terça-feira, 31 de outubro de 2023

Jejum intermitente e Performance esportiva: Até onde vale a pena?

 Jejum intermitente e Performance esportiva: Até onde vale a pena?


Sobre o jejum

    Você já ouviu falar sobre o jejum intermitente e se questionou se essa abordagem da alimentação pode ser aplicada com eficácia em um plano dietético estratégico, visando a manutenção da performance de um atleta?

    A medida em que os estudo científicos envolvendo a nutrição avançam, a relação entre o jejum intermitente e o desempenho atlético se tornou um tópico de crescente relevância entre o meio profissional, acadêmico e científico.

    Neste artigo você explorará a complexidade dessa estratégia nutricional, e sua aplicação no contexto da nutrição esportiva, visando a alta performance, aprofundando em meio aos trabalhos e evidências científicas mais recentes, para descobrir se o jejum é, de fato, uma abordagem nutricional viável para se utilizar como protocolo.

    Em um contexto científico, os estudos sobre jejum intermitente em atletas de alta performance são limitados, porém, ainda sim, existem trabalhos que evidenciam resultados positivos. Um benefício em potencial é a melhora na sensibilidade à insulina, o que ajuda na otimização do armazenamento de glicogênio muscular, que consequentemente, resulta numa melhora da performance. Contudo, ressalta-se que o jejum intermitente pode não ser adequado para todos os atletas, seu potencial de adesão é limitado.

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    Metabolismo e reserva de energia

    O estado de jejum leva á depleção das reservas de glicogênio hepático e consequentemente à ativação da gliconeogênese, na qual a glicose é produzida a partir das fontes não glicídicas, como lipídios, por exemplo. Trabalhos científicos tem evidenciado que uma adesão a longos períodos de jejum pode resultar uma maior utilização de ácidos graxos como fonte de energia, o que por consequência, pode diminuir o volume do tecido adiposo. 

    Perfil Lipídico

    A maioria dos estudos relacionados ao jejum intermitente, sugerem que o JI pode resultar na melhora do perfil lipídico, como a redução do LDL e triglicerídios em alguns indivíduos.
Uma revisão sistemática e meta análise recente realizada através de 4 fontes de pesquisa independentes (PubMed/Medline, Scopus, Web of Science e Google Scholar) foi realizada identificando ensaios clínicos relacionando o JI e a melhora do perfil lipídico em humanos.

Como um todo, os resultados obtidos demonstraram que o intervenções utilizando o JI resultaram em mudanças significativas nas concentrações sanguíneas de triglicerídios e LDL,  as concentrações de HDL não obtiveram mudanças notórias após JI. 

   Em conclusão, o jejum intermitente tem se mostrado eficiente para o controle do perfil lipídico e redução da gordura corporal, além de evidências científicas sugerindo melhorias na utilização do glicogênio,sensibilidade a insulina e autofagia, porém sua aplicação deve ser analisada cuidadosamente, visto que a resposta individual pode variar. 



Escrito por:
Gabriel Sanches.

Effects of intermittent fasting and energy-restricted diets on lipid profile: A systematic review and meta-analysis]
https://doi.org/10.1016/j.nut.2020.110801

[Effects of fasted vs fed-state exercise on performance and post-exercise metabolism: A systematic review and meta-analysis] https://doi.org/10.1111/sms.13054






    

    



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