segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ALIMENTOS FUNCIONAIS



Nutrientes são necessários para o desenvolvimento e crescimento normais dos indivíduos. Mas não é somente para todas essas necessidades, é preciso também, proteger os indivíduos contra os riscos por agressões genéticas e do meio ambiente, incluindo os hábitos alimentares, reduzindo riscos que poderiam ser minimizados ou,
protelados, através de uma nutrição preventiva, iniciada logo após o desmame e  continuada ao longo de toda a vida. Obviamente, que não se proíbe o consumo de alimentos menos recomendados, mas é necessária moderação.
É neste ponto que outros componentes dos alimentos, não somente os nutrientes tradicionais devem também, fazer parte da alimentação. Estes compostos dos alimentos que existem em alimentos e que não são os nutrientes clássicos, mas apresentam propriedades funcionais benéficas, além dos efeitos tradicionais dos nutrientes, devem ser consumidos normalmente.

OSTEOPOROSE E SOJA
As terapias de tratamento e prevenção de osteoporose em mulheres pós-menopausa incluem reposição hormonal. Estes tratamentos são discutíveis pelo aumento de risco de câncer de mama, e mesmo que estes efeitos não tivessem sido completamente comprovados, observou-se que a substituição deste tratamento com isoflavonas da soja teve resultados bem promissores na redução da perda óssea. Isto ocorre, pois as isoflavonas, especialmente certos tipos destas, na forma de agliconados, apresenta efeito de fito-hormônio, ou seja, estes compostos atuam como estrógenos, porém, sem os possíveis efeitos colaterais destes. Isto ocorre, pois a isoflavona entra nos locais receptores de estrógenos e atuam como estes, conhecidos pois, como fitoestrógenos. Em mulheres pós-menopáusa tratadas com 80 mg de isoflavona isolada de soja/dia, houve diminuição significativa da perda óssea lombar.

ÁCIDO OLÉICO - ASPECTOS PROTETORES
A dieta mais recomendada como saudável para as populações, principalmente com a meta de reduzir a prevalência de enfermidades cardiovasculares, é a consumida rotineiramente por populações da região do Mediterrâneo, especialmente da década de 1960-70. Hoje, por vários motivos, houve diversas modificações para uma escolha de alimentos menos saudáveis. O denominador comum da chamada dieta do Mediterrâneo é: maior ingestão de frutas e verduras, com consumo de vinho tinto e azeite de oliva.
Estes elementos foram recomendados às populações como mais saudáveis e preventivos. Muitos estudos comprovaram os efeitos benéficos do consumo moderado de vinho tinto, não vinho branco ou álcool, na efetiva redução da oxidação do LDL-colesterol (que é a forma que abre as portas a processos de aterosclerose). O mesmo perfil foi correlacionado ao consumo do azeite de oliva, atribuído ao seu conteúdo de ácido oléico.
O ácido oléico é um ácido graxo monoinsaturado, que foi por muito tempo, considerado fundamental pelas propriedades benéficas na redução da oxidação do LDL-colesterol, a forma aterogênica. Outros óleos, também monoinsaturados, poderiam ter as mesmas qualidades protetoras, mas parece que não é bem assim. O azeite extraído de olivas contem o ácido oléico, mas também outros compostos destas sementes e ainda, dependendo do processamento para a obtenção do óleo, outros fatores podem interferir.
O azeite extra virgem é o único que não é extraído por solventes, mas é obtido por compressão da oliva a frio, o que não altera a natureza da semente.
Este azeite, no amadurecimento, conserva melhor seus componentes, entre os quais, os polifenóis agliconados, característicos pelo odor do azeite.
No entanto, quando o processamento inclui o uso de solventes (azeites refinados), boa parte destes compostos fenólicos são perdidos. Isto ocorre também quando o azeite é alcalinizado para reduzir acidez.
Portanto, os efeitos benéficos do azeite de oliva irão depender do uso do óleo extra virgem, especialmente por seu conteúdo de polifenóis e com os seguintes efeitos principais: 1. potente inibidor de radicais livres; 2. inibidores da oxidação de LDL-colesterol; 3. inibidores de agregação plaquetária; 4. antitrombóticos.
Este trabalho demonstra que os efeitos protetores do azeite de oliva estão correlacionados ao seu conteúdo de ácido graxo monoinsaturado, mas especialmente aos compostos bioativos contidos nele: os polifenóis ativos, funcionais, protegendo a saúde.
E como mensagem: preferir o azeite de oliva não tratado com solventes e refinado, mas o extraído diretamente das sementes.

Postado por: Delma de Paula e Emilyn Figueiredo

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