A síndrome metabólica, também conhecida como síndrome X, quarteto mortal ou síndrome plurimetabólica, é caracterizada pelo agrupamento de fatores de risco, como hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes, dislipidemia e obesidade.
Todos sabemos que a prática regular de atividade física apresenta efeitos benéficos na prevenção e tratamento de diversas doenças, estudos também demonstram também esses benefícios na síndrome metabólica.
Um dos motivos que incentiva a inclusão da atividade física nessa síndrome é o fato que maioria das pessoas consegue aumentar seu metabolismo 10 vezes mais que durante o repouso, em exercícios como caminhadas rápidas, corridas e natação.
No caso da obesidade em que é necessário que o gasto de energia seja maior que o consumo energético diário, o aumento na quantidade de atividade física praticada e reeducação alimentar, é o melhor tratamento.
Em relação a sensibilidade à insulina, outros estudos dizem que o benefício do exercício físico é demonstrado em apenas uma única sessão com um possível aumento da disposição de glicose mediada pela insulina. Estudos de intervenção também demonstram claramente que a prática regular de atividade física é eficaz para a prevenção e controle dodiabetes do tipo 2.
O nível de atividade física diária também está associado a menores níveis de pressão arterial em repouso. A prática regular tem mostrado prevenir o aumento da pressão arterial associado à idade, mesmo em indivíduos com risco aumentado de desenvolvê-la, o que pode diminuir substancialmente o risco de doenças e mortes associadas à hipertensão.
Pessoas hipertensas têm sido desencorajadas a realizar exercícios de força devido ao receio destes causarem um evento agudo no coração e no cérebro. Porém, estudos não documentaram malefícios sobre a pressão sanguínea de repouso com esses exercícios, sugerindo que os hipertensos não devem evitar sua prática, pois ela proporciona grandes benefícios para a qualidade de vida, principalmente nos idosos.
Sobre o perfil de lipídeos na síndrome metabólica, apesar dos estudos serem escassos, é provável que o exercício físico seja eficiente em sua melhora, considerando os benefícios já citados e o fato de que o mesmo amplia a habilidade do tecido muscular de consumir gordura.
É importante salientar que nenhuma dessas doenças impede a participação do paciente em programas de atividade física, porém elas influenciam na modalidade e intensidade do exercício a ser prescrito.
A realização de pelo menos 30 minutos de atividade física (podendo ser formal ou de lazer), realizada na maioria dos dias da semana (de preferência todos) tem sido proposta para a manutenção da saúde e prevenção de uma grande variedade de doenças crônicas.
Lembrando que: antes de iniciar um programa de atividade física, qualquer pessoa deve passar por uma avaliação da história clínica recente. Aquelas com síndrome metabólica recomenda-se a realização de teste ergométrico para avaliação cardiovascular, já pessoas com diabetes do tipo 2 devem realizar exames mais específicos além de tomar cuidado com os pés e a glicemia durante a atividade. Também deve-se dar atenção para o controle da hidratação antes de iniciar e durante a sessão de exercício.
Referências
CIOLAC, E. G. ; GUIMARÃES, G. V. Exercício físico e síndrome metabólica. Rev Bras Med Esporte, v. 10, n. 4, p. 318-324, Jul/Ago, 2004
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