sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O USO ABUSIVO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE

Os esteróides anabolizantes utilizados no esporte são mais precisamente chamados de esteróides anabolizante-androgênicos. Incluem a testosterona, principal hormônio sexual masculino e derivados da testosterona quimicamente alterados. Os esteróides anabolizantes possuem propriedades anabólicas (construtores de tecido) e androgênicas (masculinizantes). A testosterona e os esteróides anabolizante-androgênicos sintéticos ligam-se a um receptor androgênico na musculatura do esqueleto e em outros órgãos . Esse complexo esteróide-receptor acaba fazendo com que o mecanismo genético do núcleo celular produza ácido ribonucléico mais rapidamente. O ácido ribonucléico é utilizado para sintetizar mais proteínas no ribossomo da célula. Nos músculos, algumas dessas proteínas são a actina e a miosina, proteínas contráteis produtoras de energia, que podem gerar mais força.
Os esteróides anabolizantes produzem efeitos significativos na retenção de nitrogênio e no desenvolvimento muscular de mulheres, jovens do sexo masculino e homens submetidos à castração ou que sofram de insuficiência dos androgênios naturais. 
O efeito direto dos esteróides anabolizantes sobre a massa muscular pode trazer vantagens óbvias a muitos tipos de atividades esportivas que exijam grande força e energia. Além disso, algumas pessoas acreditam que os esteróides atuam indiretamente através do sistema nervoso central. Os atletas afirmam que se sentem mais agressivos, menos cansados e que se recuperam mais rapidamente ao exercitarem-se com pesos, quando estão usando esteróides. Assim, acreditam que os efeitos dos esteróides anabolizantes sobre o sistema nervoso central lhes permite executar exercícios com pesos em maior intensidade e por períodos mais longos. Por sua vez, esse aumento no volume e na quantidade do treinamento com pesos pode levar ao desenvolvimento da massa muscular e a uma maior capacidade do sistema nervoso central de mobilizar mais fibras musculares, com, conseqüente aumento de força e energia. Infelizmente, há pouca ou nenhuma base científica que sustente essa tese.

Bruna Sousa Albino

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