sexta-feira, 12 de abril de 2013

Hormônio do Crescimento (hGH): Benefícios e Efeitos Colaterais




         A primeira descrição do uso do hormônio do crescimento (hGH) em adultos foi feita em 1962. Desde então tem crescido o interesse sobre a importância fisiológica do hGH no adulto. Sua secreção é controlada por dois fatores secretados no hipotálamo: hormônio de liberação do hormônio do crescimento (GHRH) e o hormônio de inibição do hormônio do crescimento (GHIH ou somatostatina). 

       A secreção diária de hGH é ligeiramente aumentada em crianças, sobe ainda mais durante o período da puberdade e depois declina em níveis adultos. A redução tardia adicional da secreção de hGH em resposta ao GHRH e a outros estímulos ocorre com o envelhecimento, podendo ser parcialmente responsável pelo declíneo da massa corporal magra e da taxa metabólica bem como pelo aumento da massa adiposa.

        O principal fator de controle da secreção da hGH a longo prazo é o estado nutricional dos tecidos, ou seja,o nível de nutrição protéica. A necessidade excessiva de proteínas celulares pelos tecidos como após um período de exercício intenso, promovem um aumento na secreção de hGH. O exercício físico intenso tem a capacidade de aumentar a produção de hGH em até 50 vezes

      Na noite após a uma sessão de exercícios físicos de moderada intensidade a liberação de hormônios continua a ocorrer, pois 75% da sua produção ocorrem durante o sono profundo, sendo que sofre uma diminuição na primeira fase e um aumento na segunda fase do sono.

     Segundo estudos realizados, durante o exercício físico constante a liberação do hGH é estimulada e, além disso, a quantidade deste hormônio liberada é tanto maior quanto mais intenso for o exercício. O hGH tem um papel importante sobre os efeitos do exercício físico, onde a sua liberação promove:
  • Redução do catabolismo protéico;
  • Oxidação da glicose, mobilizando ácidos graxos livres do tecido adiposo a fim de gerar energia;
  • Promove aumento da massa muscular;
  • Aliado na diminuição dos sinais de envelhecimento.

    
       Contudo, estudos mostram que os efeitos do hGH em indivíduos deficiente do hormônio não são iguais aos de indivíduos saudáveis. Além disso, o aumento do peso corporal relatado em diversos trabalhos pode ser pelo fato de o hGH promover efeito antidiurético, onde há retenção de sódio, e conseqüentemente, água. Ou seja, o aumento seria nada mais do que retenção de líquido, não massa muscular.

     Já no metabolismo lipídico, as catecolaminas e insulina promovem a regulação hormonal, onde o hGH aumenta a concentração de glicerol e ácidos graxos, aumentando a degradação dos lipídios dos tecidos. Por outro lado, a redução de hGH promove acúmulo de gordura nos tecidos, observado em indivíduos deficientes do hormônio. Dessa forma, vários estudos indicam que o hGH tem grande efeito positivo na redução da quantidade de gordura corporal.

      O uso do GH antes da prática de atividade física caracteriza dopping . O uso de GH está associado a inúmeros efeitos colaterais. Acredita-se que, quando os indivíduos utilizam doses 10 vezes maiores do que as usadas como reposição hormonal em indivíduos deficientes, esses efeitos podem se apresentar:
  • Crescimento inespecífico de todos os órgãos; 
  • Alargamento facial (nariz, orelhas e língua); 
  • Aumento do tamanho de mãos, pés, queixo, mandíbula; 
  • Diabetes e doenças tiroidianas; 
  • Impotência; 
  • Desordens menstruais.

       Existem ainda relatos de que o abuso na utilização de GH promove engrossamento e aumento da aspereza da pele, produzindo um quadro denominado “epiderme de elefante”. Finalmente, outros autores alertam para o fato de que a combinação de efeitos colaterais do abuso do GH, como o diabetes, o aumento do coração (cardiomegalia) e a hiperlipidemia, certamente contribui para a redução do tempo de vida do indivíduo.

       Portanto, partindo do ponto de que o uso do hGH pode acarretar benefícios e efeitos colaterais,é importante a consulta com um Nutricionista,para avaliar se esta suplementação é necessária, já que cada organismo é único.


Postado por: Dayane Oliveira Fiuza

Referência:

CRUZ, Fabiane Felippsen da et al. Relação do exercício físico com o hormônio do crescimento. Efdeportes, Novo Hamburgo, n. 151, 01 dez. 2010.




Um comentário:

  1. Obrigado pelo texto esclarecedor. Estou procurando por mais informações sobre o GH pra atualizar minha página sobre o assunto. É uma terapia que apresenta benefícios e problemas. Tudo tem de ser muito bem dosado.

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