As alterações no estilo de vida da mulher contemporânea, advindas
do aumento de sua participação no mercado de trabalho, também têm
provocado aumento na incidência de
doenças, como as cardiovasculares,
onde se incluem as doenças coronarianas, enfarte e outras.
A indústria de alimentos e, principalmente, a de suplementos nutricionais estão redefinindo o foco e o direcionamento de suas linhas de produtos para oferecer ao mercado ingredientes e produtos inovadores que, além da função nutricional, proporcionem uma vida saudável e previnam diversos tipos de doenças. Veja como A combinação de uma dieta saudável com nutrientes apropriados e suporte natural podem facilitar a travessia destas mudanças e transformações (que ocorrem desde a puberdade e ainda podem se manifestar na idade avançada) promovendo harmonia metabólica e hormonal.
As alterações fisiológicas mais comuns em mulheres com TPM são a alteração na relação estrogênio e progesterona, níveis elevados de prolactina e aldosterona, hipotiroidismo, redução na eficiência hepática e redução nos níveis de serotonina e endorfina. Adicionalmente, uma dieta rica em vegetais (folhas, frutas, legumes e frutas secas, como nozes e amêndoas), peixes, como atum, cavala e salmão, e linhaça (óleo e sementes), podem aumentar as prostaglandinas antiinflamatórias.
Bactérias probióticas, como acidophilus e bifidus, também podem ser incluídas no tratamento da TPM, tendo em vista seu efeito benéfico à flora intestinal, que responde pelo processo de desintoxicação, juntamente com o fígado.B6 promove níveis saudáveis de neurotransmissores e endorfinas, tendo sido comprovados resultados no alívio de sintomas, como depressão, irritação, retenção de líquidos e inchaços. O magnésio, que é essencial para os ossos, células e formação de proteínas e ácidos graxos, também é considerado como um elemento redutor dos sintomas e corretor de desequilíbrios, devendo ser administrado em conjunto com a vitamina B6. Na área botânica duas ervas são apontadas como indicadas ao alívio dos sintomas da TPM: vitex (Vitex Rotundifolia L.) e hipérico (Hypericum Perfuratum L.). A primeira é considerada como uma das mais importantes para o equilíbrio hormonal feminino.O hipérico, St. John’s wort, em inglês, é comumente utilizado para a depressão, ansiedade e estado nervoso alterado, pois segundo estudos experimentais, sua atividade afeta os níveis de serotonina do cérebro, regulando assim o humor e o comportamento.
Estudos mais antigos preconizam uma dieta rica em alimentos contendo folato (forma natural do
ácido fólico) encontrado em alimentos como suco de laranja, brócolis, amendoim e alimentos à base de
grãos. A recomendação baseia-se no fato de que o ácido fólico desempenha funções importantes na gravidez, auxiliando a gestante na produção
de células sanguíneas adicionais, ajudando no crescimento da placenta e do feto e na produção de DNA novo na multiplicação celular.
O cálcio é outro mineral indicado nesta fase. Um estudo publicado no American
Journal of Obstetrics and Gynecology apontou a suplementação de cálcio na gravidez como eficientemente benéfica, tanto para a gestante como para a criança, reduzindo a incidência de eclampsia (pressão alta na gravidez), hipertensão gestacional e outras complicações da gravidez.
Já em relação a vitamina D, estudos mostram que quando transmitida pela mãe, resultou em fortalecimento e melhor desenvolvimento ósseo da criança, reduzindo nesta o risco de uma osteoporose futura.
A vitamina A também acarreta efeitos benéficos. Diversos estudos relacionam seu consumo na gravidez com redução nos riscos de defeitos na criança, havendo, inclusive, indicações de dosagens pela classe médica. Entretanto, uma indicação segura pode ser o consumo de β-caroteno encontrado em vegetais verdes e amarelos, obtendo-se o mesmo efeito positivo da vitamina A sem o risco de toxicidade.
MENOPAUSA
O declínio da fertilidade feminina é marcado pela menopausa, que pode ser definida como a cessação
da hemorragia menstrual, e que pode ocorrer de forma natural, normalmente entre 40 a 58 anos de idade, ou por alguma intervenção, como a remoção dos ovários, ou ainda, por danos aos mesmos provocados por
medicamentos ou quimioterapia.
Na menopausa podem ocorrer sintomas como o fogacho, que causam impacto na qualidade de vida, desde leves desconfortos a condições semelhantes às da tensão pré-menstrual. Novos estudos vem sendo realizados com medicamentos e suplementos com bases herbais (fitoestrógenos), entre eles um que utilizou suplementação com isoflavonas de trevo-dosprados, ou trevo vermelho (Trifolium Pratense L.), red clover em inglês. Os resultados quanto à redução dos sintomas foram significativos, além de também apresentarem benefícios cardiovasculares adicionais, incluindo redução nos níveis de LDL, melhora na flexibilidade arterial e alívio na secura vaginal.
Diversos estudos têm sido conduzidos relacionando o consumo regular de alimentos que contém soja com o alívio, e até mesmo redução significativa, dos sintomas da menopausa. Um destes estudos, realizado com mulheres japonesas, relaciona diretamente o consumo de soja com a redução do fogacho, além de proporcionar um aumento na proteção cardiovascular.
Muitos experimentos e pesquisas estão sendo realizadas para a comprovação da eficácia de cada componente que é considerado como benéfico à saúde feminina.
Postado por: Dayane Oliveira Fiuza
Referências:
Os funcionais para o sexo feminino. Revista Funcionais e Nutracêuticos, nº 01, 2011.
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