A clorofila era conhecida somente por ser o pigmento responsável pela cor verde de algas, plantas e bactérias, tendo como função principal captar a luz solar e produzir, através de reações químicas , oxigênio e glicose através do processo de fotossíntese, contribuindo para a base da cadeia alimentar.
Observou-se que a dieta e certos hábitos alimentares saudáveis, somados a esquemas de exercícios físicos, podem interferir no estado de saúde dos indivíduos, especialmente em idosos. Os alimentos funcionais se situam numa categoria entre os alimentos convencionais e os medicamentos, e devem ser entendidos como coadjuvantes na prevenção de doenças, mas não na sua cura ou no tratamento de uma patologia em estágio de desenvolvimento. A partir de então, estudos estão sendo realizados no mundo inteiro com o objetivo de conhecer a função de substâncias bioativas dos alimentos, reconhecer a sua variabilidade e estabilidade durante o seu processamento e armazenamento, bem como dar base para o reconhecimento das propriedades funcionais destes.
Mais de 12 000 substâncias naturais com alguma atividade biológica (antibiótica, hormonal, antioxidante, quimiopreventiva, imunológica, entre outras) já foram identificadas nos alimentos de origem vegetais. Pesquisas realizadas com antioxidantes encontrados na dieta relatam que é possível reduzir o risco de algumas patologias, como alguns tipos de câncer, aterosclerose, artrite reumatóide, diminuição do sistema imunológico, isso graças à diminuição ou ao impedimento da formação de radicais livres e de espécies reativas do oxigênio, que destroem enzimas mitocondriais, próprio material genético e membranas plasmáticas. Entre os antioxidantes mais conhecidos estão o ácido ascórbico, os tocoferóis, os carotenóides, bem como uma série de compostos fenólicos e polifenólicos, todos eles encontrados em vegetais. Entretanto, esses antioxidantes podem atuar em sistemas biológicos de um modo ordenado, ao formar uma proteção contra radicais livres. É difícil explicar a quem deve-se atribuir essa atividade , se é a presença de substâncias antioxidantes somado a outros componentes da dieta, ou aos hábitos de vida, uma vez que diversas pesquisas não obtiveram êxito , ao identificar os benefícios dessas substâncias, isoladamente . Quando em elevadas concentrações, tanto a vitamina E como o precursor da vitamina A podem exibir atividade pró-oxidante em sistemas modelo.
Pesquisas mostram o papel antioxidante da clorofila e seus derivados sobre a oxidação de óleos, quando a incubação ocorre no escuro. O mecanismo para explicar essa atividade antioxidante ainda não foi esclarecido, porém acredita-se que a molécula da clorofila ou de seus derivados aja como um seqüestrador de radicais livres inibindo o processo de autoxidação de óleos comestíveis.Não foi esclarecido até que ponto ocorre essa atividade antioxidante, essa foi verificada no escuro, poderia ocorrer com a clorofila presente em alimentos que não são mantidos protegidos da luz, uma vez que ela é molécula fotossensível.
A mídia enfatiza alguns benefícios da clorofila relacionado a algumas doenças do coração, as doenças tumorais e há quem afirme que a ela evita a queda de cabelo, induz a desinfecção interna do organismo, ajuda no controle da hipertensão, na proteção hepática e no diabetes ; porém essas teorias não possuem comprovação científica.
Entretando, para alguns autores, a clorofila e alguns derivados dessa molécula, seriam capazes de exercer uma atividade antioxidante e quimiopreventiva. Nestes dois casos, essa ação se daria unicamente no lúmen intestinal, pois não foi possível localizar estudos que comprovassem a absorção intestinal da clorofila em quantidades significativas que pudessem justificar algum impacto sobre processos bioquímicos. Contudo a possibilidade de possuir atividade antioxidante deverá ser melhor pesquisada, uma vez que a clorofila adota, quando exposta à luz, efeito pró-oxidante. A atividades quimiopreventivas, ainda fica restrita ao trato gastrointestinal e a melhor explicação até o momento, favorece a hipotese da com a substância carcinogênica, à semelhança da parte de fibra solúvel e de muitas outras substâncias fitoquímicas presentes em dietas vegetais.. O magnésio, vital para o indivíduo no fator bioquímico, é liberado da clorofila em inúmeras condições de processamento e/ ou armazenamento do alimento e até durante a passagem pelo trato gastrointestinal, tornando-se disponível para a absorção. Devido à elevada oferta desse mineral nos alimentos vegetais e animais, é muito incomum o quadro de deficiência em indivíduos sadios e com alimentação balanceada.
Postado por : Clara Igel
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322003000300003&lang=pt
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