sábado, 4 de março de 2017

Whey x Veggie protein

A proteína é o macronutriente mais importante para o corpo humano e uma alimentação rica em proteínas é capaz de exercer efeitos benéficos sobre a composição corporal e, principalmente, sobre o nosso metabolismo.
Estudos recentes mostram que ter uma alimentação rica em proteínas está relacionado com a redução do estresse oxidativo, com a manutenção da massa muscular, a diminuição da prevalência da obesidade, a melhora da resistência à insulina, a diminuição da hemoglobina glicada, a diminuição do risco cardiovascular e até com a melhora imunológica.

O whey protein, ou proteína do soro do leite, foi considerado um resíduo pela indústria de laticínios por décadas. Mas felizmente o seu potencial como suplemento está sendo reconhecido nas últimas décadas. O soro de leite contém 15 a 20% de proteínas totais do leite, com alta qualidade nutricional e de rápida absorção. Essa proteína do soro do leite é globular com os seguintes componentes principais: beta-lactoglobulina (35-65%), alfa-lactoglobulina (12-25%), imunoglobulinas (8%), albumina (5%) e a lactoferrina (1%).
O whey protein é, também, uma fonte rica de aminoácidos de cadeia ramificada: leucina, isoleucina e valina (BCAA) e outros aminoácidos essenciais como a cisteína (o precurssor da glutationa um potente antioxidante). A leucina é, também, um dos aminoácidos mais abundantes do whey protein e desempenha um papel fundamental na regulação da síntese de proteínas musculares.

Nos últimos anos houve um enorme crescimento na venda e no consumo dos suplementos a base de proteínas de origem vegetal (veggie protein). Até pouco tempo, escassas evidências científicas demonstravam que a ingesta regular desses suplementos poderia ter um benefício semelhante ao consumo do whey protein.
No entanto, recentemente novos ensaios clínicos mostram que os suplementos proteicos vegetais parecem possuir qualidades equivalentes a proteína do soro do leite. Um exemplo é o estudo randomizado, duplo-cego e controlado de Babault et al publicado em 2015 no Journal of the International Society of Sports Nutrition, onde 161 homens, entre 18 e 35 anos praticantes de musculação foram divididos em três grupos que foram acompanhados por 12 semanas. No primeiro grupo, 53 indivíduos receberam suplementação com proteína da ervilha (veggie protein). No segundo grupo, 54 indivíduos receberam suplementação com proteína do soro do leite (whey protein). Já no terceiro grupo 54 indivíduos receberam o placebo. 

Os resultados mostraram um significativo aumento da espessura muscular em ambos os grupos com a suplementação proteica (whey ou ervilha) em comparação com o grupo placebo. Esse estudo é interessante, pois apesar dos resultados benéficos similares entre as proteínas (animal e vegetal) a composição dos aminoácidos em ambas as fontes proteicas é completamente diferente. Por exemplo, 100g de whey possui 8,6g de leucina. A proteína da ervilha possui uma quantidade menor de 6,4g. Ao contrário, a ervilha possui 6,6g de arginina enquanto que o whey tem apenas 2,1g. 
Vale ressaltar que existem inúmeras evidências científicas para o uso do whey ao contrário das proteínas de origem vegetal, onde os estudos são escassos. No entanto, como esse estudo demonstra, ambas as fontes proteicas parecem ser benéficas para o ganho muscular. 






Os benefícios dos suplementos de proteína são comprovados por diversos estudos para ganho de massa muscular, no tratamento da obesidade e da síndrome metabólica e na prevenção da perda muscular excessiva relacionada ao envelhecimento. Mas vale ressaltar que a suplementação não deve substituir alimentos e as doses devem ser sempre individualizadas. Por isso a avaliação e o acompanhamento com o nutricionista é fundamental para indicar as melhores opções do mercado e para se obter apenas os benefícios nutricionais da suplementação.


Tenha sempre equilíbrio e coerência nas suas escolhas.



Fonte: EuAtleta.com/Guilherme Renke

Publicado por: Mayara Alves Terra


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