Ao longo da história da
ciência o alho teve várias aplicações. Atualmente seu poder terapêutico é
reconhecido pelo Ministério da Saúde bem como pelo FDA. Além de seu uso
culinário nas mais variadas culturas, desde a Antiguidade é usado como
medicamento para as mais variadas moléstias. Os estudos científicos
identificaram a presença de vários compostos que agem terapeuticamente no
tratamento de parasitoses, desconfortos gastrintestinais, dislipidemias,
verminoses intestinais, na doença hipertensiva, cardiovascular, câncer, além
das atividades anti-inflamatórias, antimicrobiana, e antiasmática. Esta erva
bulbosa, cujo nome científico é Allium
sativum, é pequena perene e com odor forte e característico de alimentos
ricos em compostos sulfurados. A maior concentração de fitoquímicos
terapêuticos encontra-se nos bulbos, popularmente conhecidos como dentes de
alho. Seu cultivo é adaptado às regiões mais frias com período de dormência de
dois meses. Quanto mais fria é a temperatura maior é a concentração de
fitoquímicos, pois a sua concentração depende do quanto à planta responde às
agressões ambientais. Apesar
dessas peculiaridades não é encontrado nenhuma legislação pela ANVISA, sobre
utilização e consumo do alho.
Também foram identificados
fitoquímicos bioativos, sendo os de maior destaque os compostos sulfurados.
Abaixo segue estes compostos com suas possíveis atividade biológicas:
- Ajoeno (ajocisteína): Prevenção de coágulos,
anti-inflamatório, vasodilatador, hipotensor, antibiótico;
- Aliina: Hipotensor, hipoglicemiante;
- Alicina e tiosulfinatos: Antibiótica, antifúngica, antiviral;
- S-alil-cisteína e compostos γ-glutâmico: Hipocolesterolemiante, antioxidante, quimioprotetor frente ao câncer;
- Alil maercaptano: Hipocolesterolemiante;
- Sulfeto dialil: Hipocolesterolemiante.
Compostos não sulfonados presentes no alho:
- Aliina: Hipotensor, hipoglicemiante;
- Alicina e tiosulfinatos: Antibiótica, antifúngica, antiviral;
- S-alil-cisteína e compostos γ-glutâmico: Hipocolesterolemiante, antioxidante, quimioprotetor frente ao câncer;
- Alil maercaptano: Hipocolesterolemiante;
- Sulfeto dialil: Hipocolesterolemiante.
Compostos não sulfonados presentes no alho:
- Adenosina: Vasodilatadora, hipotensora, miorelaxante;
- Fructanos (Escorodosa): Cardioprotetora;
- Fração proteica F-4: Imunoestimulante;
- Quercetina: Antialergênica;
- Saponinas (gitonina F, eurobósido B): Hipotensora, antimicrobiana;
- Escordinina: Hipotensora, aumenta a utilização de B1, antibacteriana;
- Selênio: Antioxidante;
- Ácidos fenólicos: Antiviral e antibacteriana;
- Saponinas: Anticancerígena.
A maioria dos componentes
sulfurados não está presente nas células intactas. Quando o alho é amassado,
partido, cortado ou mastigado, vários de seus componentes sulfurados são
liberados no interior da célula vegetal. A interação entre os vários compostos
desencadeia reações em cadeia, gerando um conjunto de componentes. Isso
justifica a necessidade de consumo imediatamente após o preparo, e sem que haja
ação de calor ou qualquer outro tipo de tratamento térmico, o que diminui muito
as concentrações dos fitoquímicos sulfurados em questão. Não se recomenda o consumo
do alho cru em casos de gastrite ou úlceras estomacais.
Postado
por: Ana Karinne de Lima e Priscila de Araujo Lucio.
Fonte: bromatopesquisas-ufrj.blogspot.com.br/2011/12/alho-condimento-e-medicamento_19.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário