A
adição de iodo no sal será reduzido? Qual o motivo?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no dia
16/04/2013, a redução da quantidade de iodo que deve ser adicionada ao sal. A
proposta aprovada reduz a faixa de adição para 15 a 45 miligramas de iodo
para cada quilo de sal. A relação até agora aplicada é de 20 miligramas a 60
miligramas por quilo.Pela estimativa do governo, o brasileiro consome, em
média, 8,2 gramas de sal diariamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), o ideal é que a faixa de iodação fique entre 20 a 40 miligramas para
cada quilo de sal. A resolução passa a valer 90 dias depois da sua publicação
no Diário Oficial da União.
A medida foi aderida por causa da mudança de
hábito alimentar do brasileiro, que passou a consumir mais sal nos últimos
anos. No entanto, o que faz mal à saúde não é o iodo, e sim o sal. A falta de
iodo tem efeitos graves em várias fases da vida, desde a formação fetal até a
vida adulta. Há falta de embasamento científico para a adoção destas medidas.
As campanhas devem ser realizadas para redução do consumo de sal?
Há necessidade, sim, de campanhas de redução do consumo de sal, inclusive com
relação ao excesso do uso de produtos industrializados e embutidos, que
apresentam alta concentração de sal. Entretanto, a medida de reduzir a proporção
de iodo poderá causar deficiência, quadro comum no passado, em regiões
endêmicas no Brasil.
Por que o iodo deve ser adicionado ao sal?
O iodo vem sendo adicionado ao sal de cozinha no Brasil desde 1953, como
medida de erradicação do bócio endêmico. Tal medida é defendida em todo mundo
pela Organização Mundial da Saúde e pelo ICCIDD (International Council for
the Control of Iodine Deficiency Disorders) e é uma das mais eficazes para
combater este verdadeiro flagelo da humanidade que é o cretinismo, o retardo
mental endêmico causado pela falta de iodo intrauterina.
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terça-feira, 11 de junho de 2013
O Perigo da Medida de Redução do Iodo no Sal
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