sábado, 11 de junho de 2011

Alfarroba

 


De tempos para cá tem se falado bastante da alfarroba. Os grãos desta leguminosa são transformados em um alimento parecido com o chocolate, porém, ele promete ser mais saudável e menos calórico.
A alfarrobeira é uma árvore selvagem, nativa da costa do Mediterrâneo. A alfarroba é sua vagem comestível, semelhante ao feijão, de cor marrom escuro e sabor adocicado, utilizada pela indústria de alimentos na produção de gomas e espessantes.

O pó ou farinha de alfarroba derivado da polpa da vagem torrada e moída é utilizado para substituir o cacau. Esse pó, contudo, possui expressiva diferença em relação ao cacau no conteúdo de açúcar e de gordura. Enquanto o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar, a alfarroba possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais (sacarose, glicose e frutose), em torno de 38 a 45%.  É rico em fibras, não contém cafeína e glúten, e seu sabor é similar ao chocolate amargo.   Naturalmente doce, a alfarroba dispensa o uso de açúcar na fabricação de seus produtos.

A alfarroba é um alimento saudável e de elevado valor nutritivo. Contém vitamina B1 o que colaboradora para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos, coração e melhora na atitude mental e o raciocínio, tem boas quantidades de niacina (mantém a boa condição da pele) e vitamina A, que é essencial para o crescimento dos ossos e dentes, vitalidade da pele e saúde da visão. Possui ainda alto teor de vitamina B2 (responsável por extrair energia de gorduras, proteínas e carboidratos no nosso corpo), cálcio, magnésio e ferro, bem como um correto balanceamento de potássio e sódio.
         
A alfarroba não possui qualquer agente alergênico ou estimulante tais como a cafeína e teobromina presentes no cacau. Embora apresente um alto teor de açúcares possui um baixo conteúdo calórico devido à quantidade quase imperceptível de lipídeos (gorduras) e alta quantidade de fibras naturais. O efeito benéfico dessas fibras naturais na flora intestinal se dá pela proteção da membrana mucosa do intestino, bem como pela redução significativa da incidência de diarréias indefinidas, desordens nutricionais e incidência de úlceras.
         
Também reduz efetivamente a assimilação da ingestão diária do excesso de colesterol, devido ao seu teor e qualidade das fibras. Seu poder na redução do colesterol do sangue é o dobro de outras fibras.
A polpa, folhas e algumas partes da semente de alfarroba têm um potencial antioxidante muito elevado, semelhante ao do azeite e superior ao do vinho, o que leva os investigadores a acreditarem que os componentes do fruto podem ser úteis no combate aos radicais livres. A sua eventual aplicação na produção de fármacos pode demorar anos, mas segundo pesquisadores, os resultados preliminares dos estudos são promissores.
A farinha e a leguminosa são muito nutritivas, mas em forma de chocolate, como é consumida na maioria das vezes, não apresenta grandes diferenças do cacau. “Isso porque, no final das contas não é a semente ou apenas a farinha de alfarroba que estamos ingerindo. Na nossa alimentação, os derivados da alfarroba são introduzidos em forma de barras de chocolate, bombons e tabletes, não fornecendo, portanto, as mesmas características nutricionais da farinha”, afirma a nutricionista Vanessa Pimentel, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Embora ofereça muitos benefícios para o organismo, a farinha de alfarroba deve ser consumida com moderação, devido ao seu alto conteúdo de taninos. Apesar de serem benéficos ao coração e às artérias, são substâncias que em excesso podem dificultar e até inibir a absorção de proteínas e alguns minerais essenciais ao nosso organismo”, afirma a nutricionista.


Postado por: Suzana Gonçalves  

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