sexta-feira, 16 de agosto de 2019

                    Força muscular e o papel da creatina. 




Força muscular pode ser definida como a quantidade de tensão que um músculo ou agrupamento muscular pode gerar dentro de um padrão de movimento especifico e com determinada velocidade de movimento.
A capacidade de realizar atividades físicas diárias é determinada,em grande parte pela capacidade de desenvolver força muscular. De acordo com vários autores a força muscular máxima é alcançada por volta dos 30 anos,mantém-se mais ou menos estável até os 50.
Na prática esportiva,manter as forças musculares equilibradas é fundamental para se alcançar a melhora do rendimento,minimizando o risco de lesões. Portanto,independente da modalidade praticada como corrida,ciclismo,futebol,tênis,basquete,os exercícios de fortalecimento deverão estar presentes na rotina.
O aumento da força,diferente da  hipertrofia muscular,acontece em cada sessão de treino,após um estimulo de adaptação ocorrem micro lesões causadas pela tensão gerada. Depois disso ocorre um processo de recuperação (descanso),no qual temos a síntese proteica,quando a fibra muscular é restaurada se adaptando ao estímulo dado.
Um estudo extremamente recente,publicado na revista do colégio Americano de medicina esportiva,mostra que se o objetivo for ganhar força muscular,não há necessidade de treinos longos.
O objetivo do estudo foi comparar os efeitos de diferentes volumes de treinamentos sobre as respostas musculares de força,resistência e hipertrofia. Para isso,34 indivíduos foram divididos em três grupos: baixo volume (uma série de cada exercício por treino) volume moderado (três séries) e alto volume ( cinco séries). Os três grupos treinaram três vezes por semana,durante oito semanas.
De acordo com os autores,todos os indivíduos apresentaram um aumento significativo de força e resistência,sem apresentar diferenças entre os grupos. Ao mesmo tempo,apesar do tamanho (hipertrofia) muscular ter aumentado em todos os grupos,quanto maior o volume de treinamento,mais expressivo foi o aumento.
Sessões rápidas de treinamento de força,com duração de aproximadamente 13 minutos,três vezes por semana são capazes de proporcionar um aumento consistente na força e na resistência muscular. Por outro lado,se seu objetivo primário for a hipertrofia,vale a pena investir em melhores volumes de treinos para garantir resultados mais satisfatórios.
É muito importante para quem vai começar um trabalho de musculação,entender que os ganhos iniciais de força,e o aumento de massa muscular,não ocorrem imediatamente. O tempo  médio fica por volta de 6 semanas a 2 meses, levanto em conta aspectos como a sua frequência nas aulas,intervalos de recuperação,volume,intensidade e alimentação,entre outros. Determinar a progressão das cargas com treino com cargas progressivas para o aumento de ganho de força e determinante para alcançar seus objetivos,sendo eles estéticos,qualidade de vida ou de melhorias para determinado esporte que você pratique.

O papel da creatina: 

A creatina é um nutriente natural,de origem animal,encontrada em carnes e peixes. É sintetizada de maneira endógena no fígado,pâncreas e rins a partir de alguns aminoácidos. 
Sua síntese no organismo ocorre com a participação de três aminoácidos,podendo ser encontrado na forma livre ou fosforilada. Exercícios intensos e breves dependem muito deste sistema de energia. Estudos tem avaliado a eficacia da suplementação de creatina como recurso ergogênico e parâmetros na força e na composição corporal.
Kilduff e colaboradores (2003) estudaram os efeitos da suplementação de creatina na força muscular em conjunto com treinamento de força em homens destreinados. 19 homens destreinado foram submetidos a 4 semanas de treinamento de força sendo realizados 3 vezes na semana. O grupo suplementado com creatina recebeu 20 g por dia de creatina + 140 g de glicose por sete dias no período de carga seguido por 5 g de creatina +140 g de glicose durante 21 dias no período de manutenção. Já o grupo placebo foi suplementado com 160 g de glicose no período de carga seguido por 40 g na fase de manutenção. O grupo suplementado com creatina demostrou uma correlação positiva por apresentar um aumento significativo da força aliada com 4 semanas de treinamento de força. Estes autores sugerem que este aumento pode ser resultado do estimulo da suplementação de creatina no aumento da síntese proteica ocasionando uma hipertrofia e consequentemente o aumento da força. Outros estudos foram realizados comprovando as evidencias de que a suplementação com creatina influencia no aumento da força por elevar a quantidade de creatinafosfato no músculo esquelético. Além disso, o aumento na síntese proteica muscular,favorecendo,assim,a hipertrofia e o aumento de força. 


Referencias: 
Peralta, J.; Amanciom O.M.S. A creatina como suplemento ergogênico para atletas. Revista de Nutriçao. Campinas. v.15. n.1 Campinas jan.2002.p 83-93

Torres-Leal, F.L.; Marreiro, D.N. Considerações sobre a participação da creatina no desempenho físico. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. 10(3). 2008.294-300 

Estagiaria: Beatriz Rosa



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