A L-Carnitina é uma amina quaternária com função fundamental na geração de energia
pela célula, pois age nas reações transferidoras de ácidos graxos livres de
cadeia longa do citosol para mitocôndrias, facilitando sua oxidação e geração
de adenosina trifosfato (ATP). O aumento do fluxo de substratos através do
Ciclo de Krebs poderia resultar em produção e utilização mais efetivas do
oxigênio, além da melhora na capacidade de realizar tarefas físicas. A
carnitina também tem sido freqüentemente utilizada como coadjuvante no
tratamento de dislipidemias, uma vez que atua como um importante co-fator na
oxidação de ácidos graxos de cadeia longa, aumentando a utilização de
triglicerídeos para o fornecimento de energia.
É
sintetizada no organismo a partir de dois aminoácidos essenciais, lisina e
metionina, exigindo para sua síntese a presença de ferro, ácido ascórbico,
niacina e vitamina B6.
A
concentração orgânica de carnitina (aproximadamente 20g ou 120mmol) é resultante de vários processos
metabólicos, tais como ingestão, biossíntese, transporte dentro e fora dos
tecidos e excreção. Doenças que comprometem algum desses processos, e que têm
como características o aumento do metabolismo e estado nutricional debilitado,
geram um estado carencial de carnitina. As conseqüências são relacionadas
principalmente ao metabolismo de lipídeos.
A
L-Carnitina é uma substância que transporta a gordura acumulada para as dentro
das células para ser gasta em forma de energia, processo chamado de oxidação
lipídica, que ocorre durante a prática de exercícios físicos, por exemplo.
Além
disso, por ser uma substância produzida no organismo em condições normais e com
boa tolerabilidade, a suplementação de L-carnitina tem sido estudada em função
de possíveis efeitos antioxidantes, tanto em indivíduos saudáveis quanto
naqueles com necessidades especiais, como portadores de doenças isquêmicas e
neuropatia diabética. A carnitina também ser
consumida através de cápsulas, líquidos ou alimentos, já que é encontrada na
proteína animal.
Embora
ainda não exista recomendação de ingestão diária, a maior parte dos estudos em
humanos utilizam doses entre 2 e 6g/dia de carnitina por períodos de dez dias a
dez semanas, além de administrações agudas, sendo que as doses orais usualmente
suplementadas variam entre 500 e 2000mg/dia.
Em
uma ampla revisão acerca da suplementação com carnitina, Carretelli &
Marconi observaram
que doses entre 1 a 6g/dia por até seis meses melhoraram consideravelmente as
concentrações plasmáticas de carnitina, sem nenhum efeito adverso ou
intoxicação nesses indivíduos.
Para além da L-Carnitina, há também a D-Carnitina. Nos
casos o “D” (ou dextro molécula) possui rotação para a direita. Mudando a
posição, mudam as propriedades químicas, o que acontece com a L-Carnitina. Ela
não é recomendada para o consumo humano e não está presente nos alimentos, ao
contrário da L-Carnitina, cuja orientação é para a esquerda.
Postado
por: Thais C. S. Silva
Referências:
Coelho, CF et al, Aplicações clínicas da
suplementação de L-carnitina., Rev.
Nutr. v.18 n.5 Campinas set./out. 2005
Revista eletrônica Sua Saúde. Disponível em http://www.tuasaude.com/emagrecer-com-l-carnitina/. Acesso em
10/05/2013.
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