segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Uso do hormônio do crescimento no esporte

Desde a antiguidade, os atletas têm tentado ganhar vantagem competitiva através do uso de substâncias dopantes, consideradas como substâncias proibidas no esporte. Existe uma lista destas drogas proibidas no esporte que são publicadas anualmente pela Agência Mundial Anti-Doping (WADA). Segundo a WADA, uma substância ou método (como doping genético, manipulação farmacológica química ou física de urina, entre outros) pode ser incluído nesta lista se cumpre pelo menos dois dos seguintes critérios: melhorar o desempenho esportivo, representar um risco para a saúde do atleta ou violar o “espírito” do esporte. Esta lista, constantemente atualizada para refletir os novos desenvolvimentos na indústria farmacêutica, bem como as tendências de doping, classifica os tipos de drogas e métodos proibidos dentro e fora de competições. Entre as substâncias incluídas destaca-se o hormônio do crescimento, como sendo uma substância proscrita e classificada como S2- Hormônios e Substâncias relacionadas.
Esta substância é amplamente utilizada, tanto por atletas, como por praticantes de atividade física, por acelerar a oxidação dos ácidos graxos e aumentar a captação de aminoácidos. Assim, os esportistas a utilizam com o objetivo de aumentar sua massa muscular, uma vez que este hormônio apresenta uma ação anabólica e lipolítica. Os atletas levam em consideração apenas o seu lado benéfico, mas esquecem dos efeitos colaterais, como o efeito diabetogênico secundário à diminuição do transporte de glicose, através da membrana celular, o edema periférico, o hipotireoidismo, a ginecomastia, entre outras. No esporte, o uso do hormônio do crescimento de maneira abusiva é supostamente devido as suas propriedades anabolizantes. Desde então, o GH tem sido considerado como uma droga ergogênica, entretanto, continuamente, fontes oficiais e não oficiais mostram que a utilização abusiva no esporte vem aumentando.
Segundo Lancha Júnior (2002), há três tipos de benefícios procurados pelos atletas com relação ao contexto esportivo: aumento da síntese protéica no músculo esquelético (hipertrofia); aumento a utilização de reservas de gordura; aumento da capacidade de reposição de danos musculares.
 Existem dois grandes grupos de esportistas que abusam do GH: o primeiro compreende elites atléticas competitivas, como nadadores e ciclistas, e, no segundo, talvez maior, seja o grupo constituído por competidores fisiculturistas. Em ambos os grupos, mais especificamente no último, o GH é auto-administrado, sem qualquer supervisão médica. As enormes doses injetadas e às vezes simultâneas com o abuso de outras substâncias, tais como os esteróides anabolizantes, provocam freqüentes efeitos colaterais que podem ser graves e até mesmo fatais. Também é atribuída ao uso exagerado do GH a causa de casos de morte súbita por parada cardíaca em atletas.
Há limitações para a sua detecção, uma vez que a cinética do rhGH é quase idêntica a que é produzida naturalmente pelo nosso organismo. De fato, o uso abusivo do hormônio do crescimento no esporte não é uma boa alternativa, pois além de contrariar os valores do esporte, ele também pode causar sérios danos ao atleta, comprometendo sua saúde e podendo levar a conseqüências que sejam fatais.

Bruna Sousa Albino

Um comentário:

  1. Dê uma olhada no link abaixo: doping genético.
    http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=D4jhD9Rin1I

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