Quando nos
referimos ao AÇÚCAR, geralmente estamos falando do açúcar comum
de mesa, quimicamente chamado de SACAROSE, que é
extraído da cana ou da beterraba. A sacarose, assim como a grande maioria dos
carboidratos, é digerida no aparelho digestivo gerando a GLICOSE, que é a fonte principal de energia do reino animal.
Em outras
palavras, a glicose é vital para o ser humano. Alguns dos tecidos nobres – como
todo o tecido nervoso e o próprio cérebro – dependem absolutamente da glicose
para a sua nutrição. Sem a glicose o homem não sobrevive.
A glicose é
um nutriente tão importante, que existe um sistema muito complexo e bem
regulado no organismo humano destinado a captar e digerir carboidratos. Ele os
transforma em glicose, que será absorvida no tubo digestivo, transportada pela
circulação, e regulada metabólica e hormonalmente entre vias de queima (para
gerar energia) ou estoque (para ser usada em períodos de ausência de ingestão).
Assim, o
açúcar, como qualquer outro carboidrato, é uma fonte de glicose. E, portanto,
sujeito a todo o sistema de captação, absorção, metabolização, utilização e
estoque, coordenados pelo cérebro.
Quando
ingerimos açúcar em demasia, excede-se a capacidade de queima, o metabolismo é
dirigido para o estoque do excedente, que se acumula sob a forma de gordura.
Com isto, pode ocorrer a obesidade e suas consequências: diabetes, hipertensão,
doenças cardiovasculares, aumento de alguns tipos de câncer, problemas
ortopédicos, problemas psíquicos.
O cérebro
gera sensações de prazer quando ocorre a ingestão, ou a simples visão destes
nutrientes, de modo a garantir a continuidade dos comportamentos que levam a
sua captação. Esse mecanismo cerebral é passível de falhas de regulação, que
levam aos vícios, e até aos comportamentos compulsivos.
Os
mecanismos que conduzem ao alcoolismo, à obesidade mórbida, ao tabagismo, à
adição e às drogas ilícitas, passam pelos mesmos caminhos cerebrais. É nesse
ponto que o açúcar se torna o vilão, a partir do seu consumo excessivo. As
indústrias do álcool, do tabaco, dos alimentos processados utilizam o artifício
mercadológico do prazer para vender mais seus produtos, da mesma forma como
acontece com os alimentos açucarados.
Sob este
aspecto, a revista científica “Nature” publicou um artigo informando que o
consumo de açúcar pode ser tão prejudicial quanto o abuso de álcool e cigarro. O
controle da ingestão excessiva de açúcar é muito mais uma questão de educação
da população, de oferecimento de alternativas e de controle mercadológico do
que de taxação, limitação do comércio ou da idade mínima para o consumo, uma
vez que esses recursos não foram eficazes para impedir o alcoolismo, o
tabagismo e o consumo de drogas.
É
aconselhável substituir os açúcares refinados pelos naturais, como o das frutas
e do leite. Já para os indivíduos com diabetes ou pré-diabetes, o melhor
substituto seria a sucralose – adoçante indicado também até para
fenilcetonúricos, gestantes e crianças.
Fonte:http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/abuso-de-acucar-pode-ser-tao-malefico-quanto-o-de-alcool-e-cigarro.aspx
Por: Laís R.R. Oliveira e Melissa Mei
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