segunda-feira, 29 de novembro de 2010

feitos do treinamento resistido na composição corporal em paciente portador de HIV/AIDS

Há mais de vinte anos desde sua descoberta, existem lacunas na assistência aos portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS), principalmente no que concerne à convivência do indivíduo com a doença.
Segundo a American International AIDS Foundation 2005, há no mundo 40,3 milhões de pessoas com HIV/AIDS (AIDS/ HIV, 2006). No Brasil, de acordo com o Boletim Epidemiológico AIDS DST 2005, a taxa de incidência de AIDS é elevada, pois de 1980 a junho de 2005 foram registrados 371.827 casos de AIDS. Ainda segundo o Boletim, mesmo com patamares elevados o número de casos permanece estável. O financiamento público é especialmente do governo federal, o combate ao HIV/AIDS no Brasil revela a prioridade dada à doença em relação a outras enfermidades.
A AIDS é causada pelo vírus HIV, um retrovírus humano não-oncogênico pertencente à família dos lentivírus, que provoca uma disfunção no sistema imunológico. Esta imunossupressão resulta principalmente da infecção das células TCD4+ e da perda destas, bem como de uma disfunção na atividade das células T que sobrevivem. Dessa forma o indivíduo fica propenso a múltiplas infecções.
 A prática de exercício físico é incentivada por inúmeros órgãos de pesquisa na área da saúde, sendo que tal indicação reside nas evidências científicas que relacionaram os efeitos do exercício sobre a saúde do ser humano. Mas aspectos como freqüência, intensidade, tipo de exercício e volume de treino têm levado a contradições, pois o organismo humano é composto por vários sistemas, sendo moldado sob diferentes constituintes, o que nos leva a concluir que a mesma sobrecarga de trabalho produz efeitos diferentes nos mesmos, sobretudo no sistema imunológico e na relação de homeostasia do organismo.
O treinamento de força, realizado com a finalidade de aumentar a massa muscular e a força muscular, tem produzido respostas positivas para os portadores de HIV/AIDS. No mesmo sentido, que uma sessão de treinamento com intensidade moderada reforça as funções imunológicas naturais e as defesas do hospedeiro por até várias horas. Por outro lado, o supertreinamento pode provocar uma imunossupressão. Esta é associada com o aumento nos níveis de cortisol ocasionados pelo exercício árduo, além de estar relacionada com a leucopenia e linfopenia, uma vez que o cortisol deprime a síntese de DNA e RNA do tecido linfóide.
O treinamento de força tem fundamental importância no aumento de massa muscular e este fato colabora para evitar os efeitos da lipodistrofia.
Diante do exposto, o objetivo do presente estudo é verificar os efeitos crônicos do treinamento resistido na composição corporal de um indivíduo portador de HIV/AIDS.
Os exercícios físicos recomendados para os portadores de HIV/AIDS, de modo geral, são os aeróbios e de resistência muscular localizada. A musculação com objetivo de resistência muscular localizada é considerada a modalidade mais recomendada para os portadores da síndrome, pois facilita o monitoramento das condições gerais do praticante.
A existência de inúmeras formas de treinamento e métodos que se diferem em suas alterações fisiológicas, onde a combinação entre volume e intensidade, associados a fatores nutricionais, podem surtir efeitos diferenciados mesmo em altas intensidades.
De acordo com o programa de treinamento aeróbio ou de resistência muscular localizada para pessoas com o quadro de HIV/AIDS pode ajudar na melhora da qualidade de vida. Além disso, esta autora relata que o treinamento de resistência muscular pode ser efetivo no incremento de força e de massa muscular, tanto em pacientes com HIV/AIDS que apresentam síndrome compulsiva ou lipodistrofia. Assim dados relatados nos gráficos acima apresentam mudanças antropométricas positivas, pois, o IMC continua dentro dos limites de normalidade, o %G diminui e a RCQ distanciou do limite de risco coronariano.
É importante ressaltar a necessidade do exercício físico para a manutenção da saúde.
Além disso, o Ministério da Saúde do Brasil (1997) afirma que o treinamento moderado ajuda melhorar os indicadores imunológicos. Por intermédio dele é possível melhorar, manter ou até retardar a progressão da doença, além de possibilitar um aumento da capacidade funcional. Evidências sugerem uma rotina de treinamento físico para beneficiar-los em vários componentes da saúde.

A prática regular de exercício físico é importante para todos como um dos meios de promoção da saúde e da qualidade de vida, constituindo uma eficaz ferramenta para desfrutar da longevidade e de sua capacidade biopsicossocial com mais prazer. Os achados referentes a esta investigação reforçam o que é explicitado na literatura científica para indivíduos aparentemente saudáveis. O efeito crônico do treinamento proposto levou a observar que o manejo das intensidades e volumes adotados melhoraram as variáveis dependentes desse estudo.

No entanto, torna-se importante a realização de mais estudos com indivíduos de características distintas desse paciente, já que há poucas pesquisas relacionadas com os diferentes sistemas e métodos de treinamento de força com indivíduos portadores HIV/AIDS.

Postado por: Heleuza Silva e Priscila Lumazini

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