segunda-feira, 15 de abril de 2024

Ultramaratonistas: Envelhecimento precoce e recuperação muscular, os desafios da nutrição !



Dentre os desafios encontrados pelos maratonistas, está a luta contra o envelhecimento precoce, e a lenta recuperação muscular. 

Isso acontece pelos mecanismos de estresse oxidativo (isquemia\reperfusão).

Tal atividade requer aumento de VO2 máximo (volume de oxigênio máximo) e controle do limiar do lactato para manter o ritmo. 

A oxidação dos componentes da hemoglobina, catecolaminas pela intensidade do exercício promovem cascata de reações metabólicas que produzem radicais livres.

Os EROS e ERN ( especies reativas ao oxigênio e nitrogênio) são importantes para modularem a captação da glicose, metabolismo mitocondrial, transcrição gênica e catabolismo muscular, porém o excesso causa estresse oxidativo, que é prejudicial a células.

Há também a possibilidade de reperfusão que promove alterações no metabolismo muscular causadas por dano celular, subsequente ao estresse oxidativo.

A nutrição é importante na reposição dos estoques de macronutrientes coordenados com sua atividade, sendo que a via + recrutada é a aeróbica, portanto tendo maior demanda por carboidratos, que devem ser ofertados em quantidades e qualidade adequada e coordenada ao momento do dia do atleta.

A lenta recuperação muscular sinaliza uma carência de proteínas e nutrientes, tempo adequado de descanso, e talvez falta de treino de força e não apenas de resistência. Mostra ainda uma alteração metabólica por baixo carboidrato e alto cortisol que inibe a síntese proteica e a lipogênese. 
Atenção também a hidratação ou hiponatremia. 

Os fatores acima podem  acontecer devido à a ausência de alimentos fontes de antioxidantes aliado à forte atividade de reperfusão que desencadeia grande volume de radicais livres e ativação da inflamação.  O saldo negativo de EROS x nutrientes antioxidantes favorece o estresse oxidativo e por consequência o envelhecimento precoce.

Devemos então, ter um profissional qualificado, como um nutricionista capacitado à área esportiva, para ajustar sua alimentação quanto a quantidade (macronutrientes) e qualidade (micronutrientes). Isso significa incluir alimentos antioxidantes, diversificados, ricos em frutas, verduras e legumes, contribuindo para o 1º, 2º e 3º sistema de defesa de antioxidantes. São eles: vitamina E, vitamina C, zinco, flavonoides, betacaroteno, selênio, cobre, magnésio e glutationa, e por fim, quando a base da alimentação estiver a contento, incluir os suplementos se assim for o caso. Os alimentos fontes de antioxidantes estão na tabela a seguir:

Antioxidantes

Alimentos

Vitamina C

Laranja, limão, goiaba e acerola

Vitamina E

Azeite de oliva, abacate e nozes

Betacaroteno

Cenoura, abóbora e mamão

Licopeno

Tomate, melancia e pitanga

Resveratrol

Mirtilo, uva roxa e cacau

Antocianina

Açaí, repolho roxo e jabuticaba

 

      




 
























Bibliografia:
  • Petry, É. R. et al - Suplementação nutricionais e estresse oxidativo. Imperfeições na atividade física e no esporte. Revista Brasileira de ciências do esporte. V 35, N4.P 1071-1092, out. 2013.
  • Amorim, A. G; Tirapegui, J.. Aspectos atuais da relação entre exercício físico, estresse oxidativo e magnésio. Revista de Nutrição, v.21, n.5,p. 563-575, set.2008. 
Estagiaras: 
  • Christiane Gallucci -FMU Nutrição -7 sem;
  • Giovanna Tritapepe Cerutti - FMU Nutrição - 7 sem.

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