músculos, as células desses tecidos tornam-se menos sensíveis à insulina. Isso significa que a glicose não entra nas células de maneira eficiente, levando o pâncreas a produzir mais insulina para compensar.

·    Aumento de glicose no sangue: Com o tempo, a insulina torna-se menos eficaz, levando a níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia). Isso favorece o armazenamento de mais gordura, principalmente nas áreas abdominais, perpetuando o ciclo.

·   Inflamação e hormônios: A obesidade também altera a liberação de hormônios e substâncias inflamatórias pelas células adiposas, como a leptina e a adiponectina, o que agrava ainda mais a resistência à insulina e a inflamação.

·         Ciclo contínuo: A resistência à insulina estimula mais armazenamento de gordura, o que agrava ainda mais a obesidade, e assim o ciclo se repete.

Essa relação aumenta o risco de desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica. Portanto, controlar o peso e manter uma alimentação balanceada são estratégias fundamentais para melhorar a sensibilidade à insulina e prevenir complicações..

 

Alimentos que ajudam a controlar a resistência à insulina:

            1.         Fibras: Alimentos ricos em fibras ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina e controlar os níveis de glicose no sangue. Inclua:

            •          Aveia, chia, linhaça

            •          Legumes e verduras (brócolis, couve, espinafre)

            •          Frutas com baixo índice glicêmico (maçã, pera, morango)

            2.         Gorduras saudáveis: As gorduras boas ajudam a reduzir a inflamação e a resistência à insulina. Consuma:

            •          Abacate

            •          Azeite de oliva extra virgem

            •          Castanhas, nozes e amêndoas

            •          Peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha

            3.         Proteínas magras: A proteína magra ajuda no controle da saciedade e na manutenção do peso, sem sobrecarregar o corpo com gorduras saturadas. Opções incluem:

            •          Frango sem pele

            •          Peixes

            •          Ovos

            •          Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico)

            4.         Grãos integrais: Os cereais integrais possuem mais fibras, vitaminas e minerais, além de terem um menor impacto na glicemia. Prefira:

            •          Arroz integral, quinoa, cevada

            •          Pão integral e massas integrais

            5.         Vegetais crucíferos e ricos em antioxidantes: Vegetais como brócolis, couve e couve-flor são ricos em compostos que ajudam a combater a inflamação e melhorar a função celular.

 

Alimentos que devem ser evitados:

            •          Açúcares refinados: Eles aumentam rapidamente os níveis de glicose no sangue, piorando a resistência à insulina. Evite doces, refrigerantes e produtos de panificação industrializados.

            •          Carboidratos simples: Alimentos como pão branco, massas refinadas e arroz branco aumentam rapidamente a glicose no sangue, devendo ser substituídos por opções integrais.

            •          Gorduras saturadas e trans: Alimentos processados, frituras e produtos industrializados ricos em gordura trans contribuem para o aumento da inflamação e resistência à insulina.

 

Um plano alimentar equilibrado, focado em alimentos naturais e ricos em nutrientes, pode ajudar a controlar a resistência à insulina e, consequentemente, a obesidade, promovendo melhor saúde metabólica

 

 Referencias:

SINAIKO, Alan. Obesidade, resistência à insulina e síndrome metabólica. Jornal de Pediatria, v. 83, p. 3-5, 2007.

DE LACERDA SUPLICY, Henrique. Obesidade visceral, resistência à insulina e hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens, v. 7, n. 2, 2000

Estagiária: Stefany Nunes


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