A creatina é um derivado de aminoácidos que pode
ser encontrado nos tecidos humanos, considerada
essencial à vida humana, pois é um recurso
ergogênico de uso constante que contribui para o
aumento da massa magra, da força e velocidade
dos indivíduos, além de retardar a fadiga muscular.
A creatina é uma das substâncias mais
populares entre usuários de suplementação, a
origem do termo vem do grego kreas (carne). Ela foi
descoberta em 1832 por Michel Chevreul, cientista
francês, como um componente natural do músculo
esquelético. Em 1842, o fisiologista Lieberg
confirmou que a creatina era um dos constituintes
da carne de animais mamíferos, mas somente em
1926 os cientistas conseguiram quantificar o
armazenamento de creatina no corpo e sua
absorção.
A creatina é uma proteína produzida
endogenamente no fígado, nos rins e, em menor
concentração, nos pâncreas; totalizando
aproximadamente 1 grama por dia, sendo que o
restante pode ser obtido através da dieta que, para
carnívoros, corresponde entre 1 a 2 gramas diários.
É sintetizada a partir dos aminoácidos essenciais:
arginina e metionina e do aminoácido não essencial,
glicina; ou seja, além de estar presente nos
músculos, também pode ser obtida através da
alimentação, principalmente pelo consumo de
carnes, leite, peixes e moluscos.
Entre os benefícios da suplementação de
creatina está o ganho de massa corporal, que eleva
em torno de 1 a 2 quilogramas em cinco a oito dias
de suplementação, em contrapartida, os efeitos
adversos apontados foram: desconfortos
gastrointestinais, cãibras, desidratação, além de
disenterias e enjoos, principalmente em atletas. Em
casos de uso exagerado há danos nas funções
renais, porém tais efeitos são pouco relatados
sendo necessários estudos com maior amplitude
para mensurar a função glomerular para comprovar
os possíveis efeitos degradantes da suplementação
na função renal.
A creatina é um composto natural que
pode ser encontrado na alimentação por meio de
produtos de origem animal ou produções
endógenas, sendo popular e frequente a
suplementação por atletas que buscam seu efeito
ergogênico para o ganho de força, potência
muscular e aumento de massa muscular, no
entanto, alerta-se para o risco do uso indiscriminado
que pode causar danos nas funções renais e
hepáticas.
O consumo de suplementos alimentares é
popular não somente pelos benefícios nos aspectos
estéticos do corpo, mas também por melhorar a
performance e manutenção da saúde, já que podem
acelerar o processo de ganho de massa magra,
perda de gordura e atraso do processo de
sarcopenia. A creatina é uma das suplementações
mais procuradas para tal fim, e em estudos, aponta que houve melhora no
desempenho em atividades de curta duração e alta
intensidade potencializando a hipertrofia e elevando
os níveis de força.
Vale ressaltar que o consumo de creatina
deve obedecer as doses recomendadas para
garantir a segurança de seu uso, conforme
determinado pelos órgãos regulamentadores; sendo
que não há contraindicações de seu uso por
indivíduos saudáveis. Isso nos permite considerar
que o uso da creatina é seguro quando ingerido em
doses adequadas e por pessoas em boas condições
de saúde.
COMO ESCOLHER SUA CREATINA?
Dê preferência para marcas que sejam totalmente ou quase totalmente puras, contendo apenas a creatina em sua composição, sempre leia os rótulos, e faça suas comparações. Consultem sempre os profissionais da área da saúde especialistas para fazerem corretamente a sua suplementação. Não se auto-suplemente.
Estagiária: Maria Eduarda Silva do Nascimento
Referência: ATAÍDES, Kellen Carvalho; NETO FILHO, Manoel Aguiar; DOS SANTOS, Jacqueline da Silva Guimarães. Benefícios e malefícios da suplementação com creatina. Scientific Electronic Archives, v. 15, n. 10, 2022.
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