A população de idosos vem crescendo mundialmente, assim,
resultando em uma importante transição demográfica. Estima-se que, em 2050, o
número total de idosos chegue a 2 bilhões de pessoas, correspondendo a 22% da
população global. Há muito tempo, o envelhecimento tem sido associado
primordialmente ao declínio de funções biológicas e cognitivas, todavia estudos
recentes mostram a existência de diversos padrões de envelhecimento,
evidenciando um processo individual e heterogêneo, que é influenciado por
fatores endógenos e exógenos.
Muito se tem discutido sobre as condições de vida na terceira
idade, bem como os aspectos relacionados a essa faixa etária. Frente a isso,
surgiu um novo termo na gerontologia: a velhice saudável, que apresenta fatores
positivos a uma senilidade bem-sucedida, como autonomia, independência e o
envolvimento ativo com a vida, a família, os amigos, o lazer e a sociedade. No
processo, também, inclui-se a atividade, termo que abrange a prática de
exercícios físicos e mentais, individuais e grupais.
De acordo com a Organização
Mundial de Saúde, a prática regular de atividade física pode prevenir e
minimizar problemas relacionados ao envelhecimento. Em idosos, também,
observa-se melhora significativa na reabilitação de doenças osteoarticulares e
respiratórias.
Por sua vez, o exercício
aeróbio mostra-se como importante fator de prevenção de doenças
cardiovasculares, além de favorecer o processo de síntese de massa muscular,
aumento da força e a melhora do equilíbrio, fundamental para a melhora da
qualidade de vida em todas as faixas etárias, em especial, para pessoas idosas.
No que se refere à função
cerebral, a prática de atividade física tem sido considerada agente
neuroprotetor contra desordens degenerativas do sistema nervoso central. Além
de ter importante função na redução do risco de doenças neurodegenerativas e
retardar a deterioração cognitiva relacionada com a idade.
No âmbito psicológico, em
indivíduos que se exercitam regularmente, tem sido observada melhora da
autoestima e do bem-estar, além de diminuição do estresse e dos quadros
sintomáticos da depressão.
Frente aos benefícios, tem
crescido a variedade de atividades destinadas a esse grupo, que incluem
exercícios de força, natação, dança, tai-chi-chuan, caminhadas, que são
realizadas em academias, clubes e até mesmo em ambientes abertos, como parques
e praças públicas.
Dada a relevância dos
achados em virtude do impacto positivo da atividade física sobre o
envelhecimento saudável, é fundamental o estímulo à população idosa a essa
prática, uma vez que os benefícios contemplam, além da saúde física, também, a
saúde mental.
Por: Thayná Galvão
FONTES:
ANTUNES, H. K. M. et
al. Exercício físico e função cognitiva: uma revisão. Rev Bras Med Esporte,
Niterói, v. 12, n. 2, p. 108-114, 2006.
BRASIL. Ministério da
Justiça. Dados sobre o envelhecimento no Brasil. Secretaria de Direitos
Humanos. Brasília: DF. Disponível em:
.
Acesso em: 10 de novembro de 2017 às 08:48.
DE VITTA, A. Atividade
física e bem-estar na velhice. In: NERI, A. L.; FREIRE, S. A. E por falar em
boa velhice. Campinas: Papirus, 2000. 134 p.
EVANGELISTA, E. R. et al.
Vida nova no Agita Idoso do Bairro da Paz. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GERIATRIA
E GERONTOLOGIA, 14., 2004, Salvador. Anais... Salvador: Interlinks Consultoria
e Eventos, 2004.
OKUMA, S. S. O idoso e a
atividade física. 6 ed. Campinas: Papirus, 2012, 224 p.
RAHAL, M. A.; ANDRUSAITIS,
F. R.; SGUIZZATO, G. T. Atividade física para o idoso e objetivos. In:
PAPALÉO-NETTO, M. Tratado de gerontologia. São Paulo: Atheneu, 2007. p.
781-794.
Nenhum comentário:
Postar um comentário