Nutrientes são necessários para o desenvolvimento e crescimento normais
dos indivíduos. Mas não é somente para todas essas necessidades, é preciso
também, proteger os indivíduos contra os riscos por agressões genéticas e do
meio ambiente, incluindo os hábitos alimentares, reduzindo riscos que poderiam
ser minimizados ou,
protelados, através de uma nutrição preventiva, iniciada logo
após o desmame e continuada ao longo de
toda a vida. Obviamente, que não se proíbe o consumo de alimentos menos
recomendados, mas é necessária moderação.
É neste ponto que outros componentes dos alimentos, não somente os
nutrientes tradicionais devem também, fazer parte da alimentação. Estes
compostos dos alimentos que existem em alimentos e que não são os nutrientes
clássicos, mas apresentam propriedades funcionais benéficas, além dos efeitos
tradicionais dos nutrientes, devem ser consumidos normalmente.
OSTEOPOROSE E SOJA
As terapias de tratamento e prevenção de osteoporose em mulheres
pós-menopausa incluem reposição hormonal. Estes tratamentos são discutíveis
pelo aumento de risco de câncer de mama, e mesmo que estes efeitos não tivessem
sido completamente comprovados, observou-se que a substituição deste tratamento
com isoflavonas da soja teve resultados bem promissores na redução da perda
óssea. Isto ocorre, pois as isoflavonas, especialmente certos tipos destas, na forma
de agliconados, apresenta efeito de fito-hormônio, ou seja, estes compostos
atuam como estrógenos, porém, sem os possíveis efeitos colaterais destes. Isto
ocorre, pois a isoflavona entra nos locais receptores de estrógenos e atuam
como estes, conhecidos pois, como fitoestrógenos. Em mulheres pós-menopáusa
tratadas com 80 mg de isoflavona isolada de soja/dia, houve diminuição
significativa da perda óssea lombar.
ÁCIDO OLÉICO - ASPECTOS PROTETORES
A dieta mais recomendada como saudável para as populações, principalmente
com a meta de reduzir a prevalência de enfermidades cardiovasculares, é a
consumida rotineiramente por populações da região do Mediterrâneo,
especialmente da década de 1960-70. Hoje, por vários motivos, houve diversas
modificações para uma escolha de alimentos menos saudáveis. O denominador comum
da chamada dieta do Mediterrâneo é: maior ingestão de frutas e verduras, com
consumo de vinho tinto e azeite de oliva.
Estes elementos foram recomendados às populações como mais saudáveis
e preventivos. Muitos estudos comprovaram os efeitos benéficos do consumo moderado
de vinho tinto, não vinho branco ou álcool, na efetiva redução da oxidação do
LDL-colesterol (que é a forma que abre as portas a processos de aterosclerose).
O mesmo perfil foi correlacionado ao consumo do azeite de oliva, atribuído ao
seu conteúdo de ácido oléico.
O ácido oléico é um ácido graxo monoinsaturado, que foi por
muito tempo, considerado fundamental pelas propriedades benéficas na redução da
oxidação do LDL-colesterol, a forma aterogênica. Outros óleos, também
monoinsaturados, poderiam ter as mesmas qualidades protetoras, mas parece que
não é bem assim. O azeite extraído de olivas contem o ácido oléico, mas também outros
compostos destas sementes e ainda, dependendo do processamento para a obtenção
do óleo, outros fatores podem interferir.
O azeite extra virgem é o único que não é extraído por
solventes, mas é obtido por compressão da oliva a frio, o que não altera a
natureza da semente.
Este azeite, no amadurecimento, conserva melhor seus
componentes, entre os quais, os polifenóis agliconados, característicos pelo odor
do azeite.
No entanto, quando o processamento inclui o uso de solventes (azeites
refinados), boa parte destes compostos fenólicos são perdidos. Isto ocorre
também quando o azeite é alcalinizado para reduzir acidez.
Portanto, os efeitos benéficos do azeite de oliva irão depender
do uso do óleo extra virgem, especialmente por seu conteúdo de polifenóis e com
os seguintes efeitos principais: 1. potente inibidor de radicais livres; 2.
inibidores da oxidação de LDL-colesterol; 3. inibidores de agregação
plaquetária; 4. antitrombóticos.
Este trabalho demonstra que os efeitos protetores do azeite de oliva
estão correlacionados ao seu conteúdo de ácido graxo monoinsaturado, mas
especialmente aos compostos bioativos contidos nele: os polifenóis ativos,
funcionais, protegendo a saúde.
E como mensagem: preferir o azeite de oliva não tratado com solventes
e refinado, mas o extraído diretamente das sementes.
Postado por: Delma de Paula e Emilyn Figueiredo
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