
Estudos têm observado os efeitos do exercício e do treinamento sobre o sistema imune de atletas de elite, os quais apresentam grande incidência de infecções durante períodos de treinamento intenso e prolongado.
Os mecanismos fisiológicos responsáveis pelas alterações sobre o sistema imune induzido pelo exercício são influenciados pelo aumento da concentração de catecolaminas e glicocorticóides no plasma. O exercício tem grande efeito sobre o metabolismo de zinco, através da mobilização dos estoques corporais e da excreção aumentada desse mineral, fato que pode influenciar o sistema imunológico que é dependente de zinco, sendo este um co-fator de mais de 300 enzimas.
Atletas que restringem ingestão dietética podem exacerbar os efeitos do exercício sobre a homeostase de zinco. A suplementação pode ser benéfica em situações de exercício intenso e prolongado.
Porém, dosagens elevadas, acima das recomendadas internacionalmente – Dietary Reference Intakes (DRI) – têm acarretado efeitos adversos. Poucos estudos têm verificado os efeitos da suplementação de zinco sobre o sistema imunológico de atletas.
O zinco é amplamente encontrado em alimentos de origem animal, ligado às proteína s . Nozes e leguminosas são consideradas fontes relativamente boas de zinco, cereais são fontes pobres deste mineral. A recomendação dietética diária de zinco para adultos é de 8 mg.d .para mulheres e 1 1 m g . de para homens .Os níveis de ingestão toleráveis para adultos são de 40 mg.d, valor baseado na redução da ativid a d e d a e n z ima cobre - zinco superóxido dismutase (Institute of Medicine, 2001). A dosagem para reverter deficiência de zinco deve ser a dapdados às recomendações atuais, para evitar efeitos negativos sobre o sistema imune (Rink e Kirchner, 2000).
A suplementação de zinco pode ser benéfica em situações de treinamento intenso e prolongado, com o objetivo de minimizar os efeitos do exercício. No entanto, a suplementação deve ser bem supervisionada e não podem ser recomenda das doses excessivas (acima de 40 mg.d por período prolongado, o que tem acarretado efeitos adversos sobre a imunida -de, o estado de cobre e o metabolismo de lipoproteína de alta densidade , prejudicando o desempenho físico e a qualidade de vida de atletas.
Postado por Cláudia Siminato e Keite Lago
Referências
ANDERSON, R. A. et al. Acute Exercise Effects on Urinary Losses and Serum Concentrations of Copper and Zinc of MODERATELY trained and Untrained Men Consuming a Controlled Diet. Analyst, v. 120, n. 3, p. 867-70, Mar. 1995.
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BONHAM, M. et al. The Immune System as a Physiological Indicator of Marginal Copper Status? Br J Nutr., v. 87, n. 5, p. 393-403, May 2002.
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