A
prática regular de exercício físico constitui-se em hábito de promoção à saúde,
bem como fator de prevenção e coadjuvante no tratamento de diversas doenças.
Além disso, provoca respostas hormonais no organismo, modulando reações
metabólicas.
O
exercício físico auxilia na redução de gordura corporal e no controle
glicêmico, do colesterol, na melhoria da frequência cardíaca, entre outros
benefícios, porém sofre influência de intensidade, horário do treino e outros
fatores como alimentação, descanso e recuperação.
Uma
alimentação adequada e a prática regular de exercícios físicos são medidas
efetivas ao tratamento da obesidade e diabetes melito, uma vez que auxiliam na
melhora da sensibilidade insulínica, captação de glicose e mobilização de
ácidos graxos.
A
atividade contrátil estimula a captação de glicose, assim, promovendo maior
quantidade de transportadores de glicose GLUT4 no sarcolema, pelo aumento de
translocação, independentemente da presença de insulina. Além disso, novas
evidências científicas mostram que o exercício físico pode promover melhora na
resistência à insulina por diminuir a expressão e/ou atividade de proteínas
inflamatórias de efeito negativo à ação da insulina.
O
exercício físico também tem importante função na melhora do metabolismo de
lipídeos, durante a atividade, devido ao aumento na oxidação dos ácidos graxos,
e melhora da capacidade oxidativa da musculatura esquelética.
Igualmente,
ocorre modulação na liberação de neurotransmissores, betaendorfina,
noradrenalina e serotonina em resposta ao exercício físico, de forma a melhorar
a função cognitiva e sensação de bem-estar, por isso, sendo apontado como
importante aliado no alívio dos sintomas da depressão.
A
maior parte dos estudos envolvendo atividades físicas aeróbicas
demonstra que a intensidade e duração do exercício são os principais
fatores que alteram o perfil de liberação do hormônio do crescimento (GH).
Sabe-se que o GH favorece a mobilização de ácidos graxos livres do tecido
adiposo para geração de energia, aumenta a capacidade de oxidação de gordura e
o gasto energético.
O
exercício agudo, não intenso, parece aumentar os níveis de calcitonina e
vitamina D, o que resulta num balanço positivo de cálcio e previne a reabsorção
óssea.
Exercício
prolongado promove maior retenção de sódio e água para manter o volume
plasmático adequado às reações endógenas, estimulando hormônios reguladores dos
eletrólitos, como o hormônio antidiurético (ADH). Entretanto a elevação do ADH,
durante o exercício, ocorre com o aumento da osmolaridade, assim, se o atleta
mantém-se hidratado, a elevação do ADH é moderada.
Ao
ter em vista que a prática regular de exercícios físicos exerce papel
importante na regulação hormonal, necessária para o equilíbrio do organismo,
além de promoção à saúde, fazem-se necessárias mais estratégias públicas a fim
de estimular a prática na população, o que acarretará maior qualidade de vida e
menos gastos com a saúde.
Por:
Thayná Galvão
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