terça-feira, 30 de maio de 2023

Microbiota Intestinal e o desempenho atlético

 


 


 

A microbiota intestinal é considerada a mais importante na manutenção da nossa saúde. As bactérias intestinais desempenham várias funções, como fermentação de alimentos, proteção contra patógenos, estimulação da resposta imunológica e produção de vitaminas.

Além da alimentação e dos diferentes níveis de estresse, existem comprovações de que os exercícios físicos são também um importante fator que influencia o microbioma intestinal. E a recíproca é verdadeira.

A saúde intestinal e as bactérias intestinais, por sua vez, influenciam o desempenho atlético, a habilidade física e a recuperação para exercícios de alta intensidade.

As novas tecnologias tornaram possível explorar o papel das bactérias intestinais, na saúde e na doença.  Hoje, alguns pesquisadores focam em como a microbiota interage, influencia e é afetada por níveis de atividade, seja de um atleta amador ou profissional.

Como o eixo intestino-cérebro, a interação entre o exercício físico e o microbioma intestinal é bidirecional. O aumento da atividade melhora o fluxo sanguíneo e a motilidade intestinal, o que beneficia esses microrganismos. Em contrapartida, isso  aumenta a produção de nutrientes e as atividades metabólicas.

A grande vantagem dos exercícios é que eles trazem inúmeros benefícios para o intestino, mas a chave é não exagerar. É importante encontrar este equilíbrio porque o treinamentos de alta intensidade, tempos de recuperação insuficientes e alimentação inadequada muitas vezes podem trazer prejuízos, tanto para os seus treinos  quanto para a sua microbiota.

 

Exercícios Físicos

Um estudo publicado mostrou que a  atividade física aumenta a diversidade das bactérias no intestino.

O exercício físico é capaz de reduzir o tempo das fezes no trato gastrointestinal, reduzindo o contato dos patógenos com o intestino, e consequentemente com o sistema circulatório, diminuindo a ação negativa deles sobre o  organismo.

Além disso, é capaz de aumentar as enzimas antioxidantes, citocinas anti-inflamatórias e diminuir as citocinas inflamatórias, causando uma redução geral da inflamação intestinal.

Os estudos mostram que a prática de atividades moderadas, como por exemplo as aeróbicas - como caminhar, correr, nadar, andar de bicicleta e dançar - aumentam a abundância de bactérias promotoras da saúde, como Bifidobacteria, Faecalibacterium prausnitzii e Akkermansia muciniphila. Essas bactérias mantêm o ambiente intestinal saudável e estável, reduzindo o risco de disbiose.

 Os exercícios também ajudam a estabilizar os chamados marcadores metabólicos, mantendo os índices de  glicose e lipídios no sangue em níveis saudáveis,​ treinando os  músculos do praticante para consumir mais energia. Isso também ajuda a regular a gordura corporal.

 Já o exercício físico extremo pode causar disbiose - um desequilíbrio do microbioma intestinal - que é uma das principais causas subjacentes de muitas doenças. Isso significa que, em alguns casos, o excesso de exercícios pode causar mais danos do que benefícios.

 

Como o microbioma intestinal afeta o desempenho atlético?

- Reduzindo a inflamação

- Aumentando os níveis de energia

- Melhorando a força mental

- Fortalecimento ósseo

- Absorção e uso dos nutrientes

- Melhorando o sono

 

Além da atividade física moderada a alimentação é grande aliada para manter a microbiota intestinal saudável.

Segue algumas dicas:

- Evite alimentos industrializados

- Introduza alimentos da dieta mediterrânea na sua rotina

- Reduza o açúcar

- Ingira mais fibras e consuma probióticos naturais


Ou seja, uma microbiota intestinal estável, com maior diversidade e abundância relativa de gêneros bacterianos, bem como barreira intestinal íntegra, através da atividade fisica e uma alimentação balanceada apresentaram forte correlação com a otimização de resultados no desempenho atlético.

 

Referencia - https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/32808

Escrito pelo estagiário Erick Henare


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