quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Labirintite: questões importantes


O que é a labirintite? É um termo impróprio, mas comumente usado, para designar uma afecção que pode comprometer tanto o equilíbrio quanto a audição, porque afeta o labirinto, estrutura do ouvido interno constituída pela cóclea (responsável pela audição) e pelo vestíbulo (responsável pelo equilíbrio).

O que provoca? Processos inflamatórios, infecciosos e tumorais, doenças neurológicas, compressões mecânicas e alterações genéticas podem provocar crises de labirintopatias e vestibulopatias, entre elas a labirintite.

Quais são os fatores de risco? Hipoglicemia, diabetes, hipertensão, otites, uso de álcool, fumo, café e de certos medicamentos, entre eles, alguns antibióticos, anti-inflamatórios, estresse e ansiedade.

Como é feito o diagnóstico? Avaliação clínica e o exame otoneurológico completo são muito importantes para estabelecer o diagnóstico da labirintite. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética, assim como os testes labirínticos, podem ser úteis para fins diagnósticos.

Quais são as manifestações? Além da vertigem, a labirintite pode apresentar manifestações neurovegetativas. Ou seja, na fase aguda, a labirintite pode ser acompanhada por náuseas, vômitos, sudorese e até por alterações gastrintestinais. Ela pode também estar associada a manifestações auditivas, como perda de audição, sensação de plenitude auditiva (sensação de ouvido cheio ou tapado), zumbido. Trata-se de manifestações audiovestibulares que podem acompanhar a crise de vertigem, embora nem isso nem o inverso sempre aconteçam.

O álcool  pode desencadear manifestações? O álcool quando ingerido em doses um pouco maiores, deixa o indivíduo tonto, com alterações vestibulares. São reflexos da ação do álcool sobre o labirinto por causa da hipotensão que ele acarreta dentro das estruturas do vestíbulo.

Qual a relação entre crises de labirintite e idade? A labirintite incide mais na idade adulta, a partir dos 40 ou 50 anos, decorrente de alterações metabólicas e vasculares. Níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias, alterações essas que diminuem a quantidade de sangue nas áreas do cérebro e do labirinto.

Como agem os medicamentos usados para tratar labirintite? Há vários tipos de medicamentos que são usados para tratar a labirintite. Há os vasodilatadores que facilitam a circulação sanguínea, porque melhoram o calibre dos vasos muitas vezes reduzido pelas placas de ateromas. Existem os labirintossupressores, drogas que suprimem a tontura através de sua ação no sistema nervoso. Existem, ainda, aqueles que atuam sobre outros sintomas, suprimindo a náusea, o vômito e o mal-estar.

Além do estresse, quais outros fatores interferem nas crises? A parte psíquica e emocional é muito importante, assim como certos fatores alimentares. Geralmente, em indivíduos pré-diabéticos, o excesso de açúcar está relacionado com crises subentrantes por causa da hipoglicemia. Bebidas gasosas que contenham quinino também podem desencadear zumbido no ouvido, por exemplo.

As crises podem ter alguma relação com a prática de exercícios físicos?  Exercício físico provoca um desgaste, pois queima muitas calorias. Se a pessoa fizer exercício sem um preparo prévio adequado, por exemplo, sem ingerir alimentos que mantenham a taxa de glicose no sangue em bom nível, em decorrência da hipoglicemia pode ter queda de pressão, alterações no sistema vestibular, tontura, mal-estar e desequilíbrio.

Quais são as recomendações para a alimentação? Uma dieta extremamente leve constituída por alimentos fáceis de digerir e líquidos à vontade. E também medicamentos para controlar náuseas e vômitos, a fim de que o indivíduo consiga alimentar-se.


Identificado o elemento causador da labirintite, o tratamento cura as pessoas? Identificada a causa e estabelecido o tratamento adequado, a doença desaparece. Quando a causa não é evidente, é preciso ficar atento, fazer alguns exames e não deixar de fazer o diagnóstico, pois existem doenças no sistema nervoso central que podem provocar manifestações no labirinto. Entre elas destacam-se esclerose em placas, tumores no nervo auditivo, no cerebelo e nas áreas do tronco cerebral, além de doenças imunológicas.


Fonte: http://drauziovarella.com.br/letras/l/labirintite/
            http://drauziovarella.com.br/letras/l/labirintite-2/
Por: Laís R.R. Oliveira

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