quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Fome e saciedade, fatores determinantes da obesidade

A prevalência da obesidade vem aumentando no decorrer dos anos, tornando-se um problema de saúde pública que atinge tanto os países desenvolvidos como os países em desenvolvimento.

Tal fato deve-se à grande associação existente entre o excesso de gordura corporal e o aumento de morbimortalidade, pois essa condição aumenta o risco de se desenvolver doença arterial coronariana, hipertensão arterial, diabetes tipo II, doença pulmonar obstrutiva, osteoartrite e certos tipos de câncer.























O peso corporal é determinado pelo gasto energético de um indivíduo em um determinado período de tempo, este balanço energético é determinado pela ingestão de macronutrientes, pelo gasto energético e pela termogênese dos alimentos.

Existem vários fatores que influenciam o surgimento e manutenção da obesidade, interferindo na regulação da ingestão de alimentos e no armazenamento de energia.

Abaixo você poderá conhecer estes fatores no detalhe:

·         Fatores neuronais

O controle da ingestão de nutrientes, o gasto energético e o apetite são funções realizadas pelo sistema nervoso corporal, havendo estímulos que induzem a sensação de fome e os que inibem o apetite.

Os neurônios que expressam essas sensações são neuropeptídeos que interagem uns com os outros e com sinais periféricos (como a leptina, insulina, grelina e glucocorticóides) e atuam na regulação do controle alimentar e do gasto energético.

·         Fatores endócrinos e adipocitários

Alguns hormônios são liberados no organismo para proporcionar a sensação de saciedade, quando a ingestão alimentar já é suficiente para repor o gasto energético do período em que o indivíduo esteve sem alimentar-se. Estes hormônios são chamados leptina e insulina

A leptina atua na promoção da sensação de saciedade e regula o balanço energético, mas, quando há altas concentrações deste hormônio, este processo não ocorre, em razão da resistência corporal que acaba limitando seu efeito anoréxico.

Já a insulina é produzida no pâncreas e, assim como a leptina, sua concentração sérica é proporcional à adiposidade corpórea do indivíduo. Diferente da leptina, seus estímulos tem o efeito contrário, aumentando a captação de glicose e a queda da glicemia, fazendo com que haja o aumento do apetite, além disso, também atua inibindo o esvaziamento gástrico, promovendo uma sensação de saciedade prolongada.

Indivíduos obesos têm elevadas concentrações de insulina e leptina. A administração destes hormônios não é alternativa viável de tratamento, justamente em função da resistência que é resultante de altas concentrações séricas. Além disso, a insulina tem o efeito de aumentar a captação de glicose e lipídeos, levando à queda da glicemia e à consequente fome rebote, favorecendo o aumento dos estoques de gordura.

·         Fatores intestinais

A absorção, ou mesmo a presença de alimento no trato gastrintestinal contribui para modulação do apetite e para regulação de energia.

Existem várias células no trato gastrointestinal que atuam em conjunto com outros sinais para o processo digestivo e na regulação da fome e da saciedade, são estas, determinantes importantes na regulação entre fome e saciedade.

Postado por Ingrid M. de Souto e Nivalda Oliveira

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