Muitos estudos evidenciam que o fracionamento das refeições ao longo do
dia, ajuda a reduzir a fome e evitar uma supercompensação nas próximas
refeições (Bundell et al, 1997) e apontam uma relação inversa entre peso
corporal e adiposidade, e a freqüência alimentar (Metzner et al. 1997,
Drummond et al, 1998).
Além disso, uma alimentação fracionada pode ajudar a melhorar o
comportamento cognitivo e humor, no entanto, a composição nutricional das
refeições, junto a outros fatores, pode influenciar na melhoria deste
comportamento (Kanarek, 1997).
Drummond et al (1998), cita que tanto homens quanto mulheres que
fracionaram as refeições ao longo do dia, tenderam a seguir uma alimentação
mais equilibrada, com maior consumo de carboidratos e com menor o consumo de
gorduras.
Desta maneira, é indicado realizar, entre as grandes refeições, pequenos
lanches para que se mantenha um bom funcionamento do organismo através da
escolha de alimentos saudáveis e nutritivos, sem aumentar a ingestão calórica
total (Farshchi et al, 2004).
O ideal é comer 4 a 5
refeições ao dia, sempre pouca quantidade. Quando comemos refeições muito
fartas o estômago fica dilatado, cabendo cada vez mais volume. Com isso só
sentimos saciedade após comer muita comida. Comendo pouco e “à prestação”, o
estômago fica com um volume pequeno, e sentimos saciedade com quantidades muito
menores de comida. Além do mais esse tipo de estratégia mantém os níveis de
glicose constantes no sangue, o que também contribui para controlar o apetite.
Há, contudo, um equívoco
no conceito de dieta, em especial as muito rígidas. Elas podem ocasionar uma
redução de peso mais rápida, entretanto, quando a pessoa interrompe a dieta,
volta a ganhar peso novamente, e na maioria dos casos acaba com o mesmo peso ou
ainda mais gorda do que estava antes. O certo é promover uma mudança de hábitos
alimentares. Isso significa introduzir hábitos que vão ficar para sempre.
Durante o período de perda de peso, você faz a alimentação de forma religiosa
todos os dias. Após atingir o peso ideal, então pode escolher um dia na semana,
onde se permite fazer algumas estripulias alimentares.
Postado por:
Christiana Nastari
Referências:
-Drummond, SE;
Crombie, NE; Cursiter, MC; Kirk, TR. Evidence that eating frequency is
inversely related to body weight status in male, but not female, non-obese
adults reporting valid dietary intakes. International Journal of
Obesity. v.22 105-112, 1998.
- Farshchi, H;
Taylor, M; Macdonald, I. Regular meal frequency creates more
appropriate insulin sensitivity and lipid profiles compared with irregular meal
frequency in healthy lean women. Eur J Clin Nutr. v.58 p.1071–7,
2004.
- Kanarek,
R. Psychological effects of snacks and altered meal frequency. British Journal of Nutrition. v. 77 n.1 pp. s105-s120(1), April 1997.
- Metzner, HL;
Lamphiear, DE; Wheeler, NC; Larkin, FA. The relationship between frequency of eating and
adiposity in adult men and women in the Tecumseh Community Health Study.American
Journal of Clinical Nutrition. v. 30 p.712-715, 1997.
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