quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019


Acido fólico
Histórico
Também conhecido como folato, folacina e ácido pteroilglutâmico, em 1938 o ácido fólico foi reconhecido como elemento essencial na nutrição de galinhas. Em 1945, Spies percebeu que a anemia macrocítica de gestantes remitia ao tratamento com ácido fólico. No ano seguinte, essa vitamina foi sintetizada.
Funções metabólicas básicas
- Há várias coenzimas da folacina, cuja função principal consiste em transferir unidades de um carbono para diversos compostos durante a síntese de purinas e pirimidinas de DNA e RNA, e durante as interconversões de aminoácidos.
- O ácido fólico é necessário à produção normal de hemácias, participando em processos como a maturação de megaloblastos em normoblastos. As células brancas também requerem folato na sua formação.
- A histidina, aminoácido, requer folato para a sua utilização adequada.
- Quando há deficiência de ácido fólico, ocorre falha no metabolismo da histidina e acúmulo de acido formino glutâmico (FIGLU), que é eliminado na urina e serve de indicador para a disponibilidade de folato no organismo.
Sintomas de carência
- A deficiência de ácido fólico pode resultar em anemia megaloblástlca, que se manifesta amiúde na gravidez, quando o requerimento desta vitamina é mais elevado.
- A falta desta vitamina acarreta também diminução do crescimento, glossite e distúrbios gastrintestinais, como diarréia.
- Há uma interdependência notável entre o ácido fólico, a vitamina B12, a vitamina B6 e o ácido ascórbico em nível de prevenção de certos tipos específicos de anemia.
Hipervitaminose
Não há hipervitaminose registrada quanto à ingestão alimentar. O excesso medicamentoso de ácido fólico reduz a disponibilidade de vitamina B12.
Necessidades nutricionais
- As RDA fixaram a quota diária de ácido fólico para o adulto em 400 mcg.
- As gestantes devem ingerir o dobro, 800 mcg/dia, e as nutrizes, 600 mcg/dia.
- A recomendação para recém-nascidos é de 50 mcg/dia; entre 1 e 4 anos, 100 mcg/dia; entre 4 e 6 anos, 200 mcg/dia; entre 7 e 10 anos, 300 mcg/dia.
- A FAO/OMS recomenda 200 mcg/dia para adultos (acima de 12 anos), 400 mcg para gestantes e 300 mcg para lactentes.
- A FAO/OMS recomenda, ainda, 40 mcg/dia para crianças de 0 a 6 meses, 60 mcg/dia entre os 7º e 12º meses e 100 mcg/dia desta idade até os 12 anos.
Boas fontes alimentares
O ácido fólico é abundante em folhas verdes, especialmente no espinafre, no aspargo e no brócolis (folium significa folha, donde provém o nome fólico), em nozes, oleaginosas, leguminosas, como o feijão-de-lima e o feijão-roxo, e cereais integrais.
Fatores de instabilidade
O ácido fólico é instável ao calor e à oxidação. A cocção pode levar à perda de 50% de ácido fólico, aproximadamente.
Anticoncepcionais prejudicam o aproveitamento de folato
As pílulas anticoncepcionais, ou os chamados "anovulatórios", podem acarretar deficiência de ácido fólico.

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