segunda-feira, 29 de abril de 2024

A importância da atividade física na mitigação do estresse oxidativo e da sarcopenia no envelhecimento.

O envelhecimento é um processo complexo influenciado por diversos fatores, incluindo o estresse oxidativo e a sarcopenia. O estresse oxidativo, resultante do desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio e a capacidade antioxidante do organismo, desempenha um papel central no desenvolvimento de doenças relacionadas à idade. Paralelamente, a sarcopenia, caracterizada pela perda progressiva de massa muscular e força, é uma das principais consequências do envelhecimento, contribuindo para a redução da qualidade de vida e o aumento do risco de morbidade e mortalidade. 

O estresse oxidativo desencadeia processos inflamatórios e danos celulares que podem comprometer a função muscular e acelerar o processo de sarcopenia. A produção aumentada de espécies reativas de oxigênio pode levar à degradação de proteínas musculares, comprometendo a integridade estrutural e funcional das fibras musculares. Além disso, o estresse oxidativo está associado à diminuição da capacidade regenerativa do músculo esquelético, exacerbando ainda mais a perda de massa muscular.

A atividade física regular tem sido amplamente reconhecida como uma estratégia eficaz na prevenção e no tratamento do estresse oxidativo e da sarcopenia relacionados à idade. O exercício promove adaptações fisiológicas que aumentam a capacidade antioxidante do organismo, reduzindo a produção de espécies reativas de oxigênio e melhorando a eficiência dos sistemas de reparo celular. Além disso, a atividade física estimula a síntese de proteínas musculares, contrariando o processo de degradação muscular associado à sarcopenia.

Diversos mecanismos estão envolvidos nos efeitos benéficos da atividade física na redução do estresse oxidativo e da sarcopenia. O exercício aumenta a expressão de enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase e a glutationa peroxidase, que neutralizam espécies reativas de oxigênio e protegem as células contra danos oxidativos. Além disso, a atividade física estimula a liberação de fatores de crescimento, como o IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina), que promovem o crescimento e a regeneração muscular. 

A relação entre estresse oxidativo, sarcopenia e atividade física no envelhecimento é complexa e multifacetada. A prática regular de exercícios físicos é de extrema importância para mitigar os efeitos adversos do estresse oxidativo e da sarcopenia, preservando a função muscular e promovendo um envelhecimento saudável e ativo. 


Referencias: 

https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/view/1980-6574.2010v16n2p506/3007

https://www.scielo.br/j/rbgg/a/pRK5kvvX89Zww59hvGrmw7C/?format=html

Estagiária Barbara Bruneli.

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