terça-feira, 28 de novembro de 2017

Nutrigenômica e atividade física: qual a importância?

A genômica nutricional é uma área que abrange a nutrigenômica, a nutrigenética e a epigenômica nutricional. A nutrigenética estuda como a constituição genética pode influenciar a necessidade de ingestão de nutrientes ou o aumento do risco de DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis). Já a epigenômica nutricional estuda como os alimentos (nutrientes e compostos bioativos) influenciam a expressão gênica. A nutrigenômica estuda como os nutrientes e compostos bioativos (como vitamina D, selênio e quercetina) influenciam a expressão dos genes, sendo que os exercícios físicos também têm sido apontados como influenciadores da expressão gênica. Indivíduos treinados apresentam maior expressão gênica de uma proteína transportadora de glicose, o que indica que o exercício favorece, consequentemente, o aumento do desempenho. 

Pessoas que começam a treinar apresentam uma melhora significativa da capacidade de oxidação de lipídios, pois o músculo treinado aumenta a capacidade dos lipídios como fornecedores de energia por meio da regulação da expressão dos genes. Estudos mostram que atletas de endurance apresentam maior risco de lesão muscular e que a ingestão adequada de vitamina D pode diminuir o risco de lesão por meio da modulação da inflamação. 

Exercícios de força, associados a uma alimentação balanceada adequada, podem promover o ganho de massa muscular por meio da expressão gênica. Estudos relatam que a proteína do soro do leite influencia a hipertrofia muscular devido à grande quantidade de leucina que estimula a hipertrofia e a recuperação do músculo pós-treino.

Alimentos fontes de selênio (mineral antioxidante) podem auxiliar na diminuição do estresse oxidativo induzido pelo exercício físico, como no caso da castanha-do-pará, que possui 100% da IDR indicada por dia. A quercitina é um composto bioativo presente em frutas, hortaliças e ervas que é capaz de modular a resposta inflamatória, podendo reduzir o risco de infecções pós-exercício físico exaustivo e prolongado. 

Conclui-se que a prática de exercício físico promove a saúde em conjunto com uma alimentação adequada, porém ainda são necessários mais estudos que avaliem esses dois fatores na expressão gênica.    




Por: Thayná Galvão 




  
FONTES:

FÉRES, V. F.; et al. Nutrigenômica: um desafio do século XXI. 


VASCONCELOS, F. A. G. A ciência da nutrição em trânsito: da nutrição e dietética à nutrigenômica. Rev. Nutr., Campinas, v. 23, n. 6, p. 935-945, Dec. 2010.   

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