As lesões são extremamente prejudiciais, uma vez que ocorre afastamento, imobilização, redução do preparo físico e alteração da rotina de treinamentos, tudo isso somado ao processo catabólico de perda da massa muscular, tendo impacto direto na qualidade de vida e na performance dos atletas. Dessa forma, o acompanhamento nutricional age de forma essencial para minimizar e atuar na recuperação/reabilitação, do processo de tratamento e da redução do risco das injúrias musculoesqueléticas.
O conjunto de nutrientes que auxiliam nesse processo são:
Vitamina D
Tem papel fundamental na manutenção da
homeostase do cálcio e do fosfato e na saúde óssea. A deficiência de vitamina D,
pode causar dor musculoesquelética e redução da força muscular, ou seja, atuam
no sentido contrário da prevenção e recuperação de lesões em atletas.
Creatina
Promove o aumento da resistência em exercícios de
curta a média duração e da intensidade máxima de treinamento, além de auxiliar
na recuperação após exercícios. É uma estratégia eficaz para uma possível
manutenção da massa muscular e das suas reservas durante o período de
recuperação
Após curtos períodos de imobilização devido a lesões, o
tempo para o retorno da massa muscular prévia, naqueles atletas em uso de
creatina, pode ser abreviado, sendo que um dos mecanismos propostos para essa
atuação seria através da estimulação de fatores de transcrição miogênica,
especificamente o MRF4. Além disso, a suplementação de creatina pode compensar
o declínio de GLUT4 muscular que ocorre durante a imobilização e aumentar o
conteúdo de GLUT4 durante o período de reabilitação subsequente.
Colágeno
Atua como protetor da cartilagem articular,
aumentando a densidade óssea e, principalmente, aliviando o quadro sintomático
da dor.
A síntese de colágeno, pode desempenhar um papel benéfico na
prevenção de lesões e reparação tecidual. A suplementação é benéfica para o
aumento da espessura da cartilagem de pacientes com osteoartrite, no aumento da
funcionalidade e na redução da dor no joelho de atletas. Além disso, outras
estratégias envolvendo a suplementação do colágeno, como sua administração em
concomitância com a gelatina com vitamina C, pode promover ainda mais a estimulação
da síntese de colágeno.
Vitamina C
Tem papel importante na síntese do colágeno,
funcionando como um cofator da prolil-4-hidroxilase, uma enzima envolvida na
hidroxilação da prolina e da síntese de colágeno nos tecidos conectivos, sua
deficiência resulta em escorbuto, que, por sua vez, resulta em perda de
colágeno.
Além disso, apresenta um importante papel antioxidante, sendo capaz de neutralizar as espécies reativas de oxigênio e atua na formação do calo ósseo, na aceleração do processo de cura de fratura óssea.
Ômega-3
Tem propriedades
anti-inflamatórias, afetando diretamente ou indiretamente a transcrição de
fatores que regulam a expressão de genes que codificam proteínas inflamatórias.
A suplementação, devido a essas propriedades antinflamatórias, é benéfica ao desempenhar
um papel na recuperação do exercício intenso, particularmente se houver um
grande componente excêntrico na atividade praticada e aumenta a síntese de
proteínas musculares em resposta a altas concentrações de aminoácidos e
insulina.
Proteínas
Durante o período de imobilização, aproximadamente 0.5 a
0.6% da massa muscular é perdida diariamente e, como resultado, além da redução
da massa muscular, ocorre uma degeneração neuromuscular. Portanto, a demanda de
proteína se torna aumentada e essencial após uma lesão.
A ingestão de proteínas deve estar elevada, dividida em 4 a 6 refeições diárias com ela, sendo importante a ingesta antes de dormir (evidências sugerem que a caseína antes do sono poderia estimular a adaptação muscular). Dessa maneira, o atleta conseguirá reduzir a perda de massa muscular, estimular a reparação tecidual e a cicatrização e evitar a inflamação excessiva.
Referências: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/45807/36440/476296 Estagiária:Daniela Prestes
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