A terapia de reposição hormonal é recomendada para o alivio dos sintomas vasomotores e prevenção de osteoporose. Apesar das conhecidas vantagens, aproximadamente 70% das mulheres cessam o tratamento após o primeiro ano. Uma das principais causas da baixa aderência á TRH e o sangramento irregular. Outras razões incluem mastalgia, náusea, cefaleia, ganho de peso e retenção hídrica, além do medo de câncer de mama. Este efeito tem desencadeado reservas em algumas mulheres, que optam por formas naturais de tratamento. Além disso existem mulheres que a TRH está contra indicada, havendo pouco a se oferecer para o alivio dos sintomas climatéricos.
Os fitoestrogênios ocorrem naturalmente em alguns vegetais, sendo estrutural e funcionalmente similares ao estradiol. Existem quatro classes principais: as isoflavonas, encontradas na soja e seus derivados, os lignanos, nos cereais integrais e oleaginosas, os flavonoides, em algumas frutas e legumes, e os cumestranos, nos brotos de feijão e alfafa. Os fitoestrogênios com maior ação estrogênica são as isoflavonas, são compostos não esteroides, que se ligam fracamente com o receptor de estrogênio. Apresentam ação seletiva, exibem atividade estrogênica em alguns tecidos e antiestrogênica em outros.
Há evidencias de que a isoflavona diminui a intensidade e a frequência dos sintomas vasomotores em mulheres na menopausa. Menos de 20% de mulheres japonesas apresentam onda de calor.
A dieta rica em soja parece ser benéfica também para o sistema cardiovascular.
Após a ingestão, ocorre complexo mecanismo enzimático de conversão no trato gastrointestinal. Decorrente deste fator as concentrações dos diferentes metabólitos dos fitoestrogênios e seus efeitos clínicos tem variações individuais mesmo quando controlada a quantidade de isoflavona administrada, sendo difícil estabelecer uma dose ideal. A recomendação é de 20 a 100 mg /dia.
Postado por: Carolina Barsotti
Referencia Bibliográfica: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v25n5/16819.pdf
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