O Brasil possui uma biodiversidade ainda desconhecida e inexplorada, sendo que o Cerrado brasileiro possui cerca de 6200 espécies de plantas nativas, sendo muitas dessas espécies frutíferas, tradicionalmente utilizadas pela população local tanto “in natura” como na forma de sucos, licores, sorvetes, geléias e outros doces. Os frutos têm elevados teores de açúcares proteínas, minerais, vitaminas e carotenóides, porém são pouco conhecidos e pouco estudados.
Conheça alguns deles e suas qualidades:
Conheça alguns deles e suas qualidades:
Pequi

Fruta de coloração amarelo, rico em calorias, lipídios, proteinase, principalmente, beta-caroteno. É muito apreciado na região Centro-Oeste, sendo utilizado no arroz, com galinha, em cozidos, doces e licores. Entre os minerais encontrados, possui cálcio, magnésio e fósforo que, segundo estudos, são resistentes ao calor.
Baru

Fruto castanho com amêndoa e polpa comestíveis. Rico em calorias, 100g apresenta em torno de 600 kcal. Possui bastante cálcio, sendo considerado fonte para crianças. Também é rico em ácido fítico e tanino, que reduzem a biodisponibilidade dos outros minerais encontrados neste fruto, porém estes compostos podem atuar como poderosos antioxidantes. Além disso, o baru é rico em proteínas (26g/100g) e lipídios (41g/100g), sendo a maior parte ácidos graxos mono e poliinsaturados, com uma relação de proporção ideal dos ômega 3 e ômega 6. A amêndoa torrada tem sabor parecido com o do amendoim.
Araticum

Fruta semelhante à pinha. Muito apreciada em receitas doces e bebidas. É rica em cobre e possui quantidade razoável de magnésio e também é fonte de carotenóides e vitamina C.
Buriti

Fruto castanho-avermelhado, coberto por escamas, com polpa marcadamente amarela. Possui 117 kcal em 100g e é rica em beta-caroteno. Um estudo com suplementação desta fruta verificou a recuperação de crianças com hipovitaminose A. Aproveita-se a polpa geralmente para doces e geléias.
Bocaiúva

Fruta amarelo-castanha com polpa branca e amarelada, rica em carboidratos e lipídios, possuindo valor calórico de 168 kcal em 100g. Além disso, também é fonte de cobre, zinco, potássio e, principalmente, de beta-caroteno. Pode ser consumido “in natura”, na forma de geléias, doces, sorvetes.
Postado por: Marcelle Comenale
Fontes consultadas:
FREITAS, Jullyana Borges; NAVES, Maria Margareth Veloso. Composição química de nozes e sementes comestíveis e sua relação com a nutrição e saúde. Rev. Nutr., Campinas, v. 23, n. 2, Apr. 2010 .
LIMA, et al. Qualidade microbiológica, aceitabilidade e valor nutricional de barras de cereais formuladas com polpa e amêndoa de baru. B.CEPPA, Curitiba, v. 28, n. 2, p. 331-343, jul./dez. 2010
GONCALVES, Gilma Auxiliadora Santos et al . Qualidade dos frutos do pequizeiro submetidos a diferentes tempos de cozimento. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 35, n. 2, Apr. 2011 .
RAMOS, et. al. Qualidade nutricional da polpa de bocaiúva Acrocomia aculeata (Jacq.). Lodd. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(Supl.): 90-94, dez. 2008
AGOSTINI-COSTA, T.; VIEIRA, R.F. Frutas nativas do cerrado: qualidade nutricional e sabor peculiar. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
AVIDOS, M.F.D.; FERREIRA LT. Frutos do Cerrado: preservação gera muitos frutos. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento, ano.3, n.3, Jul-Ago, 2000.
MARIN, Alinne Martins Ferreira. Pontencial nutritivo de frutos do cerrado: composição em minerais e compnentes não convencional. 2006. 121 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário