quarta-feira, 31 de agosto de 2011

BCAA



Os BCAA (Branch Chain Amino Acids) são aminoácidos de cadeia ramificada (ACR), que são a leucina, valina, e isoleucina. Estes são aminoácidos essenciais, ou seja, que o corpo não é capaz de sintetizar, sendo necessário obtê-los através da dieta, são encontrados em carnes, ovos, leite e derivados, grãos em geral.

Mecanismo de ação

Para que ocorra a síntese protéica é necessária a presença da insulina, estudos indicam que o efeito da insulina na síntese protéica muscular esteja relacionado a potencialização de tradução de proteínas. Contudo, a insulina de modo isolado não é suficiente para estimular a síntese protéica muscular, sendo necessária a ingestão de proteínas ou de aminoácidos.

A administração oral de ACR produz ligeiro e transitório aumento na concentração de insulina sérica, fato que estimula a síntese protéica induzida por este aminoácido.  

A sugestão de suplementação com o BCAA é indicada pelo fato de que quando os carboidratos já se encontraram desfragmentados, durante a atividade física de alta performance, esses aminoácidos contribuem para disparar efeito de conversão de alanina, que é um outro aminoácido, em glicose no fígado.

Outro benefício refere-se ao controle da serotonina, que é um neurotransmissor sintetizado a partir de triptofano, que é um aminoácido. Excesso de BCAA diminui a oferta de triptofano para o cérebro e então ocorre uma competição entre ACR e triptofano para entrada na barreira hematoencefálica, quem estiver em maior concentração entrará na barreira. Com isso diminui a produção de serotonina, que leva a fadiga central, aumentando assim o tempo de exercício até os primeiros sinais de fadiga

Outros possíveis resultados com o uso de suplementação de BCAA
·                     Promover anabolismo protéico muscular;
·                     Melhorar a imunocompetência;
·                     Diminuir o grau de lesão muscular induzido pelo exercício físico;

Contra-indicações e efeitos colaterais

Redução de glicogênio muscular e diminuição dos estoques de energia causam a oxidação intramuscular dos ACR, com isso diminui concentração plasmática destes aminoácidos, aumentando o triptofano livre na corrente sanguínea, o que leva ao aumento de serotonina no encéfalo, e consequentemente a fadiga central.

Altas doses de aminoácidos podem gerar sobrecarga no funcionamento do fígado e dos rins. Pessoas com problemas nestes órgãos devem obter liberação médica para seu uso.

Ainda faltam evidências científicas para comprovar os benefícios em humanos, por esse motivo antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, não exite em procurar um profissional da saúde.


Postado por: Bruno Garbini e Danielle Loverri


Fontes consultadas


ROSSI, L. e TIRAPEGUI, J. Aspectos atuais sobre exercício físico, fadiga e nutrição. Rev. paul. educ. fís;13(1):67-82, jan.-jun. 1999.

ROGERO, M. M. E TIRAPEGUI, J. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e exercício físico. Rev. Bras. Cienc. Farm. v.44 n.4 São Paulo out./dez. 2008.

UCHIDA, M. C. et al. Consumo de Aminoacidos de Cadeia Ramificada nao Afeta o Desempenho de Endurance. Rev Bras Med Esporte – Vol. 14, No 1 – Jan/Fev, 2008.






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