"Um Adolescente Saudável, será um Adulto Saudável"
A
adolescência é o estágio da vida definido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como o intervalo compreendido entre 10 e 19 anos de idade.
No período da adolescência, além das
transformações fisiológicas, o indivíduo sofre importantes mudanças
psicossociais, o que contribui para a vulnerabilidade característica desse
grupo populacional. Os adolescentes podem ser considerados um grupo de risco
nutricional, devido à inadequação de sua dieta decorrente do aumento das
necessidades energéticas e de nutrientes para atender à demanda do crescimento.
As
práticas alimentares adotadas atualmente na adolescência tem correspondido a
dietas ricas em gorduras, açúcares e sódio, com pequena participação de frutas,
verduras e leite e derivados; sendo comuns hábitos
alimentares com o consumo excessivo de refrigerantes e lanches do tipo"fast
food" .
Os
grupos alimentares imprescindível para essa fase que não pode faltar são alimentos
fonte de cálcio, grupo de frutas, ingestão de água e o cuidado com o excesso de gorduras e
açúcares, assim como, a ingestão habitual de alimentos industrializados.
A
ingestão de água, é importante, pois 70%
do nosso corpo é composto por água. Uma boa hidratação melhora o funcionamento
do organismo, elimina impurezas, facilita o trânsito intestinal e melhora a
circulação sanguínea. Já a desidratação causa fadiga, cansaço, constipação,
câimbras, pressão sanguínea irregular, pele seca e problemas renais. Segundo
Wirth (2010) apud Oliveira et al
(2011) “a excessiva ingestão de alimentos líquidos industrializados e de sabor
doce, principalmente entre crianças e adolescentes, fez com que passassem a se
hidratar essencialmente por meio destes alimentos, abandonando definitivamente
a água”.
“É
na adolescência que ocorre o aumento da retenção de cálcio para a formação
óssea, período este crítico de mineralização do osso, o que poderá influenciar
futuramente o aparecimento de osteoporose”. O consumo de cálcio durante a
adolescência é necessário para
manter o balanço positivo suficiente
para suprir as demandas ósseas e prevenir o risco de fraturas, lembrando ainda
a importância da exposição ao sol para que a Vit D seja ativada para ajudar na
fixação do cálcio nos ossos.
O Programa 5 itens, é importante para a ingestão de
frutas diariamente. Para obtenção de vitaminas e minerais essenciais para saúde
e manutenção do corpo. Fornecendo fibras solúveis e insolúveis que ajudam na
saciedade e no funcionamento intestinal. Seu consumo também previne câncer,
diminui o risco de doenças e ajuda na hidratação. O Programa 5 ao dia “o
baixo consumo de Frutas está entre os dez principais fatores de risco associados
à ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis. O aumento do consumo
desses alimentos traz impactos positivos sobre a saúde porque: contribui para a
diminuição do consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar, fornece
vitaminas, minerais e fibras necessários para o pleno funcionamento do organismo
e contribui para o controle do peso.”
A quantidade de açúcar, sódio, óleo
que contém nos alimentos industrializados, é extremamente exorbitante o consumo comparado com a recomendação diária
de consumo desses alimentos. Referente à OPAS (2003) o aumento do sedentarismo,
excesso de ingestão de doces e gorduras, substituição de proteína vegetal por
proteína animal e baixo consumo de fibras são os principais fatores ambientais
responsáveis pelo aumento da obesidade.
A escolha do ambiente de grupos de adolescentes para a
promoção de hábitos de vida saudáveis deve ser encorajada, por ser um local de
intenso convívio social e propício para atividades educativas.
As intervenções nos hábitos de vida devem ser iniciadas o
mais precocemente possível, já que na adolescência ocorrem mudanças importantes
na personalidade do indivíduo e por isso é considerada uma fase favorável para
a consolidação de hábitos que poderão trazer implicações diretas para a saúde
na vida adulta.
Postado por: Aline Roschel e Flavio Faitarone
Fonte: COLUCCI, A.C.A. et al. Relação entre o
consumo de açúcares de adição e a dequação da dieta de adolescentes residentes
no município de São Paulo. Rev. Nutr. Campinas, 2011 v.24 n.2. 219-231 p.
ENES, C. C.; SLATER B. Obesidade na adolescência e seus principais
fatores determinantes. Rev. Bras. Epidemiol, 2010 v.13 n.1 p.163-71
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